O Exterminador do Futuro Destino Sombrio Sarah Connor

MULTIVERSO | ‘O Exterminador do Futuro’: I’ll Be Back, uma última vez

Marcelo Negrão

“I’ll be Back” ou “Eu Voltarei” é uma das frases mais clássicas do cinema. E, de fato, essa citação representa bem os filmes da franquia O Exterminador do Futuro, que teve início em 1984, e que, com o novo capítulo Destino Sombrio, completa uma sequencia de seis longas, um seriado na TV, algumas HQs e games.

O retorno de Sarah Connor

Contudo, esse retorno nem sempre foi satisfatório. Principalmente quando a saga tentou criar um reboot com O Exterminador do Futuro: Gênesis, em 2015. Nem toda a evidência de Game of Thrones foi suficiente para que Emilia Clark tivesse êxito vivendo o papel de Sarah Connor no cinema. Lena Headey, outra atriz do extinto seriado da HBO, também viveu anteriormente a personagem em uma serie do canal Fox, O Exterminador do Futuro: As Crônicas de Sarah Connor, de 2008 a 2009. Apesar do esforço, nenhuma delas era Linda Hamilton.

Sarah Connor é o tipo de personagem clássico dos anos 80 e 90, que, devido ao grande sucesso, acaba se amarrando à pessoa que o interpretou. Por exemplo, podemos citar Sigourney Weaver como a Ellen Ripley em Alien, O Oitavo Passageiro; Sylvester Stallone como Rocky; e até Arnold Schwarzenegger como o Exterminador T-800. Certamente, esse novo filme da franquia prova que Linda Hamilton é Sarah Connor e a personagem é a alma da história.

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Destino Sombrio, do diretor Tim Miller, entra para a lista das sagas que têm sua conclusão em 2019, bem como propõem um novo começo (como citado na coluna da semana passada sobre Star Wars). A saber, o filme retoma a história a partir do final de O Exterminador do Futuro 2: Julgamento Final, ignorando todos os outros que não tiveram a participação de James Cameron, diretor dos dois primeiros e que retorna agora como produtor.

Velhos e novos personagens

Se você chegou até aqui e está achando estranho não ter falado nada da ação, dos robôs e das viagens no tempo, é porque você sabe que encontrará todos esses elementos no filme. Principalmente sabendo que o diretor é o mesmo de Deadpool. O que talvez não saiba é que os trailers deram apenas uma indicação de que essa trilogia é sobre a Sarah Connor, que passou de uma ingênua garçonete à mãe do líder da resistência, mas, no final, deixou claro que não haverá futuro sem sua presença na trama.

O longa ainda apresenta novos personagens que, mesmo sendo trabalhados superficialmente, têm grande potencial para dar um novo rumo à franquia. E, desta vez, totalmente ligados aos clássicos. Ao final da projeção, você sai satisfeito com a conclusão da saga. Além disso, a nostalgia de rever seus personagens é substituída por uma esperança de continuação com as novas personagens que deixaram um recado claro: “Venha comigo se quiser viver”.

O Exterminador do Futuro - Destino Sombrio (MULTIVERSO)

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Mesmo com tantas produções cinematográficas com a marca Terminator, as dicas serão realmente um complemento para a experiência do que foi acompanhar a franquia fora da tela.

O álbum “Use Your Illusion II”, de 1991, do Guns n’ Roses, teve seu lançamento entrelaçado com O Exterminador do Futuro 2: Julgamento Final. Assim, a música “You Could Be Mine” acabou ficando para sempre na franquia. Quem viveu os anos 90 sabe a importância da banda no cenário musical. A estreia do clipe, que tem a participação de Arnold Schwarzenegger, já foi um grande evento. Afinal, boa parte do Brasil parou para assistir ao lançamento do clipe domingo a noite no Fantástico. Sim, era onde víamos as estreias musicais. Isso porque não existia Youtube, assim como a MTV Brasil tinha apenas um ano de funcionamento e nem todos que tinham acesso.

Além disso, uma ótima minissérie em HQ de Frank Miller e Walter Simonson, “Robocop Versus The Terminator”, de 1992, lançada pela editoria Dark Horse, conta como a Skynet envia três exterminadores para proteger o Robocop de um humano. Esse homem teria voltado para destruí-lo após descobrir que ele seria o início da revolução das máquinas que atacariam a humanidade no futuro. À primeira vista, pode parecer loucura, mas o argumento de Frank Miller garante uma história amarradinha e bem completa. Confira abaixo as capas das edições lançadas à época:

Marcelo Negrão

Historiador, capixaba, nerd apaixonado por filmes, séries, quadrinhos, cerveja e vinho. Acredita no poder da humanidade, mas sempre de olho nas máquinas.
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