Horizon Burning Shores

Foto: Guerrilla Games / Divulgação

‘Horizon Forbidden West: Burning Shores’ consegue melhorar ainda mais a franquia

Felipe de Andrade

A expansão Burning Shores chegou ao mercado em 19 de abril deste ano para o aclamado ‘Horizon: Forbidden West’ com dois objetivos. O primeiro é para adicionar mais conteúdo, história e gameplay ao famoso jogo de mundo aberto. Já o segundo, levar a franquia ao patamar de nova geração finalmente. Esse lançamento é exclusivo para os donos de um Playstation 5 (e PCs futuramente). Infelizmente deixando de milhares de donos de PS4 com um gosto amargo na boca devido a essa decisão do estúdio.

Com relação a isso a Guerrilla Games se justifica dizendo que uma parte significativa da nova aventura de Aloy, sendo mais específico, a batalha final, não poderia ser reproduzida nos consoles da geração passada com a mesma qualidade visual e técnica, assim preferindo não lançar este conteúdo para o PS4 e PS4 Pro. Concordando ou não, há de se convir que essa decisão irá impulsionar, nem que seja um pouco, as vendas de consoles Playstation 5 entre os fãs da franquia.

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Muitos consideram o Forbidden West como o jogo de mundo aberto mais bonito nessa geração. E a exclusividade para o Playstation 5 de Burning Shores ajudou a subir um pouco mais a régua da qualidade gráfica encontrada neste título. Tudo está ainda mais bonito, como as texturas, os efeitos de fogo, água, vento e partículas, a movimentação das plantas e por aí vai. Ponto para as áreas submersas que ganharam mais destaque durante exploração e para o novíssimo sistema de geração de nuvens. Esta, por sinal, é a cereja do bolo.

Este sistema de nuvens é o mais realista já visto em um jogo. Ela traz detalhes incríveis conforme ganhamos mais altitude com Aloy montada em uma máquina voadora. É possível voar e curtir belos momentos pelos céus de uma Los Angeles pós-apocalíptica. É permitido até mesmo passar por entre nuvens carregadas durante tempestades, mesmo assumindo risco de sermos atingidos por um raio.

Toda essa qualidade trouxe um revés que não se percebia anteriormente. Agora, quanto mais alto subirmos menos detalhes vemos do solo com determinadas áreas sumindo em plena vista, e voltando aparecer bruscamente quando nos aproximamos do chão. Isso acontecia em diversos jogos de mundo aberto de gerações anteriores como era de costume. Mas aqui acaba quebrando um pouco da imersão para os jogadores mais exigentes, mesmo que não prejudique o gameplay.

Outras novidades da DLC 

Apesar de serem esperadas novas máquinas para esta expansão, a quantidade foi um pouco decepcionante por assim dizer. Tivemos apenas 4 inclusões:

  • a Asa-Marinha – nova montaria de Aloy que permite tanto subir ao céus, quanto mergulhar e explorar as águas profundas dos cenários;
  • o Biliático –  sapo robótico gigante que utiliza ácido para digerir lixo e máquinas mortas a procura de peças úteis, é um novo inimigo que traz combates com alto grau de desafio;
  • a Ferroada – surgem de cápsulas que o Biliático atira ao seu redor, semelhante a vespas gigantes que causam bastante dano quando atacam em bando.
  • Por último, o Hórus – máquina gigantesca semelhante a uma lagosta enorme, ou coisa parecida. É o chefão final da expansão que traz um combate memorável e mistura os colossi de Shadow of the Colossus com os robôs gigantes altamente armados que enfrentamos em Marvel Avengers, com muitas escaladas e danos em ponto fraco da máquina.

Durante a exploração do mapa encontramos diversos inimigos que estavam presentes no jogo base, novos pontos de interesse, missões e desafios, mais colecionáveis, personagens secundários, novos trajes, pinturas faciais e tinturas para os trajes para destravar, e cenários muito bem construídos de uma ponta a outra. Infelizmente sua extensão territorial não é tão grande quanto gostaríamos, permitindo que o jogador atravesse voando dentro de alguns minutos.

Novas habilidades

Novas habilidades também chegaram ao jogo pelas árvores de habilidades que já existiam no jogo base, que são guerreira, emboscada, traçadora, sobrevivente, sabotadora e maquinista. Cada uma delas receberam até 3 novas habilidades que melhoram ainda mais o dinamismo do gameplay, além de trazer algum ar de novidade para a nova aventura.

Novos personagens chave fazem parte da história em Burning Shores além de Aloy, como Walter Londra, vilão audacioso com aspirações tecnológicas e espaciais que busca partir da Terra com o máximo de pessoas que conseguir convencer, mesmo que sua nave possa criar centenas de vítimas no processo decolagem. Ele é interpretado por Sam Witwer, o Deacon Saint John do ótimo Daysgone, do Bend Studio, um dos braços da gigante japonesa.

Horizon Burning Shores
Foto: Guerrilla Games / Divulgação

Seyka, a guerreira Quen

Outra personagem de destaque é  a Seyka, guerreira Quen e aliada de Aloy nessa nova jornada, ela também é o motivo da expansão estar sendo bombardeada por desmerecidas notas baixas na internet por fãs que ficaram insatisfeitos com um possível final da história (sem mais spoilers aqui).

A DLC segue com uma ótima localização em português com todo conteúdo sendo entregue no nosso idioma, com menus e documentos traduzidos e uma dublagem impecável como de costume. Novas trilhas inéditas somam à parte sonora do jogo, ainda que faixas do jogo base são usadas para volume, isso não é demérito nenhum para o trabalho do estúdio. Destaque para a faixa que rola durante a batalha final contra o Hórus que é simplesmente épica.

Veredito

O segundo jogo já vinha mostrando uma evolução de Aloy como personagem, quando comparado com o original. Em Burning Shores temos mais um gosto disso com uma protagonista mais humana em menos “guerreira exilada da tribo” em seu modo de agir e pensar, trazendo mais complexidade para protagonista.

A expansão também ganhou o carimbo de jogo de mundo aberto mais bonito da geração, enquanto consegue melhorar ainda mais a já incrível jogabilidade da franquia. É obrigatório para os fãs que possuem um Playstation 5 e somente para eles, já que a geração anterior ficou de fora.

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Trailer – Horizon Forbidden West: Burning Shores

Felipe de Andrade

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