Far: Lone Sails

‘Far: Lone Sails’ | REVIEW

Felipe de Andrade

Far: Lone Sails é um tipo de jogo que pode ser colocado no mesmo patamar de Flower, Journey e Abzu, obras cultuadas do mundo dos games. Estes títulos têm em comum o estilo minimalista de contar suas histórias, sem mostrar nada, ou quase, durante o gameplay, garantindo um interpretação única a cada jogador.

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Far não tem uma linha sequer de diálogo, textos informativos e nada do tipo, restando apenas usar a observação e até mesmo a imaginação para tentar se descobrir um pouco mais sobre o que aconteceu com o mundo do jogo e seus habitantes, levantando a todo momento a questão: será que existe mais alguém vivo?

O estúdio indie suíço Okomotive, fundado em 2017, é o responsável pelo jogo e o define como aventura e exploração. Sua campanha tem início após o personagem principal – que não tem nome nem sexo definidos – perder um ente querido e partir em uma viagem de autoconhecimento. O foco é descobrir seu lugar e se está sozinho neste mundo pós-apocalíptico, que apresenta apenas resquícios do que um dia foi a humanidade.

A JOGABILIDADE

Durante a jornada estaremos a bordo de um veículo híbrido. É algo como um barco terrestre – ou uma locomotiva anfíbia – que passa a servir como abrigo e meio de locomoção obrigatório. Nesse ínterim será preciso realizar manutenção sempre que necessário, como apagar incêndios e consertar dispositivos que apresentarem defeitos. Assim, melhorias ou novos dispositivos são encontrados pelo caminho. Um conjunto de velas que permite o veículo se locomover apenas com a força do vento e sem gastar combustível é um exemplo. Outra melhoria útil é um aparato que suga objetos que podem ser usados como combustível, fazendo com que não seja mais necessário parar e sair do veículo tantas vezes.

Decerto, o gameplay é extremamente linear e simples, contando com alguns quebra-cabeças pelo caminho que pouco fazem para serem desafios reais. Ademais, o que pode acontecer é ficar sem perceber o que fazer de imediato por causa da distância entre a câmera e o personagem. Para remediar esse problema, existe um botão que pode aproximar a imagem a qualquer momento.

A DURAÇÃO

Outro ponto negativo para este jogo indie é a duração, já que ele é curto demais. O game pode ser terminado em torno de 2 horas apenas. Existe até mesmo um(a) troféu/conquista para quem conseguir bater o jogo em menos de 99 minutos. Assim sendo, esse realmente é o pior problema dele. Depois de desbloquear algumas melhorias para o veículo, passa a impressão que ainda teria muito o que se desenvolver, mas, ao invés disso, ele simplesmente acaba. Desse modo, ainda deixa um final com muita coisa em aberto.

VEREDITO

Far: Lone Sails tem uma jogabilidade simples que agrada logo no início. Cuidar do veículo é parte imprescindível a todo o momento. Isso deixa a impressão que ele sim é o personagem principal do jogo. Com sua duração de 2 horas em média, o jogo mal nos dá a oportunidade de enjoar dele, mas deixa claro que não vale a pena pagar o preço cheio – R$ 45,90 na PSN – em um título com a duração de um filme.

Felipe de Andrade

NAN