O Diário de Noel crítica do filme da Netflix 2022

Foto: Netflix / Divulgação

‘O Diário de Noel’ repete clichês, mas com algumas boas surpresas

Wilson Spiler

E continua a saga de lançamentos natalinos da Netflix. Desta vez, chega ao catálogo de streaming o filme O Diário de Noel (The Noel Diary), romance baseado no livro de Richard Paul Evans, com Justin Hartley (“This is Us”) no papel principal.

Na saga, Hartley é o popular autor Jake Turner, que, ao voltar para casa no Natal após a morte da sua mãe a fim de resolver imbróglios jurídicos sobre a herança, descobre um diário que pode conter informações relacionadas à sua infância e, ao lado de Rachel (Barrett Doss), uma jovem que também busca por respostas, embarca em uma jornada para desafiar seus passados e descobrir um futuro totalmente imprevisto.

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Um filme natalino como outros

Embora conte com uma produção e atuações mais dignas (ainda que com alguns recursos extremamente bregas), O Diário de Noel não foge muito dos roteiros clássicos – e clichês – dos filmes natalinos produzidos todos os anos. Um jovem bem-sucedido e bonitão que prefere se isolar, sem se apegar a um grande amor, encontra repentinamente uma bela mulher que está noiva, mas que começa a ter dúvidas sobre o casamento. Assim, os destinos da dupla estão prestes a serem alterados.

Quantos filmes semelhantes já não vimos com essa reviravolta completamente previsível? É exatamente o que acontece com O Diário de Noel. A grande diferença aqui é que não estamos diante de uma obra completamente ‘embranquecida’, cujo alguns dos principais fatores para o enredo são personagens negros, ainda que coadjuvantes.

Além disso, o longa-metragem é quase uma Cinderela em live-action, já que Rachel era filha da empregada da mãe de Jake. Ou seja: o velho conto do cara rico que se encantou por uma menina de família pobre. Só que, nesse caso, a jovem conseguiu se tornar independente e ter uma condição financeira melhor.

Papai Noel?

Falando nisso, o diário, na verdade, são histórias narradas pela mãe de Rachel, que se chamava Noel, uma interessante associação entre o nome da personagem e, claro, do bom velhinho. A produção da Netflix também fazer algumas referências ao clássico “A Felicidade Não Se Compra” (1946) – este sim, um filmaço -, tendo inclusive um momento que o casal assiste à obra.

O Diário de Noel tem muitos defeitos, inclusive um erro de continuidade absurdo, no qual a protagonista em uma cena aparece com os cabelos encaracolados e, na seguinte, completamente liso, para voltar às madeixas originais logo depois. Uma falha grave, ainda mais diante de um diretor tão experiente como Charles Shyer, responsável por clássicos como “O Pai da Noiva” (1991), por exemplo.

Mas, mesmo diante de tantos clichês, O Diário de Noel tem suas particularidades positivas e consegue emocionar em parte, principalmente o espectador mais sensível e fã deste tipo de obra. Só de inverter as expectativas sobre uma possível aparição do Papai Noel já é um ponto a se destacar.

Onde assistir ao filme O Diário de Noel (2022)?

A saber, O Diário de Noel estreou nesta quinta-feira, 24 de novembro de 2022, no catálogo da Netflix.

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Trailer do filme O Diário de Noel, da Netflix

O Diário de Noel (2022): elenco do filme da Netflix

Justin Hartley

Barrett Doss

Essence Atkins

Ficha Técnica do filme O Diário de Noel, da Netflix

Título original do filme: The Noel Diary

Direção: Charles Shyer

Roteiro: Rebecca Connor, David Golden, Charles Shyer, baseado no romance de
Richard Paul Evans

Duração: 100 minutos

País: Estados Unidos

Gênero: comédia romântica

Ano: 2022

Classificação: 12 anos

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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