Monster boy

REVIEW | ‘Monster Boy and the Cursed Kingdom’

Alex Rodrigues

Logo de cara, quando vi o primeiro vídeo de Monster Boy and the Cursed Kingdom”, me apaixonei pelos gráficos. Achei incrível como eles conseguiram criar um “desenho animado jogável”. A história também tem um estilo nostálgico, já que o game é da série Wonder Boy, que começou lá no Master System.

Este novo jogo vem depois do belíssimo remake Wonder Boy: The Dragon’s Trap, que era tão fiel ao jogo antigo que você pode alternar entre o visual antigo e o remake durante o jogo. E o novo membro da franquia consegue trazer uma aventura a altura de seus antecessores. O título conta com a colaboração de Ryuichi Nishizawa, o próprio criador da franquia, que foi desenvolvido pela Game Atelier e distribuído pela FDG Entertainment.

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HISTÓRIA

Em Monster Boy and the Cursed Kingdom você é Jin, um jovem aventureiro que vê os habitantes do seu reinado serem transformados em monstros e animais. E o responsável por isso tudo é seu tio Nabu, que roubou uma varinha mágica e está criando esta tremenda bagunça. Cabe a você tentar pará-lo e reverter todos os problemas causados.

Com ajuda do irmão Zeke (que foi transformado em dragão), você vai em busca do seu tio para tentar impedi-lo, mas acaba que no meio do caminho ele te transforma num belo e rechonchudo porco. Após isso, você conversa com Feligna, o comandante da guarda real, que te dá uma dica: uma lenda diz que orbes mágicos espalhados por Monster World podem reverter toda a situação.

A saber, cada orbe que você encontrar te dará o poder de se transformar em uma criatura diferente. Com isso, o gameplay muda de acordo com a forma que escolher. São ao todo 5 formas: porco, serpente, sapo, leão e dragão. Cada transformação te permite explorar de forma diferente vários lugares no mapa na busca por tesouros, batalhas e resolver puzzles. O teor dos diálogos e acontecimentos têm sempre um apelo cômico, mas nada muito forçado. Ou seja, os diálogos são simples e diretos. Aliás, o jogo também está totalmente localizado em português.

GAMEPLAY

Nós testamos o game pela Steam, que foi lançado no final do mês de julho de 2019 (as versões para Play4, XOne e Switch chegaram antes, em dezembro de 2018) e já queremos adiantar de que não é um jogo simples de se jogar no teclado. É extremamente aconselhável o uso de um joystick.

Por falar nisso, os controles do Monster Boy são bem intuitivos e simples. Como um jogo clássico de plataforma, você tem os comandos básicos de pulo, golpe e ação, além das habilidades específicas de cada forma e algumas magias que você pode controlar. Ao trocar de forma, o jogo pausa e aparece um menu circular (parecido com a seleção de armas do GTA V) onde você pode escolher suas opções.

O jogo é de plataforma com algumas mecânicas de RPG. Existem mercadores, ferreiros para aprimoramento de equipamento e itens para melhorar suas habilidades. Você vai encontrar partes de itens em baús escondidos no cenário e melhoria de habilidades em outros pontos do mapa. Existe também esquemas de coleta de itens como side quest. Os menus são bem simples com descrições curtas e diretas. O mapa é grande e promete cerca de 15 horas de aventura.

Monster Boy tem desafios em todo o mapa. A dificuldade dos puzzles vai aumentando na medida que você avança pelo jogo. Os combates também têm um escalonamento interessante. O jogo traz esses desafios para pensar e testar suas skills, mas nada muito complicado ou impossível de se completar. Qualquer jogador vai se divertir e ter uma dose de dificuldade na medida certa.

CENÁRIOS E VISUAL

Como disse antes, o visual do game é incrível. A movimentação dos personagens, monstros e objetos se ajustam perfeitamente no cenário. Uma coisa ou outra pode ficar confusa, por exemplo os locais onde você pode subir ou não. As animações e caracterização dos personagens são ótimas e com bastante espaço para expressões cômicas. Ele segue o nível de qualidade de seus antecessores e não é surpresa os gráficos serem tão bons.

SOM E MÚSICA

Os efeitos sonoros seguem com a harmonia do jogo e são muito bons. A música, no entanto, ficou um pouco destoante do jogo. Algumas fases tinham músicas muito animadas para cenários um pouco mais escuros e com outra temática. Elas são ótimas e bem feitas, mas acho que faltou um pouco de harmonia com o resto do jogo. Os sons que acompanham suas ações têm também aquele tom de anime. As partes com um pouco mais de humor também têm efeitos condizentes (principalmente quando você está na forma de porco).

VEREDITO

“Monster Boy and the Cursed Kingdom” entrega um game além das expectativas com diversão garantida. Dá para explorar por horas e ainda rir um pouco. Além disso, o jogo traz achievements para quem curte explorar todos os pontos do mapa e buscar todos os itens e áreas secretas.

Com ajuda de Alessandro Jacaúna

Alex Rodrigues

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