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Nanny A Babá 2022 crítica do filme do Amazon Prime Video

‘Nanny’ é uma ótima opção para quem gosta de suspense

Bruno Oliveira

O filme Nanny (ou A Babá, como ficou traduzido na Amazon Prime Video), acaba de chegar no serviço e já é uma ótima opção para quem gosta de uma história mais densa de suspense. A obra estava na minha lista o ano todo, desde que se tornou o vencedor máximo do Festival de Sundance de 2022, em janeiro.

O Grande Prêmio do Júri dos EUA na categoria Drama é o suficiente para colocá-lo em evidência por aí, por mais que não tenha sido tão comentado durante o resto do ano. Sendo o Sundance um festival que visa colocar o holofote em cima dos longas independentes, Nanny acabou sendo um dos grandes destaque dessa edição.

Sinopse

Aisha, vivida por Anna Diop (da série “Titãs”), é uma imigrante que veio do Senegal para tentar uma vida melhor na “Terra da Liberdade”: Estados Unidos da América. Ela é contratada para ser a babá da filha de um casal abastado que vive em Nova York.

Sempre com saudades do filho que deixou para trás, a mulher trabalha com afinco para conseguir trazê-lo para morar com ela, mas a vida com a nova família começa a afetar o seu psicológico. Ao mesmo tempo que a data da chegada do seu filho se aproxima, mais Aisha começa a ter pesadelos recorrentes.

O drama de uma mãe

Embora Nanny tenha um andamento de um suspense/terror psicológico, não é apenas sobre isso. O filme é basicamente um drama de uma mãe que simplesmente sente a falta de seu filho. A decisão de partir sozinha, justamente para ter condições melhores para sua cria, afeta demais a personagem. Vemos tudo isso através de sonhos, ilusões e até mesmo por algumas manifestações de Anansi, o Homem-Aranha da cultura africana. Por favor, isso nada tem a ver com o herói da Marvel que possui a mesma alcunha.

Nanny possui uma atmosfera que fica o tempo todo nos dando aquela impressão de que algo ruim vai acontecer. Vale destacar que isso é um detalhe pequeno, mas fantástico para a trama como um todo. Esse mérito fica nas mãos da diretora Nikyatu Jusu, que faz aqui sua estreia em um longa-metragem. Embora seja inexperiente, ela consegue êxito em narrar uma história em que não percebemos toda a angústia de que algo ruim está para acontecer. Todos já tivemos esse sentimento, que, aqui, foi passado de uma bela forma na história.

As pessoas mais ansiosas podem achar que a história não vai para lugar nenhum e que nada de concreto acontece. Essa é uma ilusão criada para o final, que acaba nos dando uma informação forte e cruel. O maior defeito que vejo nele é esse clímax. É o ponto chave de toda a história e não senti o impacto devido. Era para termos sentido aquele efeito de estar sem chão, o que nos faria acabar mal, pensativo e com aquele sentimento de que vimos algo realmente maravilhoso. E a película peca nesse momento, ainda que seja boa.

Conclusão

Nanny é um bom filme, mas o público precisa se conectar com ele. O ritmo da produção não é ágil, e precisa ser assim para criar uma atmosfera de um suspense psicológico. Engatando nele e esperando o seu final, acredito que será uma boa experiência. Não merece notas altas, pois ele não é incrível, mas garanto uma boa diversão caso a imersão seja eficiente. A obra está um pouco abaixo da minha expectativa, mas aí a culpa é só minha por esperar demais.