Leia a crítica do filme Hypnotic - Ameaça Invisível - Ultraverso

Festival do Rio 2023 – Hypnotic – Ameaça Invisível deve agradar um público menos exigente

Bruno Oliveira

O Festival do Rio de cinema é uma ótima época do ano em que conseguem trazer vários filmes raros, premiados e conceituados do mundo inteiro para passarem em um espaço de 10 dias. Geralmente, são filmes bons e diferentes que te marcam de alguma forma. Mas, também, exibem algumas obras que estão prestes a estrear de forma oficial nos cinemas e essas nem sempre estão a altura do próprio festival. Hypnotic – Ameaça Invisível se encaixa nessa última alternativa e nos apresenta uma história fraca e cheia de trejeitos no roteiro que deixa tudo muito expositivo.

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Danny Rourke (Ben Affleck) é um bom policial que teve sua filha sequestrada há 3 anos e até os dias atuais não possui mais nenhuma informação sobre o paradeiro dela. Quando é chamado para deter um possível assalto a banco, ele dá de cara com Lev Dellrayne (William Fichtner), um possível responsável pelo seu trauma familiar. Ao conhecer Diana (Alice Braga), ele fica sabendo de uma trama governamental que envolve os Hipnóticos: pessoas capazes de manipular o pensamento de suas vítimas a ponto de verem um mundo que não é real. Agora, toda a verdade que ele um dia conheceu pode ser uma mentira.

O roteiro expositivo prejudica tudo

Adoro assistir um filme com uma grande reviravolta no final. Daquelas que você não espera e que chega a marcar a vida com tamanha genialidade. Isso é tudo o que não teremos aqui. O roteiro se baseia em tentar te surpreender de minuto em minuto. Mas tudo isso é feito da pior forma possível a ponto de deixar quem está assistindo cansado. O famoso “isso nunca foi real”, com caras de surpresa de todos, para logo depois ter uma outra reviravolta mais avassaladora possível.

Confesso que em certo momento eu comecei a debochar de tudo o que estava vendo. No início, estava levando a história a sério, mas depois de tanta coisa, só tive a reação de rir com um pensamento de “não é possível que to vendo isso”. Me senti com vergonha pelos atores, principalmente por nossa querida Alice Braga (Eu Sou a Lenda) estar tentando dar vida a um roteiro tão expositivo que chega a ser ridículo. As reviravoltas uma atrás da outra até fazem sentido com o contexto, mas é tanta que, sim, soam extremamente ridículas e forçadas.

Os nomes por trás desse longa não são amadores. Temos Robert Rodriguez (Sin City: A Cidade do Pecado) na direção e roteiro; e Max Borestein (Godzilla) no roteiro. Acredito que no papel tudo pudesse soar realmente incrível, mas ao passar o que tá escrito para o mundo real, tudo se tornou incrivelmente ruim. É uma pena, pois, gosto de todos os envolvidos. Tanto os atores quanto os envolvidos na produção. Para mim é uma obra que nasce como fracassada.

Conclusão

Acredito que mesmo com todos esses problemas, o longa encontrará um público que vai gostar. Ele possui algumas boas cenas de ação e o fator surpresa atrás de surpresa pode agradar, sim, um público menos exigente. Desde já, Hypnotic – Ameaça Invisível entra na minha lista como um dos piores do ano. Mesmo com sua curta projeção, já estava entrando em agonia. Afinal, o que é verdade e o que estão te manipulando? Péssimo.

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Trailer do filme Hypnotic – Ameaça Invisível

Ficha Técnica do filme Hypnotic – Ameaça Invisível

Título original: Hypnotic

Direção: Robert Rodriguez

Roteiro: Robert Rodriguez e Max Borestein

Elenco: Ben Affleck, Alice Braga, JD Pardo, Dayo Okeniyi, Jeff Fahey, Jackie Earle Haley, William Fichtner, Sandy Avila, Hala Finley, Ionie Olivia Neves, Nikki Dixon

Onde assistir: Cinemas

Data de estreia: 26 de outubro de 2023

Duração: 93 minutos

País: Estados unidos da América

Gênero: Ação, Mistério

Ano: 2023

Classificação: 14 anos

Bruno Oliveira

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