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Duna: Parte 2 - Filme 2023 - Leia a nossa crítica - Ultraverso

Duna: Parte Dois é um cinemão que precisa ser visto na melhor tela possível

Bruno Oliveira

Chegando aos cinemas em 2021, Duna – agora conhecido como Parte 1, não avisou em nenhum lugar que seria a primeira parte de dois filmes. Somente quando o longa começou é que descobrimos, ao aparecer essa menção logo que o título vem a tela. Apesar disso, foi um bom filme, mas com uma história inacabada que termina em um momento nem um pouco climático. Duna: Parte Dois começa exatamente de onde acabou o anterior e dessa vez podemos julgar a obra como um todo. Os dois filmes se complementam e é impossível vê-los separados. Não o achei a obra-prima de ficção-científica definitiva do cinema mas, com certeza, é um cinemão que precisa ser visto na melhor tela possível.

Sinopse do filme Duna: Parte Dois

Paul Atreides (Timothée Chalamet), e sua mãe Jessica (Rebecca Ferguson), se unem ao povo Fremen a fim de derrotarem a poderosa família Harkonnen. No caminho, Jessica se tornará a nova Reverenda Madre dos Fremen, e Paul será o símbolo de uma revolta sem precedentes. Ao modo em que começará a ter visões do futuro, Paul precisará decidir se ficará ao lado de seu grande amor, Chani (Zendaya), ou se levará o seu novo povo para conquistar toda a galáxia.

Parte técnica impecável

Prefiro começar esse texto falando dos pontos genuinamente bons. A parte técnica é impecável e Denis Villeneuve (A Chegada) dá aula de como se faz cinema. Figurino, fotografia, maquiagem, produção de arte, atuações, direção e tudo mais o que falta falar são excelentes. Isso é cinema no seu estado bruto da perfeição e se tivesse sido lançado no fim do ano passado como planejado, certamente ganharia todas as categorias técnicas do Oscar desse ano. Vale dizer que ele foi adiado de novembro de 2023 para fevereiro de 2024 por causa das greves de atores e roteiristas.

Alguns problemas

Embora pareça perfeito, ele não o é. A história é muito boa, o diretor detém de tempo para contá-la, mas parece que ele filmou muito mais do que deveria. Ali pelo meio é possível notar que a trama precisou correr de uma hora para outra. Paul estava certo de uma decisão e depois de alguns takes rápidos, mostra o personagem tomando a direção que ele há pouco estava negando. Outro ponto é que faltou tempo para uma decisão mais crível do personagem e sobrou tempo para se introduzir uma trama que possivelmente só veremos em um Duna 3. Resolva as situações por aqui e depois pense em suas continuações. Além disso, é sabido que alguns personagens tiveram cenas gravadas e que foram complemente cortadas da versão final.

Ótimas cenas de ação e uma ficção-científica perfeita

Se reclamaram da falta de ação na Parte 1, aqui na Parte 2 não podem fazer a mesma afirmação. O filme é muito mais agitado e cenas grandiosas podem ser vistas. Os vermes da areia aparecem mais e seus momentos são incríveis. Além disso, os combates ganham uma amplitude maior e sentimos o peso de uma destruição homérica. Considere Duna como o pai das obras de ficções científica. Além disso, ver a resolução da vida local por meios tecnológicos e criveis deixam a imersão muito maior para esse mundo.

Conclusão

Duna: Parte Dois é muito cinema. Só por esse ínfimo detalhe, a ida ao cinema deveria ser obrigatória, goste ou não. Uma parte do público não deve gostar tanto por achar enfadonho e alguns dirão que não entenderam a história direito. Acredito que esses serão a minoria. A maioria irá ficar feliz e radiante diante de um espetáculo cinematográfico único de beleza e de tramas políticas familiares que nos fez tanto amar em algumas séries recentes por aí.

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