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Fim da Estrada crítica do filme da Netflix 2022

‘Fim da Estrada’ se perde no meio do caminho

Jorge Feitosa

Depois de gastar tudo o que tinha com o tratamento de câncer do marido e mesmo assim perdê-lo, Brenda (Queen Latifah) se vê obrigada a deixar o lar e seguir viagem com o irmão Reggie (Chris Brtidges) e os filhos Kelly (Mychala Faith Lee) e Cameron (Shaun Dixon). No caminho, tomam um desvio que vai levá-los a um daqueles famigerados grotões racistas americanos e acabam testemunhando um assassinato que colocará uma bolsa cheia de dinheiro (e problemas) em suas vidas.

Em cartaz na Netflix, Fim da Estrada (End of The Road) é um filme policial onde um criminoso temido se põe no encalço de Brenda e sua família atrás do dinheiro, enquanto o chefe da polícia local (Beau Bridges) se dispõe a protegê-los.

Exagero de piadas e cores

Dirigido por Millicent Shelton, a história começa bem estabelecendo o drama dos protagonistas e sua entrada numa zona hostil. Porém, o excesso de piadinhas e as constantes lamentações nos diálogos não demoram a tornar a trama enfadonha, principalmente depois de sacar logo quem é o grande vilão.

Além disso, há exagero no uso das cores e um ritmo que simplesmente não engata, deixando tudo empacado pra se resolver no final, onde os brancos são os vilões e os negros as vítimas.

Uma questão que já havia sido mostrada de forma sutil com a simples pergunta de um balconista, mas que Fim da Estrada transforma em algo previsível com um pé na comédia e outro no drama, se perdendo no meio do caminho e parecendo mais longo do que realmente é.