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Inteligência Digital: Os jovens em tempos de pandemia

Alex Rodrigues

Com o distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, a tecnologia se tornou um aliado. E por que não dizer um companheiro, em tempos de quarentena. Para crianças e jovens, a Inteligência Digital se tornou um canal para o aprendizado remoto.

Canalizar a energia e criatividade de crianças e adolescentes para atividades educacionais é um desafio para os pais e também para instituições de ensino.

Um caminho escolhido foi utilizar os próprios meios digitais para buscar o interesse do jovem em mercados voltados para o entretenimento, como os jogos eletrônicos, por exemplo.

Seja como for, esse “outro lado” do entretenimento pode ser divertido, e o conceito de Inteligência Digital oferece uma série de ferramentas para criar um link entre estudante e aprendizado.

A Inteligência Digital ao lado da educação

No âmbito da educação, a Inteligência Digital proporciona uma visão didática sobre “como as coisas são feitas”. Muito útil para explicar conceitos teóricos para os mais jovens e despertar o interesse para futuras carreiras.

Algumas instituições trabalham o estímulo da criatividade das crianças com as novas tecnologias. Utilizar conceitos em construção de games, criação de apps e robótica é uma das táticas da Inteligência Digital.

Este é o caso da codeBuddy, uma escola que utiliza um sistema de ensino interativo. Busca aflorar a originalidade dos alunos, tanto com abordagens lúdicas como propostas para solucionar problemas utilizando conceitos de programação.

Gabriel Rosa, de 12 anos, criou um simpático robô que mede a temperatura e Guilherme Negrão, de 13, montou um game em que é preciso salvar uma princesa do vírus. Já Lucas Ventura, também de 13, reuniu informações úteis sobre a doença em um app.

Nesse período de pandemia, a escola de tecnologia onde os três estudam, passou a oferecer ainda cursos rápidos e disponibiliza e-books para orientar os responsáveis pelos alunos.

Todavia, a escola se tornou a única instituição brasileira reconhecida com um selo do DQ Institute, entidade global que atua para disseminar esse conceito principalmente na faixa etária de 9 a 12 anos.

“O diferencial que buscamos é trabalhar conceitos importantes para a vida dos jovens, como o uso responsável das tecnologias, independentemente da área profissional que eles vão seguir no futuro”, afirma a Coordenadora de Inovação Acadêmica da codeBuddy, Flavia Villela.

Equipe da desenvolvedora brasileira Aquiris Studio.

Mercado brasileiro precisa de profissionais qualificados

Essa nova forma de aprendizado pode ser uma resposta ao próprio mercado voltado para a tecnologia que busca profissionais qualificados. Ao mesmo tempo que o Brasil é um antigo consumidor de games, em contrapartida, é muito jovem no desenvolvimento de jogos eletrônicos.

Atualmente, estúdios brasileiros fazem sucesso nos Estados Unidos e Europa com jogos como Horizon Chase, da Aquiris Game Studio, e Heavy Metal Machines, criado pela Hoplon Infotainment. Empresas de games nacionais esperam acolher um número maior de profissionais especializados e mais jovem.

Contudo, institutos de ensino como a codeBuddy prospectam formar um perfil cada vez maior de profissionais voltados para games e novas tecnologias. É um ciclo bom para todas as partes envolvidas.

Ademais, a pandemia mostrou um novo universo à população, o distanciamento privou as pessoas do contato físicos. Este fato deixou claro que tal período seria muito mais difícil de passar sem os recursos digitais.

Assim também, das redes sociais, serviços de streaming até aos jogos online, a vida digital assumiu um papel vital no cotidiano das pessoas. Por fim, estar preparado para essa nova realidade, desde muito cedo, é um diferencial para viver bem no mundo.

Alex Rodrigues

Vamos bater um papo sobre games e coisas do bem! Contato: sr.alexrodrigues@gmail.com / @alexsandrers / alexr_rodrigues
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