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crítica do filme Honor Society, com Angourie Rice e Gaten Matarazzo, do Paramount Plus 2022

‘Honor Society’ realça o talento de Angourie Rice

Jorge Feitosa

Prestes a concluir o ensino médio como uma das melhores da escola, Honor (Angourie Rice) tem a certeza absoluta de que será a escolhida para uma bolsa de estudos em Harvard. Algo no qual ela trabalha desde cedo exercendo o papel de garota popular, escolhendo a dedo suas companhias e até mesmo suportando assédios. Mas, mesmo com tanta dedicação, calha dela ter que competir pela bolsa com outros aplicados alunos.

Em Honor Society, em cartaz no Paramount Plus, Honor traça e executa um plano para desviar o foco dos colegas durante as provais finais, identificando seus desejos e/ou aspirações. O que ela faz com desenvoltura, menos no que diz respeito a Michael (Gaten Matarazzo).

Talento na atuação

Utilizando de situações típicas de comédias românticas adolescentes e quebrando a quarta parede pra estabelecer uma comunicação mais imediata com o público, a diretora Oran Zegman usa uma ideia batida, mas que rende bons momentos em seu primeiro longa.

Só que boa parte disso se deve ao talento de Rice, uma australiana que despontou para o mundo como a Betty Brant nos últimos filmes do Homem-Aranha e mostrou a que veio na minissérie Mare of Easttown. Já Gaten não precisa provar nada pra ninguém depois de sua evolução em Stranger Things e interpreta um nerd deslocado que acaba surpreendendo no roteiro bem amarrado de David A. Goodman, de franquias como Lego Batman e Uma Família da Pesada.

Só por isso, Honor Society merece ser visto, curtido e é melhor que muita produção pretensiosa que só acha que entende seu público por aí.