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Adeus a Nelson Sargento, o multiartista do samba

Cadu Costa

Morreu nesta quinta-feira (27) aos 96 anos, o sambista Nelson Sargento, presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como “Agoniza, Mas Não Morre”. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) informou que o óbito ocorreu às 10h45.
Diagnosticado com Covid-19 na última sexta-feira (21), Sargento foi internado no Inca no mesmo dia. Além da idade avançada, Nelson também sofreu com um câncer de próstata anos atrás. Em fevereiro deste ano, ele já tinha sido imunizado com as duas doses da vacina contra o coronavírus.
O grande sambista foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do INCA. Entretanto, sua situação clínica piorou. Nelson chegou a ser entubado, mas, infelizmente, não resistiu e faleceu nesta manhã.

O grande artista Nelson Sargento

Multiartista à frente de muitas eras, Nelson Sargento foi cantor, pesquisador, artista plástico, ator, escritor e compositor de grandes obras do samba. Ícones como “Agoniza, Mas Não Morre” e “Cântico à Natureza (Primavera)”. Aliás, esta última escrita ao lado de Alfredo Português, em 1955, que virou samba-enredo da Mangueira e é reconhecida até hoje, como um dos sambas mais bonitos de todos os tempos.
Nelson Sargento retratou a realidade das comunidades pretas brasileiras em suas letras. Suas maiores paixões eram a Mangueira e o seu amado Vasco da Gama. Em vida, foi um verdadeiro cronista da realidade preta do Rio de Janeiro e do Brasil. Sua falta será sentida, seu legado eterno. Salve Nelson Sargento! Salve o samba!
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Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN