‘Guia de Viagem para o Amor’ agrada em cheio os apaixonados por histórias românticas
Bruno Oliveira
Ah, as comédias românticas. Sempre a mesma fórmula mudando apenas alguns atributos para diferenciar uma das outras. O uso exacerbado de clichês sempre nos dá aquela sensação de que já vimos isso antes. Algumas são excelentes, outras nem tanto, e a maioria cai ali pelo meio onde não é bom e também não é tão ruim assim. O gênero possui uma legião de fãs, nunca tirarei seu mérito por ter esse grande apelo com o público, mas é complicado fazer uma resenha que já fiz mil vezes por aí mudando apenas os detalhes. Ainda mais quando ele não possui aquele diferencial.
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Amanda Riley (Rachael Leigh Cook) trabalha em uma empresa de turismo e acha que está prestes a ser pedida em noivado por seu namorado (Ben Feldman). Ao contrário do que ela pensa, ele só quer dizer que vai ter que se mudar para outra cidade a trabalho. Se sentindo humilhada, ela resolve fazer uma viagem para o Vietnã a trabalho, para possivelmente comprar uma agência de turismo da região. Lá, ela conhece o guia turístico Sihn Thach (Scott Ly) que irá mostrar como é viver a vida de verdade.
A cartilha da comédia romântica aplicada nas cidades do Vietnã
A forma como eu falo muitas vezes pode parece que ele é ruim, mas não é. Ele tem tudo o que um fã do gênero quer ver em tela. Um romance que surge naturalmente, a quebra de expectativas de uma pessoa certinha que começa a conhecer o mundo como é de verdade, um lugar fora do padrão para acender a paixão, coadjuvantes pontuais que não chegam a brilhar e finalmente aquela decepção com o outro que faz com que aconteça aquela redenção final atrás do amor que irá partir para sempre.
Ao ler esse parágrafo inicial, certamente deve ter pensado em outro longa do tipo. Não seria uma mera coincidência, é apenas a cartilha da comédia romântica. A grande diferença nele talvez seja as paisagens do Vietnã que estão a mostra justamente para gringo ver. Ele, em certos momentos, parece até mesmo uma propaganda patrocinada pelo governo do país. Eles percorrem várias cidades e só mostra tudo o que há de belo nele. O problema é que ele só mostras as coisas belas, como se não houvesse pobreza, como se tudo fosse realmente uma maravilha.
A nossa protagonista se encanta pelo lugar e pelo modo como seu guia turístico, e futuro amor, vê a vida. Ele transcende a barreira dos pontos turísticos e mostra como é morar e como é viver em seu país. É bonito, porém deveras fantasioso. O verdadeiro conto para conquistar pessoas que vivem no 1º mundo e que se sentem fantásticas por experienciar coisas mundanas. Sei que soei profundamente cínico, mas essa foi a sensação que tive.
Conclusão
Esse é aquele filme que todos já vimos, mas que vai agradar em cheio a quem é apaixonado por esse tipo de histórias de amor. É bobinho e leve a ponto de vê-lo e esquecer do mundo, assim como ao acabá-lo você terá percebido que ele é mais do mesmo e também esquecerá dele logo depois. Pode até mesmo vir a se emocionar, quem sabe. Se você não for um fã do gênero, já sabe, fique longe, pois todos os clichés irão ressoar em você como agulhas.
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Trailer – Guia de Viagem para o Amor
Ficha Técnica
Título: A Tourist’s Guide to Love
Direção: Steven K. Tsuchida
Roteiro: Eirene Donohue
Elenco: Rachael Leigh Cook, Scotty Ly, Ben Feldman, Missi Pyle, Glynn Sweet, Alexa Povah, Jacqueline Correa
Onde assistir: Netflix
Data de estreia: 21 de abril de 2023
Duração: 94 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Comédia, Romance
Ano: 2023
Classificação: 10 anos