Malévola 2 Dona do Mal angelina jolie

(Disney)

‘Malévola: Dona do Mal’ | CRÍTICA

Alvaro Tallarico

Malévola: Dona do Mal (Maleficent: Mistress of Evil) foi dirigido pelo norueguês Joachim Ronning, o mesmo de Piratas do Caribe: A vingança de Salazar. Temos uma atuação irônica, sarcástica e saborosa de Angelina Jolie no retorno de Malévola aos cinemas. Aliás, uma figura que era umas das mais notórias e maldosas vilãs da história da Disney. Contudo, será que Malévola virou… Benévola?

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Aurora (Elle Fanning) se apaixonou e vai casar com o insosso príncipe Philip (Harris Dickinson), filho da rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer, segura). Essa união pode unir dois reinos, o humano e o mágico. Mas, será simples assim? O casal faz parte da história base, mas é bem sem graça. Como esperado, Angelina Jolie e Michelle Pfeiffer se destacam.

Mulher-Gavião

O filme me fez pensar em como seria a Mulher-Gavião e o Gavião Negro da Liga da Justiça nos cinemas devido aos personagens nesse estilo que aparecem. Algo agradável de se ver, há um mundo novo apresentado. A graça do primeiro Malévola era recontar a história de A Bela Adormecida pelo ponto de vista da vilã. Aqui o roteiro segue por outro caminho, completamente distinto. Malévola é mais heroína do que qualquer coisa, aparentemente não muito inteligente, pois não percebe algumas armadilhas apesar de sua experiência. Porém. talvez seu amor por Aurora e a vontade de vê-la feliz possa ter embaçado seus instintos.

Aliás, é filme para ser visto em tela grande, cinema mesmo, voltado para a toda família. Indubitavelmente os efeitos especiais estão muito bons, assim como as localidades de fantasia e os personagens mágicos e fantásticos. O primeiro Malévola foi um grande sucesso com bilheteria mundial de mais de US$ 758,5 milhões, ficando 27 semanas em cartaz. Esse tem como um de seus atrativos principais o duelo entre duas personagens e atrizes fortes, capazes e icônicas, além de trazer lições sobre falsidade, egoísmo, traição.

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Pensei como seria Gavião Negro e Mulher-Gavião nos cinemas (divulgação: Walt Disney)

Das cinzas da maldade, renasce a bondade

Ademais. a figurinista Ellen Mirojnick fez um trabalho incrível com a aparência de Jolie. A atriz surge deslumbrante em todas as cenas. Outra coisa, se você não viu o primeiro filme antes de assistir a sequência, não há problema. Este jornalista aqui não assistiu; e nem tentou. Queria ir cru mesmo, pois sabia que a Disney resumiria o que é necessário saber Malévola e sua relação com Aurora e seus pais desaparecidos. Não é obrigatório ver o primeiro para entender, pois esse funciona bem sozinho. Como já citado, é uma história original, como um spin-off de A Bela Adormecida.

A saber, o roteiro de Linda Woolverton, Jez Butterworth, Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster consegue fazer o espectador sentir compaixão e empatia pela “vilã” Malévola, que parece cada vez mais boazinha. Afinal, no geral, o Malévola: Dona do Mal é previsível, engraçado, esteticamente impressionante, tendo um início cômico e tenso ao mesmo tempo, em especial, na boa sequência do jantar. Porém, difícil não citar a sequência final de ação com cara de Game of Thrones, ou Senhor dos Anéis, quiçá, Marvel, que é coreografada com eficiência e traz aquele final bem Disney. O melhor talvez seja a mensagem do sonho de paz: das cinzas da maldade, a bondade pode renascer. Reinos diferentes convivendo benevolentemente em harmonia. Bom para esse momento, certo?

::: TRAILER

::: FICHA TÉCNICA

Título original: Maleficent: Mistress of Evil
Direção: Joachim Ronning
Roteiro: Linda Woolverton, Jez Butterworth, Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster
Elenco: Angelina Jolie, Michelle Pfeiffer, Elle Fanning
Distribuição: Walt Disney
País: Estados Unidos
Gênero: Fantasia
Ano de produção: 2019
Duração: 1h58 minutos
Classificação: 10 anos

Alvaro Tallarico

Jornalista vivente andante (não necessariamente nessa ordem), cidadão do mundo, pacifista, divulgador da arte como expressão da busca pela reflexão e transcendência humana. @viventeandante
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