MULTIVERSO | ‘Streaming Wars’, a batalha do entretenimento
Marcelo Negrão
Nos últimos meses temos acompanhado vários embates dentro da indústria do entretenimento, a exemplo da Disney vs Sony pela manutenção do acordo que permitia a utilização do Homem-Aranha no MCU (Marvel Cinematic Universe). Mesmo com toda ação de atores e fãs, tudo indica que o martelo foi batido e o acordo encerrado. Ainda não podemos dizer quem saiu vencedor, mas ao que parece ambos já descobriam como monetizar a própria disputa.
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Mudanças na forma de consumir cultura e produtos
Passado esse momento, tudo parecia ter voltado à tranquilidade: as empresas apresentando novos projetos, contratações, todos falando sobre o novo streaming da Disney (com previsão de chegar ao Brasil em 2020), bem como a mudança que este irá acarretar na relação cinema/streaming e como a Netflix iria enfrentar esse velho gigante do entretenimento. Contudo, como em um truque de mágica, você é levado a olhar para o outro ponto do palco. E, enquanto a surpresa acontece, surge, no meio desta loucura, o serviço de streaming Amazon Prime com um novo conceito de integração de plataformas, com um valor muito abaixo da concorrência, assim como oferecendo um serviço não só de vídeo, mas também de música, livros online e frete grátis para todo Brasil em compras de qualquer valor.
Definitivamente, essas empresas estão promovendo uma grande mudança na forma de consumir cultura e produtos. Todavia, tudo isso não chega ser uma novidade. Afinal, já vimos esse filme antes.
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Enquanto estamos no meio desta batalha, podemos ver outros momentos de empresas que sacudiram a realidade e foram imortalizadas no cinema.
Quando o mundo ainda era OFFLINE, presenciou-se o surgimento de umas marcas mais conhecidas desse planeta. O filme “Fome de Poder”, de 2017, do diretor John Lee Hancock, mostra como uma pequena lanchonete se transformou na rede de fast-food mais popular, o “McDonalds”. A saber, a história se passa nos anos 50, contada através dos olhos de Ray Kroc (Michael Keaton), um vendedor de maquinário para lanchonete, e como ele mudou a vida dos irmãos McDonald. Você pode chegar ao final desse longa-metragem e ficar na dúvida se ele é um visionário ou um oportunista que passou a perna em todos.
Falando em “rasteira empresarial” o filme vencedor de 3 Oscars, “A Rede Social”, de 2010, do diretor David Fincher, mostra a gênese do Facebook nos corredores da Universidade Harvard pelas mãos de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) e como ele agarrou uma oportunidade passando por cima de algumas pessoas inclusive de seu amigo brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield).
Enquanto toda essa batalha comercial vai se desenrolando, nos resta aproveitar dois ótimos filmes de empreendedorismo ou de como perder amigos.