Dead Fish incendeia público em noite hardcore no Circo Voador
Cadu Costa
Foi uma noite elétrica e de muito rock. Comemorando 30 anos de carreira, a banda Dead Fish enfim conseguiu colocar a turnê “30 + 1” pra jogo e presenteou os fãs com muito hardcore e diversão durante seu show no Circo Voador, uma das casas mais tradicionais do Rio de Janeiro.
Bandas de abertura
Mas, antes, tivemos as apresentações das bandas cariocas Circus e Matanza Inc.. A primeira apresentou canções de seus dois discos Em Meio à Destruição e Transmissão.
Já a segunda atração é velha conhecida do público. O Matanza Inc. é formado por ex-integrantes do extinto grupo Matanza, mas com o vocalista Vital Cavalcante, da banda Jason, outro ícone do underground carioca.
Com músicas super conhecidas, foi um show extremamente curto para uma galera ávida por mais tempo. No entanto, deu pra notar que a pegada da banda continua a mesma, apesar de soar um tanto estranho não vermos o vocalista anterior, Jimmy London. Contudo, o guitarrista Donida ainda faz a diferença e continua o grande cérebro musical.
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Show do Dead Fish no Circo Voador
Mas a festa do hardcore brasileiro estava guardada para a atração principal. Com nove discos de estúdio, quatro álbuns ao vivo, três dvds, milhares de shows, moshs e pulos do palco na bagagem, a banda capixaba Dead Fish finalmente pôde comemorar seus 30 anos de carreira com um grande show no Circo Voador.
Rodrigo Lima (vocal), Igor Tsurumaki (baixo), Marcão Melloni (bateria) e Ric Mastria (guitarra) vieram com sangue nos olhos pra um show explosivo com direito a cascatas de fãs pulando do palco. No repertório, tudo o que qualquer um que viveu o auge da banda nos anos 2000 gostaria de ouvir. Em em uma sessão de pura nostalgia, músicas como “Zero e Um”, “Queda Livre” ”A Urgência”, ”Bem-Vindo ao Clube”, ”Sonho Médio” e ”Tão Iguais” deixaram uma galera completamente ensandecida.
O elogiado último álbum, Ponto Cego, de 2019, também foi lembrado com diversas críticas sociais e ao (des)governo. Por fim, com um ritmo tão frenético, o show no Circo Voador seguiu a experiência e até quem não era fã do Dead Fish entrou na roda. Simplesmente épico.
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