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‘Miss Scarlet and the Duke’ faz homenagem a Sherlock Holmes

Stenlånd Leandro

Uma das maiores apostas do canal A+E, Miss Scarlet And The Duke chega às telinhas como um baita drama criminal e, hoje, destrincharemos o por que deste programa televisivo ter se tornado um diamante que precisa ainda mais ser lapidado, afinal é uma grande surpresa.
Como se não bastasse o termo “Inglaterra Vitoriana” emplacar e mostrar o quanto as mulheres já vinham ganhando espaço com o empoderamento feminino.

Com apenas míseros seis episódios e criada por Rachael New, Miss Scarlet And The Duke tem como protagonista Kate Phillips (The Crown), que interpreta o papel de Eliza Scarlet, a primeira detetive britânica do século XIX.
O programa clama por atenção onde o girl power é explorado de forma bem-feita. Aliás, esta é a proposta. Isso porque estamos diante de uma Inglaterra na era Vitoriana, quando as mulheres ainda estão começando a dar os primeiros passos para serem “livres” ou terem algum direito.
Quando o pai dela morre, acaba deixando a filha sem um centavo, em uma época em que o casamento é sua única opção de segurança financeira para as mulheres. Mas a teimosa Eliza está determinada a encontrar outro jeito para levar a vida e é até funcional, de certo modo.

Foto: Warner / Divulgação

Ideias mirabolantes e vida conturbada

Por diversas vezes, suas ideias mirabolantes acabam por funcionar dando um certo alívio cômico ao programa. Isso porque, em um universo masculinizado, a voz de Scarlet não tem vez.
A ajuda vem de um antigo amigo de seu falecido pai, o detetive William Wellington, da Scotland Yard. Ele é bastante útil. Conhecido como The Duke, faz com que Eliza consiga realizar certas façanhas. Não por ele que é bebedor, jogador e mulherengo. Mas porque tudo que ela diz – e suspeita – acaba se concretizando, indo contra o que o Duke fala, fazendo com que ele ganhe a fama no lugar dela.
A série é encantadora e tem um primeiro ano muito interessante. O cenário, figurino, a proposta, os atores, as tiradas cômicas e, por fim, absolutamente tudo é fascinante em Miss Scarlet And The Duke.

Um futuro casal

Uma das coisas fascinantes em Miss Scarlet And The Duke é a certeza de que, no fim, os dois vão terminar juntos. É um casal interessante, mas que os diretores acertaram em não permitir que terminasse junto, ao menos no primeiro ano.
Ela é teimosa e cabeça dura. Ele não fica atrás. Enquanto Eliza quer se tornar uma versão feminina de Sherlock Holmes, William tenta abafar a mínima possibilidade dela se destacar, o que ofuscaria seu reconhecimento.

Foto: Warner / Divulgação

A cereja do bolo de Miss Scarlet and The Duke

Ainda assim, é o famoso ”se não posso vencê-lo, junte-se a ele”. É dessa tendência que o casal aproveita seu máximo, ainda que num cenário utópico não tenham ficado juntos, o que descasaria com a lógica do carinho e respeito que há mutuamente.
A produção usa como pano de fundo diversas subtramas envolventes e que, de certo modo, se interligam. Mesclando mistério e um quê de gore, Miss Scarlet And The Duke sugere uma crítica às investigações policiais e a corrupção no setor que não é de hoje. Isso inclui também diversas adições de injustamente acusar inocentes, cedendo à pressão da mídia.
Certamente alguém dirá que o programa televisivo não conquistou tanto assim de primeira, seja no roteiro ou nas atuações. Porém, se destaca pelo estilo.
Usando de um humor sarcástico, a série explora de forma grandiosa a visão pessimista de Scarlet para ver as coisas. Como se tudo aquilo proposto pela sociedade a entediasse e que ela fosse a pessoa mais inteligente do setor investigativo. Suas motivações para trabalhar nos casos, mesmo que não ganhe tanto reconhecimento, dão um charme a mais.
Enfim, em Miss Scarlet And The Duke, os produtores estavam mais focados em desenvolver a protagonista como uma personagem complexa, cheio de chamadas, e contar os motivos pelos quais ela é o que é e o por que de continuar assim.

TRAILER

https://www.youtube.com/watch?v=X0u0CDb9TlA

FICHA TÉCNICA

Título original: Miss Scarlet and the Duke
Temporada: 1
Episódios: 6
Criador(es): Rachael New
Elenco: Brec Bassinger, Yvette Monreal, Anjelika Washington, Cameron Gellman, Trae Romano, Jake Austin Walker, Meg DeLacy, Neil Jackson, Christopher James Baker, Amy Smart, Luke Wilson
Produção: DC Universe
Distribuição: Warner Bros. Television Distribution
Gênero: Drama
Ano: 2020
Classificação: 13 anos

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!

NAN