‘Babe’ fala sobre preconceito e aceitação para crianças
Fábio
Sucesso de público e crítica, The Handmaid’s Tale é, antes de mais nada, uma série que mostra um futuro distópico, onde mulheres são tratadas como máquinas de fazer bebês e submissas aos homens. Dessa forma, o argumento serve para alertar os perigos que uma sociedade machista e opressora (que cada dia ganha mais corpo no mundo) traz com ela. Assim como ‘Babe – O Porquinho Atrapalhado’ (Babe, 1995), um belíssimo filme infantil, que usa a sutileza para falar com crianças sobre preconceito.
Sim, exatamente isso. Babe – O Porquinho Atrapalhado não é uma simples fábula sobre animais falantes e como eles se comunicam. Ele utiliza de toda a sua narrativa infantil e familiar para alertar crianças sobre o perigo de preconceito e mostrar que, com determinação e sem pré-julgamentos, ela pode ser quem ela quiser.
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Sinopse
Na fazenda do sr. Hogget, todos os animais vivem em harmonia, cada um ocupando seu devido lugar. A única exceção é Babe, um porquinho órfão que acaba de ser comprado e quer ser um cão pastor. Ele consegue convencer até o dono da fazenda de suas habilidades, que o inscreve no Campeonato Nacional de Cães Pastores, o que gera muita confusão na família do seu dono, entre os animais da fazenda e nos demais competidores. Babe venceu o Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 1996.
Cada um no seu quadrado
Antes de mais nada, Babe nos faz refletir sobre a maneira que olhamos o mundo e como ele nos olha. Uma fábula que nos mostra a importância em aceitar as diferenças e que, ao invés de excluir e proibir, é muito melhor incentivar quem quer que seja a se tornar o que ela deseja ser. Ainda mais em um lugar onde todo mundo tem o seu ‘papel a cumprir’.
As ovelhas fornecem lãs, as galinhas botam ovos, o galo desperta os donos, os cavalos transportam, as vacas dão leite, bem como os gatos, que são caseiros e pegam ratos. Por outro lado, porcos, patos e perus estão ali apenas para servirem de alimentos para seus donos.
Um dos personagens que tenta desesperadamente fugir deste fim trágico e que, por causa disso, proporciona momentos engraçadíssimos é o pato Ferdinand (Danny Mann) quando rouba o lugar do galo na função de acordar a família.
Babe
Com efeitos visuais deslumbrantes, que dão a impressão de que os animais da fazenda realmente falam, é impossível não se apaixonar por Babe. Principalmente pelo talento de Christine Cavanaugh, que dá voz ao pequeno e dócil porquinho, que desprotegido encontra no casal de cães pastores a figura paterna e materna que tanto necessita.
Essa, inclusive, é outra bela reflexão que o filme nos proporciona. Ao mostrar par crianças que independente da sua ‘raça’, é possível amar outras criaturas como se fossem nossos pais, filhos e amigos. Babe é, acima de tudo, uma linda lição de amor.
A saber, Babe é divertido, lindo e emocionante. Obra que certamente agradará crianças e adultos com sua história, mensagem e beleza. E, provavelmente, fará com que carnívoros deixem de comer bacon por pelo menos uma semana. Por fim, o filme é uma preciosidade para ser apreciada nesta semana da criança.
Ficha técnica
Título original: Babe
Data de estreia: 4 de agosto de 1995
Diretor: Chris Noonan
Roteiro: George Miller e Chris Noonan
Elenco: Christine Cavanaugh, Miriam Margolyes, Danny Mann. Miriam Flynn, Russi Taylor, Evelyn Krape, Michael Edward-Stevens, Charles Bartlett, James Cromwell, Magda Szubanski
País: Austrálaia e Estados Unidos
Idioma: Inglês
Gênero: infantil
Recomendação Etária: livre
Onde assistir: Telecine Play