King's Man A Origem crítica do filme onde assistir data de estreia lançamento elenco

‘King’s Man: A Origem’ é um filme tedioso ao extremo

Cadu Costa

Quando Kingsman: Serviço Secreto saiu em 2014, fomos surpreendidos por um estilo de filmes de quadrinhos altamente diferentes da fórmula Marvel/DC a qual estamos acostumados. Ação ininterrupta sim, mas com classe, narrativa contundente e arcos pra lá de interessantes. E tudo adocicado com o saboroso humor britânico.

Por outro lado, em Kingsman: O Círculo Dourado, de 2017, algo havia se perdido, mas o ritmo alucinante do original ainda tinha seus resquícios e a coisa até fluiu bem.

Agora temos King’s Man: A Origem (The King’s Man) e, com isso, a certeza de que o diretor Matthew Vaughn, responsável por trazer o universo criado por Mark Miller para as telas, parece ter perdido a mão de vez.

Enredo bizarro

O enredo de Vaughn (embora seu co-roteirista Karl Gajdusek seja igualmente culpado) é um olhar zombeteiro e bizarramente pomposo sobre o nascimento da Kingsman, a agência secreta britânica independente. No entanto, há poucos sinais do círculo de espiões até o final desta jornada tediosa pelo final da Europa imperial.

A história segue atrás do pacifista viúvo aristocrata Orlando Oxford (Ralph Fiennes) enquanto ele arrasta seu filho Conrad (Harris Dickinson) por momentos cruciais da Primeira Guerra Mundial, ao lado de seus servos fiéis Shola (Djimon Hounsou) e Polly (Gemma Arterton).

Uma figura misteriosa está manipulando os eventos mundiais para o conflito, então os Oxfords passam por todos os principais incidentes, desde o assassinato do arquiduque da Áustria-Hungria Franz Ferdinand pelas mãos do anarquista Gavrilo Princip até as trincheiras da guerra na Bélgica. E ponha nesse mesmo bolo o ocultista russo Grigori Rasputin (Rhys Ifans), Mata Hari (Valerie Pachner) e Lênin (August Diehl).

Falha miseravelmente em tudo

O resultado é um filme tedioso, confuso e sem graça. Foi extremamente difícil conter o sono. King’s Man: A Origem tenta ser parte sátira, parte aventura e falha miseravelmente em ambos.

A sólida atuação central de Ralph Fiennes é esquecida por conta do tédio que domina – pasmem – um thriller de ação. Fora as problemáticas da coisa com um discurso de que esquerda e direita são a mesma coisas e até mesmo aliadas. Tente ver uma cena onde Adolf Hitler e Lênin apertam as mãos e você vai querer morrer de rir pela ousadia da cara de pau.

Filmes distorcem a história o tempo todo, mas poucos o fazem com um efeito tão grotesco quanto este. Tentando combinar sua ação quase inexistente com alguma maluquice no estilo “Monty Python” e uma visão estranhamente estúpida do imperialismo britânico, King’s Man: A Origem só consegue ser insípido, pueril e extremamente chato.

Onde assistir ao filme King’s Man: A Origem?

A saber, o filme King’s Man: A Origem estreia nos cinemas no dia 6 janeiro de 2022. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.

Trailer do filme King’s Man: A Origem

King’s Man: A Origem – elenco do filme

Ralph Fiennes
Gemma Arterton
Rhys Ifans
Harris Dickinson

Ficha Técnica

Título original: The King’s Man
Diretor: Matthew Vaughn
Roteiro: Matthew Vaughn e Karl Gajdusek, baseado nos quadrinhos de Mark Millar
País: Reino Unido e Estados Unidos
Gênero: ação
Ano de produção: 2021
Duração: 130 minutos
Classificação: a definir

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN