REVIEW | ‘DRAGON BALL FIGHTERZ’
Stenlånd Leandro
Na crescente maré dos jogos de luta, manter-se competitivo para não perder espaço é fundamental. Apesar de termos poucas opções do gênero disponíveis, ainda assim é algo complexo manter o povo focado. Por isso, Dragon Ball FighterZ chegou incorporando novos recursos em todas suas versões disponíveis para manter-se no radar dos compradores.
Dragon Ball FighterZ trouxe uma das experiências mais completas e refinadas baseadas no clássico desenho animado, não só por sua jogabilidade precisa e belos gráficos, mas também pela grande atenção aos mínimos detalhes. Desde as cenas Dramatic Finish, que reproduzem momentos épicos do anime com extrema fidelidade, ao final de certas lutas, até pequenas referências a títulos menos conhecidos da série e piadas internas de fãs.
Cedido gentilmente pela Nuuvem, tivemos acesso à versão de entrada. Sem muita pompa e circunstância, ao nosso dispor estão apenas os personagens básicos na tela de seleção. Ao todo, sem contar os DLC’s, temos para escolha 22 lutadores. São eles: Goku, Vegeta (Super Saiyajin), Gohan (Super Saiyajin 2), Piccolo, Kuririn, Tenshinhan, Yamcha, Trunks, Gotenks, Freeza, Nappa com Saibaimans. Também estão disponíveis Capitão Ginyu, Cell, Majin Boo, Kid Boo, Goku Black, Hitto, Vegeta, dentre outros.
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Durante os combos especiais de cada personagem, a câmera muda da perspectiva convencional lateral para explorar ângulos melhores, porém, há um detalhe sobre essas mudanças. A TRAMA DE DRAGON BALL FIGHTERZ
A TRAMA DE DRAGON BALL FIGHTERZ
A tal versão de entrada não possui aditivos. Apenas estão lá personagens aos quais se identificará e nada além disso. Claro que a história de Dragon Ball é imensa e será contada de forma excepcional. O que vimos aqui não se parece ter cânone algum e a trama é bem aleatória. Se você ama tudo que envolve a franquia, amará facilmente.
A desenvolvedora do novo jogo também criou “Guilty Gear” e “BlazBlue”, duas séries de games de luta que têm uma base sólida de fãs, mas nunca alcançaram a fama de “Street Fighter”, “Tekken” e outras por serem complexas.
Aqui você se deparará com vários obstáculos que te permitirão prosseguir e completar a história original de Dragon Ball Fighter Z. Se derrotar a Android 21 no seu arco da história, irás desbloqueá-la e juntá-la aos personagens jogáveis. Felizmente, há uma missão tutorial no início que mostra como usar os comandos do jogo. Poderá ver a tua barra de vida no topo da tela, embora isso já seja do conhecimento de todos.
Um detalhe bem divertido colocado no modo história do game são cenas inusitadas entre os personagens. Entre alguns exemplos está: Goku quando tenta imaginar qual seria o nome de sua fusão com Gohan, Gotenks, que tenta ensinar Nappa a virar super sayajin e uma série de cenas de por um riso da cara!
JOGABILIDADE DE DRAGON BALL FIGHTER Z
A jogabilidade pega conceitos de vários outros jogos de luta, principalmente o esquema de controles do Marvel vs. Capcom 2 com a mecânica da equipe. Os jogadores selecionam três personagens para formar uma equipe bem ao estilo The King of Fighters.
Embora um deles seja controlado, ele pode ser trocado com um dos outros personagens a qualquer momento. Contudo, os jogadores também podem chamar um de seus outros personagens para executar um movimento “Assist” (assistência), permitindo ataques simultâneos e combos com toda a equipe. Acima de tudo, os três personagens do oponente devem ser derrotados para vencer o jogo.
O MELHOR JOGO DA FRANQUIA EM ANOS
Embora vários jogos meia boca de uma das maiores franquias tenham aparecido, agora temos algo 100% relevante. Belo e criativo, “Dragon Ball Fighter Z” é o melhor título do anime já feito até então.
Dragon Ball FighterZ chegou de mansinho e foi impressionando as pessoas desde sua apresentação durante a E3 de 2017. Lutas ágeis (graças à desenvolvedora) e gráficos bem fidedignos passaram a impressão de que o que se via ali não era um jogo, mas sim um dos episódios da famosa franquia de anime. Ainda que poucos acreditem, falar de “Dragon Ball Fighter Z” é falar do visual do game. As lutas acontecem em um plano 2D como nos jogos de luta mais tradicionais.
Esses planos sofrem as consequências das batalhas. Finalizar o oponente com um golpe forte faz ele voar contra prédios e montanhas, coisa corriqueira no anime. Já derrotar um adversário ou acabar a luta usando um supergolpe detona as arenas por completo, revelando novas versões do ambiente. Com isso, a interação com todo o cenário do jogo se torna algo totalmente versátil e imerso.
VEREDITO
Houve uma lapidação na produção do jogo desde a E3 em 2017. Com isso, as incontáveis referências à série fazem com que Dragon Ball Fighter Z atinja o posto de melhor game de anime já produzido. Em termos não chega a ser totalmente canônico, visto o vilão da saga, mas certamente se faz indispensável aos amantes da franquia.