Jurassic World Domínio crítica do filme 2022 onde assistir elenco data de estreia ficha técnica

Foto: Universal Pictures / Divulgação

‘Jurassic World: Domínio’ aposta no seguro e conclui bem a saga

Agenor Florentino

Desde o seu primeiro filme em 1993, Jurassic Park trouxe um novo conceito e revolucionou o cinema, dando vida à história dos livros de Michael Crichton. Surgiu aí um novo conceito no que diz respeito à computação gráfica e à genialidade do diretor Steven Spielberg, que deu vida aos dinossauros colocando, assim, este filme em um alto patamar e se tornando uma das franquias mais populares do mundo.

Ao longo dos anos, houve algumas continuações como O Mundo Perdido (1997) e Jurassic Park 3 (2001), que, mesmo levando o peso do nome da franquia, não conseguiram o mesmo sucesso de seu antecessor, fazendo com que a saga ficasse fora dos holofotes durante um tempo.

Eis que, em 2015, a Universal anuncia a continuação da franquia com Jurassic World, desta vez dirigido por Colin Treverrow, apostando em um novo público, mas ainda mantendo todo o clima de nostalgia que fez todos os filmes ficarem tão conhecidos. O longa foi um sucesso, o que logo garantiu a continuação Jurassic World: Reino Ameaçado (2018)  e um anúncio do próprio estúdio que seria uma trilogia que encerraria toda a saga jurássica.

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Fim de uma história de 29 anos

Eis que, em 2022, é lançado o sexto e último filme da franquia: Jurassic World: Domínio (Jurassic World Dominion), que tem todo o peso de encerrar essa fantástica saga que se iniciou há 29 anos. Mas será que este longa, que conta mais uma vez com a direção de Colin Treverrow, faz jus ao nome?

Jurassic World: Domínio talvez seja o único filme que possui uma ligação direta com o seu antecessor, pois, agora, os personagens precisam lidar com as escolhas feitas no longa passado. Temos a volta de Claire (Bryce Dallas Howard), que continua com seus projetos ativistas para salvar os dinossauros, mesmo que tenha que utilizar de meios ilegais para isso. Agora, junto com Owen (Chris Pratt), que tem a responsabilidade de cuidar de Maisie (Isabella Sermon), já que a jovem possuí um DNA peculiar e é procurada por muitas pessoas que podem lhe fazer mal.

Junto a isso, vemos que a família também cresceu no lado da nova protagonista: a velociraptor Blue também tem um descendente. As coisas começam a desandar quando um grupo de mercenários sequestram Beta  (a filha de Nlue) e Maisie, levando Owen e Claire a uma jornada que vai desde o submundo do crime até uma enorme instituição.

Antigos personagens

Em paralelo, o Dr. Iam Malcom (Jeff Goldblum) agora é um renomado filósofo e palestrante convidado da Byosin, uma empresa liderada pelo Dr. Lewis Dodgson (Campbell Scott), que tem por finalidade construir um abrigo para o máximo dos dinossauros que coexistem com os seres humanos. Além disso, também desenvolvem tratamentos para doenças raras da humanidade.

A Dra. Ellen Sattler (Laura Dern) trabalha com pesquisas de alteração no solo e descobre uma nova espécie de gafanhoto geneticamente modificado que está ameaçando inicialmente a plantação de algumas fazendas, mas que está tomando proporções gigantescas. De alguma maneira, eles possuem ligação com o Byosin.

É então que ela entra em contato com seu velho amigo Alan Grant (Sam Neill), para que, juntos, possam desvendar quais são os verdadeiros propósitos desta empresa. Entre tantas idas e vindas, as gerações do passado e do presente irão se encontrar e descobrir que precisam trabalhar em conjunto para que o mundo como conhecem não deixe de existir.

Expectativas

Desde que foi anunciado, o filme Jurassic World: Domínio gerou muitas expectativas. Além do mais, tratava-se de um mundo totalmente novo. Afinal, ele mostraria como a humanidade iria lidar com o fato de que os dinossauros voltaram e fazem parte do ecossistema. O diretor Colim Treverrow consegue trazer essa questão filosófica de uma maneira muito sensata e faz muito um paralelo ao mundo atual, com questões de preservação ecológica e responsabilidades com o mundo animal. Os dinossauros, desta vez, fazem parte do dia a dia das pessoas. Claro, muitos utilizam para coisas benéficas, mas, infelizmente, também é mostrado um lado dos maus-tratos e do tráfico de dinossauros.

O roteiro joga muito na segurança, apresentando uma história linear de uma preocupação micro dentro de uma estrutura macro. Pode-se dizer que todo o filme é uma mistura de aventura com resgate, mas, em meio a tudo isso, possui seu elemento principal, que são os dinossauros. É muito interessante contemplar novas espécies com novas habilidades nunca antes vistas.

Como também se trata de uma grande reunião de diversos personagens, ao longo do seu primeiro ato, onde a problemática é estabelecida, existe a divisão do grupo para explorar melhor os protagonistas, com reencontros emocionantes e a adição de novos personagens que dão mais dinamismo à proposta. Enquanto o núcleo Alan Grant tem uma temática mais investigativa, o de Owen Grady é pura ação e perseguição envolvendo dinossauros.

Na segurança

O primeiro ato do filme estabelece muito bem em que ponto todos os personagens estão e para onde devem ir depois das suas devidas motivações. A fotografia valoriza muito todos os ambientes que mesclam muito urbanismo, com cenas em florestas e neve. Sempre que algum dinossauro fica em evidência, isso é feito de maneira primorosa. Todo o roteiro joga muito no seguro e pouco adiciona de novidade ao que já foi feito ao longo de toda a saga. Talvez apenas com a adição de alguns dinossauros novos. Ainda assim, faz isso de maneira bem discreta para não se comprometer e entregar algo dentro das expectativas.

A motivação do vilão do filme também é válida até certo ponto, mostrando um lado ao menos questionável sobre utilizar os dinossauros de um modo como sempre foi feito desde o inicio da história dos filmes. E até mesmo fazendo Claire tentar sua redenção por tudo que já fez antes.

Conclusão da saga

Outro ponto interessante a se destacar é a responsabilidade que Owen e Claire possuem de não apenas pensar em si mesmos, mas também terem alguém que necessita de seus cuidados, de seus conselhos e que os vê como exemplo. Isso gera um total senso de urgência na hora do resgate. Tanto de Maisie quanto de Blue. Algumas cenas fazem referência a todos os outros filmes e, quando toda a equipe se reúne, a ação e a nostalgia toma outra proporção.

Enfim, Jurassic World: Domínio conclui uma saga que passou por gerações conseguindo adaptar novos problemas. Fechando todos os ciclos e redimindo personagens (e dinossauros) que aprendemos a gostar ao longo de tantos anos. É certamente uma excelente obra que vai deixar saudades, mas que fez o seu dever e entregou algo de altíssimo nível, nunca abandonando seu conceito de que a vida sempre encontra um meio.

Onde assistir ao filme Jurassic World: Domínio?

A saber, Jurassic World: Domínio estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (2).

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Trailer do filme Jurassic World: Domínio

Jurassic World: Domínio – elenco do filme

Chris Pratt
Bryce Dallas Howard
Laura Dern
Sam Neill
Jeff Goldblum

Ficha Técnica – Jurassic World: Domínio

Título original do filme: Jurassic World Dominion

Direção: Colin Trevorrow

Roteiro: Emily Carmichael e Colin Trevorrow

Duração: 146 minutos

País: Estados Unidos

Gênero: aventura

Ano: 2022

Classificação: 12 anos

Agenor Florentino

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