EXCLUSIVO: Fred Camacho fala sobre primeiro single solo e álbum
Wilson Spiler
Ligado às raízes, de onde bebe das mais ricas fontes dos sambas e batuques que vem das quadras, ruas e terreiros cariocas, mas sem deixar de olhar para frente e trazer boas novas, incluindo preciosas parcerias, Fred Camacho está lançando, nesta quinta-feira (9), seu primeiro single solo, que compôs ao lado de Leandro Fab, parceiro de tantos hits. A data coincide com a comemoração dos 30 anos de carreira e 44 de idade do artista.
A inédita “No Toque do Alabê”, que já está disponível em todas as plataformas digitais de música, se soma ao próximo álbum de Fred, previsto para sair até o início de 2022. A obra tem produção de Pretinho da Serrinha, arranjo de Wanderson Martins e mixagem de Roberto Júnior.
Para celebrar o lançamento de “No Toque do Alabê”, o portal ULTRAVERSO conversou com Fred Camacho sobre a carreira, novidades e expectativa de shows. Confira o bate-papo!
ULTRAVERSO: Você já está comemorando 30 anos de carreira com apenas 44 anos. Como foi esse seu começo precoce na música?
Fred Camacho: Eu comecei fazendo shows na bateria mirim do Salgueiro – os Aprendizes do Salgueiro.
Para celebrar essa marca, está lançando seu primeiro single ao lado de seu parceiro Leandro Fab. Como vê esse seu momento de carreira solo?
Fred Camacho: Muito me honra que o meu primeiro single solo seja um samba composto com o meu irmão Leandro Fab. Ele é atualmente o meu parceiro mais constante. Chegou o momento de mostrar o Fred Camacho artista. O compositor e músicos todos já conhecem. Estou muito feliz!
Você já tocou com muita gente graúda, como Maria Rita, Beth Carvalho e Martinho da Vila. Com quem você ainda não teve oportunidade de tocar, mas ainda sonha?
Fred Camacho: Eu tenho grandes ídolos na música. Dentro do samba posso dizer que fui bastante feliz em poder acompanhar muita gente boa. Um feat com o mestre Djavan seria um sonho.
Alabê é uma referência ao candomblé. Qual a sua ligação com a religião e como ela influencia sua música?
Fred Camacho: Essa temática já apareceu diversas vezes na minha obra. Eu cresci no Salgueiro, onde a referência ao candomblé é quase obrigatória, assim como na maioria das escolas de samba.
Qual sua inspiração para compor e quais são suas influências?
Fred Camacho: Eu tento sempre buscar algumas referências em meus ídolos. Aprendi muito com o Almir Guineto e com o Arlindo Cruz a forma de compor. Devo isso aos meus professores e a prática.
Como tem sido seu trabalho ao longo da pandemia e qual a perspectiva de futuro para shows?
Fred Camacho: A perspectiva é ser otimista. Não há outro caminho. Nesse tempo de pandemia consegui fazer muita música, com os parceiros que tenho costume e também com novos via de WhatsApp. A internet encurtou a distância e me deu outras possibilidades.
Vem álbum por aí em 2002. Pode adiantar algumas novidades, possíveis participações?
Fred Camacho: O álbum tem a produção do Pretinho da Serrinha, um irmão e parceiro de música que foi bastante generoso, com muito auxílio e criatividade. No álbum entra dois singles já lançados, um com a Maria Rita e outro com Xande de Pilares. Posso dizer que esse disco vem com muitas participações e uma homenagem ao meu mestre Almir Guineto. Escolhi só salgueirenses para render essa homenagem.
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