EP Aphagy Hranice Abyss

Hranice Abyss: lança EP sem alma e identidade

Cadu Costa

O metal talvez seja o mais diverso dos gêneros do rock. Desde o mais tradicional (heavy metal) aos mais controversos (nü metal), seus fãs são os mais fieis e o consumo de tudo relacionado chega a níveis estratosféricos.
Apesar disso, não é que eles engulam qualquer coisa. Só virtuosismo, gritaria ou metralhadora de bateria não funcionam se não existir uma linha melódica. Sendo assim, sinto informar mas a banda Hranice Abyss tem a dose necessária do tédio.

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Influências da Hranice Abyss

Com diversas influências que passam por The Black Dahlia Murder, Death, Lamb of God, Krysiun e Slayer, mesclando com visões mais modernas de bandas como Meshuggah e Slipknot, assim como contemplando produções do Dream Theater e do Porcupine Tree, a Hranice Abyss aposta numa death metal/deathcore, com letras reflexivas em seu primeiro EP, intitulado Aphagy.
Mergulhados em questões filosóficas que envolvem as análises sobre a indústria cultural de Adorno e Horkheimer; bem como o niilismo e a vida liberta de Nietzsche; as relações líquidas de Bauman; e as simulações de Baudrillard; a banda é até interessante sob esse ponto do vista.
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Tudo uma coisa só

O que pega mesmo é a música. Em suas seis faixas, a Hranice Abyss soa monótono e absurdamente chato para um estilo onde a vibração e energia são essenciais. Sua melhor faixa é “Violation Of Human Condition”, onde temos uma ideia do que poderia ter sido o disco.
A sensação que se tem é da primeira (uma intro) à última música, tudo é uma coisa só. Um álbum sem alma ou identidade. Mas, se ainda assim, quiser dar uma conferida, o EP Aphagy, da Hranice Abyss, sai no dia 26 de agosto.
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Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN