Elden Ring Review

Crédito: Divulgação/Bandai Namco

‘Elden Ring’ ensina como deve ser um game de mundo aberto

Guta Cundari

Os games da FromSoftware sempre deixam um frio na barriga e alegria para os gamers que gostam de sofrer durante a jogatina – e digo isso de maneira positiva. Cada lançamento foi único, em que os desafios que enfrentamos em títulos anteriores prepararam o jogador para o que iriamos enfrentar em nossa campanha de “Elden Ring”. Já passamos por vários títulos, assim como comentei acima, sendo eles: a saga “Dark Souls”, “Bloodborne”, seu último que desafiou e levou muitos prêmios, “Sekiro”. Agora nessa obra escrita por George R. R. Martin e Hidetaka Miyazaki, temos um desafio ainda maior e com um mundo ainda mais expandido, sem esquecer da ótima história que é contada.

Uma nova aventura

Em Elden Ring, o jogador incorpora um Maculado. A saberm, trata-se de um guerreiro guiado pela força da Graça para portar o poder do Anel Prístino e torna-se um Lorde Prístino. A trama tem como cenário as Terras Intermédias, um local governado pela Rainha Marika.  De inicio, escolheremos nossa classe e sexo do personagem, contando com uma grande expansão de personalização de nosso guerreirinho. Escolhemos o tamanho do corpo, estilo de cabelo, dimensão de partes do corpo, como a boca, assim como a orelha e o nariz. Todo o estético não é importante, apenas para os jogadores mesmo. Mas nada melhor do que conquistar durante nossa campanha de Maculado com muito estilo e bem bonitão – ou bizarro se quiser algo mais extravagante.

Ao iniciarmos, surgimos dentro de uma pequena caverna, no qual, aprenderemos os movimentos e truques básicos do jogo. Lá fora, iniciamos nossa aventura em Limgrave, no qual já damos de cara com um cavaleiro dourado. Mas adianto que enfrentá-lo logo no começo não é a melhor opção. Mesmo que em nossa campanha não tenhamos uma guia dizendo qual nossa próxima missão, os jogadores é quem devem escolher qual caminho seguir. Explorar será o mais importante durante nossa aventura em Elden Ring, já que o mundo aberto é o grande foco diferencial.

Mundo aberto vivo e diferenciado

O mundo em primeira instância pode parecer um pouco assustador, principalmente por termos apenas uma pequena guia nos dando suporte por onde caminhar e um mapa em que iremos abrindo ao explorar e reivindicar os pontos de checkpoint – que servirão para renascermos caso ocorra de morrer em batalha, sendo ele o mais próximo de você.  Para descobrir sempre qual será nossa próxima missão, o essencial é estar disposto a andar bastante ou cavalgar, assim que ganharmos o anel que possibilita chamar uma espécie de “cavalo espiritual”. Isso, dessa dorma, nos facilita a locomover rapidamente e, às vezes, até fugir de algumas batalhas que não desejamos enfrentar naquele momento.

Então lembre-se, de que correr em certos momentos não é motivo de vergonha, mas sim de sobrevivência.  Não importa para qual ponto do mapa avancemos, sempre teremos a visão de nossa missão principal, que é chegar até a grande Térvore, que está sempre ali brilhante, não importa o momento do dia. Sua cor deslumbrante muitas vezes pode causar admiração, medo e até dúvidas, já que ficamos horas nos tornando fortes e imaginando o que devemos encontrar ao chegar no final. Porém, não devemos esquecer as Térvores menores que se encontram espalhadas, no qual, devemos enfrentar Guardiões que protegem aquele lugar.

Elden Ring Review

Crédito: Divulgação/Bandai Namco

Inimigos

Ao explorar, nosso mapa irá se expandir cada vez mais, trazendo uma proporção de tamanho e o que já enfrentamos até aquele momento. Em certo ponto, acabamos decorando muitos pontos dele, mas nunca deixe de sempre dar uma olhada para facilitar sua vida e pensar em seu próximo passo.  Enfrentaremos muitos desafios pelo caminho, principalmente em momentos de escalada, já que existem pontos cheios de destroços, mas que proporcionam um momento de satisfação, principalmente pelo perigo que pode estar por lá e que dará ainda mais desafios ao jogador.  Algo que achei muito interessante e que fiquei reflexiva sobre, enquanto conversava com um amigo que também estava jogando na época, era como as criaturas eram surpreendentes.

Cada uma continha uma aparência, força e maneira de agir diferenciada. E o que era mais  engraçado era o fato de que eles se atacam entre si, em que poderíamos assistir uma briga de titãs e ganhar runas ao mesmo tempo, já que elas são tão importantes para nossa campanha ao usarmos com itens e distribuição de XP. Mas não são apenas criaturas monstruosas que encontraremos no mapa, mas alguns animais, sejam aves, tartarugas e até seres que talvez sejam mais mitológicos que reais. E é claro que não poderiam faltar alguns soldados de  armadura cinza e dourada que protegem os caminhos que percorremos, tentando evitar nossa passagem. Mesmo que eles sejam fáceis, não se engane, já que alguns deles usam armas que podem acabar conosco rapidinho.

Gráficos e Mecânicas 

Os gráficos são aqueles esperados de um game da FromSoftware, mas é incrível o quanto eles evoluíram. Já tivemos uma ótima experiência em Dark Souls, e não podemos esquecer da maravilha que foi Sekiro. Mas em Elden Ring tudo ganhou uma proporção de polimento ainda maior, deixando os olhos de qualquer um brilhando ao iniciar a jogatina.  As cores usadas também são de tirar o fôlego, já que encontramos pontos do mapa em que temos cores frias e em outras cores mais quentes, mas parece que tudo é englobado em um leve cinza, não deixando as cores muito fortes e agradáveis aos olhos.

A única coisa que realmente ganha cor no mapa é a grande Térvores, que nunca para de brilhar. As criaturas e personagens também não aparecem embalados em cores brilhantes, ficando sempre com o tom branco, cinza e preto, no máximo com um vermelho para dar uma leve mistura de cores, mas vemos isso em pedaços da roupa ou até mesmo pequenos pontos das criaturas – principalmente aqueles que  podemos enxergar por dentro algum órgão.

Mas não é apenas de gráficos que se faz um game. Algo que foi melhorado 100% foram as mecânicas, seja na hora de se locomover pelo mapa ou momentos de batalha. As movimentações básicas se tornaram menos robóticas e ficaram mais fluidas, tornando tudo mais fácil e sem deixar quem está no controle muito estressado – já que a campanha fará isso em muitos momentos. E não apenas isso, mas a repaginada que os botões de controle foram ajustados também tornam tudo mais fácil e rápido, mas claro que nesse caso irá depender com qual classe escolheu iniciar sua campanha, pelo fato de cada um usar um tipo de arma diferente. E já  recomendo que o arco não seja a melhor arma do game, que em muitos momentos apenas me deixou com mais raiva.

Elden Ring Review

Crédito: Bandai Namco

Paciência é fundamental

Mas é claro que tudo também depende de como você deseja levar sua campanha, já que  o gênero soulslike faz a mão de algumas pessoas começar a tremer e a boca espumar de raiva. Mas acredite quando digo que com paciência ele vai se tornar a campanha mais fácil do mundo. Mesmo com chefes absurdamente difíceis por aí, é possível evoluir por um tempo – e com paciência – matando bichos menores e mais fracos, nos dando a possibilidade de chegar ao final e matar os grandes chefes mais rápido que o tempo de um miojo. E se você já está acostumada com o gênero, tudo se tornará mais fácil logo no início, ao escolher qual classe irá iniciar a campanha.

Sabemos que ele será usado durante todo nosso processo, sem a possibilidade de troca, então fique atento na hora de escolher na ficha do personagem, suas habilidades e armas, facilitando você decidir que modo deseja levar essa saga que pode durar igual a minha, pelo menos umas 80 horas. Boa parte desse tempo foi evoluindo, explorando, recolhendo itens e juntando runas, em que tudo isso será essencial para te tornar o maior guerreiro da ilha e o grande Maculado.

Problemas sempre podem existir

Eu adoraria chegar aqui e apenas jogar elogios para o que presenciei em minhas horas de jogatina. Mas infelizmente isso seria uma grande mentira, já que o game apresenta problemas que, mesmo pequenos para alguns, para mim acabaram deixando aquele incômodo.  O primeiro deles foi a taxa de quadros que em certos momentos caiam bastante, e era extremamente nítido quando isso ocorria. Então quando existiam muitos personagens no mesmo ambiente, a taxa caia e até era possível presenciar um leve travamento na mesma hora, mas que acaba sendo mais nítido para os que reparam demais.

A inteligência artificial algumas vezes era duvidosa, já que ocorreu algumas vezes dos bichos estarem me vendo e simplesmente não  atacarem, então a morte que deveria ser furtiva pelas costas, ocorria na cara deles. Isso ocorria bastante com soldados. Mas também já rolou com chefes grandes que simplesmente paravam de me seguir por sair um pouco da área que os encontrei. Chegava a ser absurdo de tão burro que eles acabavam sendo, e até mesmo sem sentido. Sem contar alguns personagens que sumiram e simplesmente não apareciam mais, ou simplesmente surgiam do nada em um momento totalmente aleatório.

‘Elden Ring’: Veredito

‘Elden Ring’ é aquele soulslike que contém uma ótima história, chefes desafiadores e mundo aberto de tirar o fôlego. E que, mesmo com alguns problemas que podem ser consertados com atualizações – e sei que alguns deles já foram mexidos – não torna ele insignificante. Mas sim, a coisa mais magnifica que joguei no ano de 2022, tendo um grande potencial para ser o GOTY do ano sem nenhum tipo de questionamento.

Aliás, não deixe também de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso:

Prós

  • Mecânica
  • Exploração
  • Desenvolvimento de personagem
  • Som
  • História

Contra

  • Taxa de quadros
  • IA
  • bugs

Trailer de ‘Elden Ring’

Guta Cundari

Estudei cinema e vim parar no jornalismo. Editando podcast ali, falando de joguinhos aqui e viajando na escrita de roteiros em vários lugares. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.
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