‘Guardiões da Justiça é uma sátira do gênero e dos EUA

Desde que ‘The Boys’ virou adaptação, criou-se toda uma mística em produzir live-action que fossem sátiras ou similaridades de montantes já renomados. Liga da justiça, X-Men, Marvel, DC… tudo isso virou a base para uma onda que subverte o gênero. Às vezes temos produções boas como a já citada série da Amazon Prime Video ou temos coisas radioativas como O Legado de Júpiter. Porém, a nova série da Netflix, ‘Guardiões da Justiça’, é algo que vai viver no limite das duas coisas. Ela nasce sem a pretensão de ser marcante ou criar um conceito, a começar pelo tempo de tela.

Estética retrô

Não espere novidades e sim reciclagens. A série traz todo um universo dos anos 80 para sua produção. Temos jargões emblemáticos de Moetal Kombat, como “Fatality”, “Brutality” e “Finish Him”, por exemplo. Além disso, temos uma mistura louca de 2D, 3D, stop-motion, live action, pixel-art e muito, muito mais coisas que com certeza vão te fazer perguntar “mas o que é isso?”… As animações caem bem para substituir cenas que teriam que ter alto CGI, barateando, assim, a série. Mas não se engane. Algumas cenas de luta não deixam nada a desejar. Podemos até mesmo compará-las a qualquer filme de ação de alto calibre. Porém, em algumas partes, cabe a crítica no exagero de ‘momentos cartunescos’.

Além disso, eles pegam o visual e “personalidades” de outros heróis. Obviamente o mais forte e emblemático do mundo é inspirado no maior herói, O Superman. Seguido do seu “rival-amigo”, Batman, carinhosamente chamado de Falcão Negro na série.

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EUA na sua real faceta

Para qualquer observador ferrenho de notícias e geopolítica, não é nenhuma novidade que os EUA são movidos à guerra sob falso pretexto de levar a democracia para o resto do mundo. Estamos agora vivendo uma tensão Ucrânia vs Rússia justamente por esta ser a última gota no copo. Ou seja, o convite dos nortema-ericanos para que a Ucrânia integre a OTAN. Contudo, onde isso se encaixa na série?

Bom, podemos começar pelo presidente que exprime a tendência do país estadunidense. A série mostra o comportamento de ataque a países por qualquer motivo (existe uma cena que o chefe de Estado literalmente manda o assessor escolher um lugar e simplesmente explode o Taj Mahal) e ignorância da homofobia como discurso político (nenhuma novidade nos tempos de hoje, onde presidentes declaram abertamente seus discursos de ódio). Mas, enfim, Guardiões da Justiça mostra a faceta de guerra dos EUA de forma clara e óbvia.

Além disso tudo, a todo momento o discurso daquele país acima de todos é escrachado na tela, além dos vilões propostos serem sempre os mesmo. Comunistas, soviéticos, etc…

Vale a pena ver Guardiões da Justiça?

Sem sombras de dúvida, sim. É uma série com começo lento e meio entediante, que dá vontade de largar no início. Contudo, se você insiste, ela tem plots que vão explodir sua cabeça. Além disso, temos no elenco, Diamond Dallas Page, que marcou carreira no WWE.

Fora isso, o final irá te surpreender e te fará refletir (o que já devia ser óbvio) sobre se vale a pena abdicar de liberdade pela paz mundial. A história já mostrou que não, mas é sempre bom reforçar.

Trilha sonora, estética e, uniformes são atrativos nessa produção. Uma forma que podemos chamar de “série paródia”. Afinal, mesmo sendo cópia, a singularidade se encontra nos detalhes e faz a gente se prender até o fim.

Onde assistir à série Guardiões da Justiça

A saber, a série Guardiçoes da Justiça está disponível para assinantes da Netflix. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.

Trailer

Guardiões da Justiça (Netflix): elenco da série

Tiffany Hines
Denise Richards
Jane Seymour
Derek Mears
Sharni Vinson
Dallas Page

Ficha Técnica

Título original do filme: The Guardians of Justice
Criação: Adi Shankar
Duração: 30 minutos
Temporadas: 1
Episódios: 7
País: Estados Unidos
Gênero: animação, ação, aventura
Classificação: 18 anos