Gui Armelin soa genérico e mais do mesmo em ‘Cartas’
Cadu Costa
Música bem produzida, com refrões pegajosos e uma carinha sexy por trás de uma voz doce. Onde você já viu isso? Sim, em qualquer lugar do mundo fonográfico de hoje em dia. E é isso que você vai ver em Gui Armelin e seu EP Cartas.
Este paranaense de 21 anos lançou quatro músicas no último semestre e montou seu trabalho novo com direito a videoclipes pronto para alcançar o maior número de visualizações e ouvidas de YouTube a Spotify.
“Às Vezes”, “Carta”, “Dia Lindo” e “Meu Esquema” são as músicas que formam o primeiro projeto de Gui Armelin. E o que podemos dizer? Não é ruim, tem lá seu cuidado com a questão artística, mas é mais do mesmo. Igual a qualquer coisa que você já tenha escutado.
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José Augusto do sertanejo universitário
Alguém lembra do José Augusto, famoso por ser “O” cara das trilhas sonoras de novelas da Globo? Então, imagine o cantor com cabelinho sertanejo universitário. Pronto, é isso. A pegada é a mesma. Um pop romântico feito para menininhas e menininhos de 17 anos embalados pelo primeiro amor.
Ouça “Dia Lindo”, por exemplo. Vê se não cabe numa novela das seis? Ou Malhação e sua ‘sei lá qual próxima historinha fora da realidade brasileira’.
Gui Armelin é bonito, canta bem, o EP Cartas é bem produzido e está pronto pra fazer sucesso. De repente, consegue. Mas vai ser apenas mais um na multidão. Se tá bom pra ele, então tá bom pra gente. Mas é chato.
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