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Fazendo Meu Filme - Filme 2024 - Leia a nossa crítica - Ultraverso

Fazendo Meu Filme é nostálgico, mas cai em clichês do gênero

Bruno Oliveira

Fazendo Meu Filme é a nova aposta do Prime Video para atingir o público infanto-juvenil da plataforma de streaming. Essa adaptação em live-action é baseada na coleção de livros de mesmo nome escrita por Paula Pimenta. O longa é baseado na obra lançada em 2008, chamada Fazendo Meu Filme – A Estreia de Fani e, acredito, se tudo der certo mais adaptações serão feitas. Além dessa, ainda há quatro livros para serem adaptados pela frente. Posso dizer que comecei bem desconfiado, mas a película me agradou de forma geral.

Sinopse de Fazendo Meu Filme

Estefânia (Bela Fernandes), ou Fani para os íntimos, é uma adolescente como todas as outras, que possui amigos, estudiosa e muito apaixonada por cinema, querendo, inclusive, seguir essa carreira em sua vida. Ela possui a vida perfeita até sua mãe propor que faça um intercâmbio na Inglaterra. Mesmo não querendo, Fani faz a prova somente para agradar sua mãe. Passa em primeiro lugar e disso surge um problema que nunca pensou que teria: terá que deixar a comodidade junto com os amigos para trás, e principalmente Leo (Xande Valois), seu melhor amigo em que ela descobre ser a sua grande paixão.

Meu preconceito quase pôs tudo a perder

Vou confessar a vocês uma coisa: comecei a ver esse filme com um mal humor preconcebido. “Filme de adolescente, bobinho, com atuações duvidosas e com uma história batida que vai me irritar”, pensei. No seu início, foi assim mesmo. Deu para perceber que o roteiro queria ser descolado demais usando o uso da quarta parede em demasia. Uma frase de texto, outra frase com a protagonista olhando para a câmera conversando conosco. Amo esse artifício, mas foi bem chato e exagerado. Para a minha surpresa, esse sentimento me bateu apenas em seus momentos iniciais mesmo.

Conquistado pela nostalgia

Quando a trama começou de verdade, o meu sentimento de revolta exacerbada foi diminuindo e fui apreciando a vida desses adolescentes. Sem menos esperar, fui pego de supetão por essa história. Quem nunca teve uma paixão na adolescência? O pior é que vivi todos os estágios vividos pelos protagonistas. Isso me fez voltar ao passado e lembrar desses momentos únicos que nunca mais se repetirão. Foi aí que essa produção me ganhou e me fez uma pessoa menos ranzinza e mais apreciadora do que estava vendo. Já fui um Leo e também já fui uma Fani. Nostálgico, ingênuo e fofo.

Aqueceu o coração

A história de amor contada com pitadas de comédia e drama fizeram meu coração mais quentinho e fez perceber como o adolescente sofre. O descobrimento de sentimentos tão fortes e conflituosos podem confundir e pode fazer com que saiamos da órbita por um tempo. Aquele olhar perdido de um apaixonado é visto e fiquei feliz em como tudo foi mostrado de uma forma bem emocionante e verídica no máximo que essa palavra permite. E que raiva dos momentos em que rolava clima entre nossos heróis e alguém chegava do nada para cortar. Foram tantos momentos assim que me deu uma certa raiva genuína e blasfemadora.

Conclusão

Fazendo Meu Filme divertirá e emocionará muito mais o público adolescente, mas também dá espaço para que os mais velhos possam curtir essa aventura amorosa. Ele ganha muito mais por nos lembrar de um tempo em que já vivemos do que pela qualidade de sua história. Não me leve a mal, a trama e a condução do rumo dos protagonistas é feita de forma coerente e certinha, mas ainda cai em clichês do gênero. Para quem não se sentir ligado com o enredo, ele será só mais uma obra do gênero por aí.

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