Lou crítica do filme da Netflix 2022

Foto: Netflix / Divulgação

Boas cenas de ação compensam o roteiro raso de ‘Lou’

Wilson Spiler

Com o sucesso de franquias ou estilos de produções normalmente protagonizada por homens, aos poucos Hollywood vem copiando o modelo, só que com personagens femininas como principais. Isso aconteceu com John Wick, estrelado por Keanu Reeves, que ganhou versões com mulheres, como Atômica, Jolt ou Coquetel Explosivo,
quem atrizes do quilate de Charlize Theron, Kate Beckinsale e Karen Gillan, respectivamente, como heroínas que descem a porrada. De fato, são todos filmes divertidos, que cumprem o propósito de entreter os amantes de uma boa ação.

Outro homem também que se aproveita bastante do gênero há anos é Liam Neeson, da franquia interminável Busca Implacável, e que repete a dose em papéis bem semelhantes em outros filmes. Agora, parece que essa onda de ‘old hero’ (podemos chamar assim?) começa a transcender para protagonistas do sexo feminino. É basicamente o que acontece em Lou, novo filme da Netflix, com Allison Janney, muito conhecida no Brasil pelo papel de Bonnie no seriado Mom, que passa no canal a cabo da Warner.

Tanto na série quanto neste longa-metragem, a maternidade é o elo de ligação da história. Certamente alguém se lembrou dos trabalhos de Neeson, que abraçam geralmente o tema da paternidade.  Só que aqui, em Lou, cujo a protagonista dá nome ao filme da Netflix, Janney é uma mulher misteriosa e solitária que luta contra os fantasmas de um passado sombrio. Até que um dia, a vizinha – com a qual não se dava tão bem – pede ajuda para resgatar a filha pequena, que foi sequestrada.

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Lou, da Netflix, é uma história real?

A resposta simples e direta é não. Lou não é baseado em uma história que realmente aconteceu. Embora alguns indícios levem a crer que se trata de um fato que ocorreu de verdade, não estamos falando de algo real. A discussão foi levantada porque a personagem principal, em tese, teria sido inspirada em um ex-agente da CIA que também se isolou por problemas do passado. O longa-metragem também faz referência ao golpe de 1953 no Irã.

Mais do mesmo

Como filme, em si, Lou reúne boas cenas de ação – principalmente uma no desfecho em que a diretora Anna Foerster (Anjos da Noite: Guerras de Sangue) espertamente retira o áudio para dar maior dramaticidade ao momento -, uma produção caprichada e atuações, que se não dignas de premiações, cumprem à risca o que o roteiro exigia. O texto, no entanto, mesmo com um plot twist no final razoavelmente surpreendente, é raso e igual a tantos que vemos por aí.

Para aqueles que gostam de ação, Lou pode até ser uma boa atração, assim como que quer escolher algum filme da Netflix apenas para passar o tempo. Mas quem busca por algo mais aprofundado, que seja realmente digno de alguma reflexão, este, certamente, não é o melhor caminho.

Onde assistir ao filme Lou?

A saber, Lou está disponível no catálogo da Netflix para todos os assinantes.

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Trailer do filme Lou, da Netflix

Lou (Netflix): elenco do filme

Allison Janney

Jurnee Smollett

Logan Marshall-Green

Ficha Técnica do filme Lou, da Netflix

Título original do filme: Lou

Direção: Anna Foerster

Roteiro: Maggie Cohn, Jack Stanley

Duração: 107 minutos

País: Estados Unidos

Gênero: drama, policial, ação

Ano: 2022

Classificação: 16 anos

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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