HOME| Filmes

O Dublê - Filme 2024 - Crítica do filme - Ultraverso

O Dublê nos presenteia com ótima obra de comédia, romance e ação

Bruno Oliveira

Os dublês são peças essenciais de uma produção de um filme, principalmente quando falamos sobre uma cena de ação. Sem eles, a vida dos atores corre sérios riscos de morte. Se pensarmos bem, nem chega a ser uma profissão tão valorizada assim. Enquanto todos as classes de uma produção cinematográfica possuem seus prêmios específicos, dublês sempre são deixados de lado neste quesito. O Dublê chegou para colocar um holofote nessa galera que come o pão que o diabo amassou e que não possui uma grande visibilidade. Com isso, uma ótima obra de comédia, romance e ação nos é dada de presente, mesmo que possua alguns pequenos problemas de roteiro e ritmo.

Sinopse do filme O Dublê

Colt Seavers (Ryan Gosling) é o melhor no que faz, e não existe dublê mais competente do que ele. Após um acidente em um set de filmagens, Colt some da vista de todos e abandona a carreira. Ao saber que o grande amor de sua vida, Jody Moreno (Emily Blunt), está dirigindo um novo filme, ele resolve voltar a trabalhar. Essa volta não será fácil, pois ele ainda terá que descobrir o paradeiro do grande astro do filme, Tom Ryder (Aaron Taylor Johnson) – que desapareceu, ao mesmo tempo em que precisa reconquistar Jody que seguiu sua vida.

Homenagem aos dublês

O Dublê é baseado na série dos anos 80, Duro Na Queda (1981 – 1986), estrelada por Lee Majors, e Heather Thomas. Na obra original, Colt Seavers é dublê e caçador de recompensas nas horas vagas, no longa ele é somente um dublê que se mete em uma confusão inesperada.

É preciso dizer que essa adaptação é uma verdadeira ode aos dublês. Nota-se do início ao fim várias homenagens a classe, além da metalinguagem para ilustrar a vida de uma pessoa desta profissão. Várias referências a obras como Miami Vice, Duna, Kill Bill, entre diversas outras são vistas durante o longa. Além disso, o exagero do produtor do filme para conseguir o que quer é exacerbado em tela e nos mostra minimamente como é a vida nos bastidores de uma produção de grande tamanho.

Melhor escolha para a direção

O diretor David Leitch (Deadpool 2, Atômica, De Volta ao Jogo) foi a melhor escolha, pois ele já foi dublê de verdade no início de carreira. Ele sabe exatamente o que está filmando e tem total noção quando o assunto é uma cena de ação perigosa que necessita de um dublê. Essa familiaridade com o tema faz com que ele crie cenas de ação absurdas que beiram o irreal. O exagerado junto com a grandiosidade nos traz cenas épicas e improváveis de serem concebidas na realidade. A graça é essa. A magia do cinema sendo feita na sua frente com a ajuda dessas pessoas incríveis que arriscam a vida para criarem momentos que faz o espectador vibrar na cadeira.

Nem tudo são flores

O longa é extremamente divertido, mas possui alguns problemas, principalmente no seu roteiro. Começa muito bem com o caso de amor entre Colt e Jody, mas cai o ritmo quando Colt precisa desvendar o sumiço de Tom. Fica claro que só o romance não se sustentaria por completo e essa história precisava estar ali. Apesar de ter momentos ótimos de comédia aqui e ali, perde um pouco do que estávamos amando. Recursos narrativos e metalinguísticos são geniais ao decorrer da projeção, e volta a ficar excelente no seu clímax. Enfatizo que o ato final é maravilhoso e completamente absurdo. Fato esse que deixa tudo melhor.

Conclusão

O Dublê é uma das melhores definições de filme pipoca que teremos por aí. Temos ação, comédia e um ótimo romance no ar que nos deixa completamente conectados com a tela. Ryan Gosling (Barbie) e Emily Blunt (Oppenheimer) possuem uma química imensa e os dois juntos são excepcionais. No final da projeção tive um desejo súbito de ver a grande porcaria que seria Metalstorm, o longa filmado dentro de O Dublê. Por fim, mais uma dúvida me persegue: é Mamoa ou Momoa?

Aliás, vai comprar algo na Amazon? Apoie o Ultraverso comprando pelo nosso link.