Década Explosiva A Distância Entre as Cidades CRÍTICA DE EP álbum Marcos Cajueiro foto Jamille Queiroz

Década Explosiva faz ode à MPB dos anos 70 com EP ‘A Distância Entre as Cidades’

Cadu Costa

Desde 2020, a pandemia de Covid-19 provoca muitos ócios coletivos e justamente para combater isso, todo o mundo aprendeu a usar da criatividade para mudar o curso da própria existência. A arte sempre foi um dos principais caminhos. É só recapitular sobre a quantidade de trabalhos de diferentes vertentes surgiram no período.

O mais novo lançamento desse modo de produzir arte vem com o projeto Década Explosiva e seu EP A Distância Entre as Cidades. Idealizado pelo músico alagoano Marcos Cajueiro, que tem mais de quinze anos de carreira na música independente, seja à frente do saudoso duo eletrônico My Midi Valentine, ou como guitarrista e vocalista da banda de indie rock, Capona, o trabalho consiste numa vibe mais ‘viajante’, vamos assim dizer.

Fácil de escutar

Com uma influência evidente da música brasileira dos anos 70, o Década Explosiva entrega um EP fácil de escutar. Tem canções interessantes e possui uma veia psicodélica há muito em falta no Brasil.

O disco tem arranjos rock, melodias de uma MPB setentista e é romântico sem ser bobo. Em suma, é um disco inteligente, bem produzido e perfeito para aqueles encontros mais intimistas com os amigos ou um amor.

Para ouvidos mais sensíveis

A melhor faixa do álbum se chama “Década Explosiva Romântica”, com uma pegada bastante parecida com Secos & Molhados. Fala de amor e tem um andamento realmente inspirador com um refrão lindo. Mas também destacamos se “Se Você Sonha Com Nuvens” e “Raísa”, que encerra o trabalho.

Marcos Cajueiro produziu algo realmente otimista e se Década Explosiva dará mais frutos, só o tempo dirá. Por ora, é altamente indicado para ouvidos mais sensíveis.

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Ouça o EP A Distância Entre as Cidades, do Década Explosiva

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN