RESENHA | ‘Duas noites com Tiago’ de Van Furlanetti

Ayra Diandra

Apesar de ter uma capa rosa e fofinha e apresentar uma linguagem de fácil entendimento, “Duas noites com Tiago” carrega também uma leitura picante e prazerosa. (Erro de português do livro “prazeirosa” não existe!) A narrativa retrata a vida de Brenda, uma mulher na casa dos 40 anos, que se vê obrigada a mudar todas as suas convicções e sua vida.

HISTÓRIA

Brenda é casada com Wilson, um homem cuja em sua juventude foi muito bonito, porém, agora não passava mais de um homem de negócios. Um bom provedor de necessidades que ajudou a criar o filho com a mesa farta e bom estudos. Brenda, por sua vez, se via uma mulher infeliz no casamento, fiel ao seu marido, mas extremamente carente de quase tudo relacionado ao amor. O pior de tudo era o sentimento de que ela podia ter sido mais do que a menina que casou aos 21 anos e prometeu amor eterno ao seu marido. A saber, ela levou a vida como boa mãe e organizadora do lar.

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Toda a narrativa começa quando Brenda vai ao encontro de sua amiga Sula, uma mulher feliz a sua maneira. Uma ninfomaníaca, com uma enorme necessidade de afirmar-se jovem e interessante. As duas resolvem ir a uma balada, onde na fila, Sula apresenta Tiago à amiga. Uma espécie de miniatura de Wilson, de 30 anos atrás. Cabelo bagunçado, olhar fechado e as mãos e o corpo no ponto de um jogador de futebol. Apesar de encantada nada aconteceu. Afinal, ela era casada e fiel.

MUDANÇAS DRÁSTICAS

Ao voltar para casa e tentar fazer uma surpresa ao seu marido, Brenda o encontra com outra mulher na sua própria cama. E o pior de tudo, o filho era conivente com a traição do pai. É onde toda a sua vida começa a mudar, e ela precisa se recapitular. Contudo, Tiago foi extremamente importante nesse processo, ao fazer Brenda se sentir viva novamente como mulher.

Por fim, “Duas noites com Tiago” é uma excelente e até, de certa forma, rápida leitura, uma vez que a história e sua narrativa são bem dinâmicas e próximas do que vemos nos dias atuais. Toda mulher deveria ler esse livro como uma espécie de manual, para sabermos que nunca estamos mortas.