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CapO Exorcismo - 2024 - Leia a nossa crítica do filme de terror - Ultraverso

O Exorcismo é cruel para os fãs do gênero de Terror

Bruno Oliveira

Reclamo demais dos filmes de terror dizendo que faltam obras realmente boas, mas a verdade é que muitos exemplares bons têm chegado aos cinemas ultimamente. Esse ano está sendo um belo ano para o gênero, mas nada pode ser perfeito para um fã. O Exorcismo chega de forma cruel em nossos corações sendo um forte candidato a um dos piores do ano. Não estou exagerando, pois nem a presença de Russell Crowe (Gladiador) melhora essa sensação. Geralmente a ideia inicial é sempre boa, mas peca na execução. Aqui, nem a ideia é boa.

Sinopse do filme O Exorcismo

Anthony Miller (Russel Crowe) é um ator em decadência que fora viciado em álcool e drogas por muito tempo. Acreditando estar reabilitado, precisa de um grande papel no cinema para dar a volta por cima. Assim, consegue o papel de um padre no filme The Georgetown Project, um remake do filme O Exorcista (1973). Logo, coisas sinistras começam a acontecer no set de filmagens e com o nosso próprio protagonista. Temendo que seu pai esteja tendo recaídas, sua filha Lee Miller (Ryan Simpkins) começa a investigar se existe a presença de alguma força sobrenatural.

Premissa baseada em casos reais

A premissa desse filme surge devido aos relatos de pessoas que morreram nos bastidores de filmes de terror conhecidos como A Profecia (1976), Poltergeist: Fenômeno (1982) e o próprio O Exorcista (1973). Resolveram pegar essa ideia e colocar em um filme. Vamos lá, exagerei ali em cima dizendo que nem a ideia é boa, mas até que é interessante. O problema todo é que o longa é realmente ruim. Fica claro que um demônio está a espreita, mas não explica nada como ele foi parar em um lugar como esse. Não tem nada sagrado e ninguém conjurou. Parece que o demônio só curtiu uma ideia maneira de matar pessoas a esmo. Não que o senhor das trevas precise de um motivo, mas estamos falando de um filme em que as coisas precisam fazer sentido.

Terror que não dá medo, apenas sustos forçados

Em nenhum momento ele dá medo. Estava tão cético sobre ele que nem esse efeito teve sobre mim. Os sustos aparecem e te forçam a ter uma reação humana para com eles, mas só assim. Diga-se de passagem, sustos bem forçados. Uma aura de suspense é criada para que fiquemos mais envolvidos, mas nem isso funciona. Ele é ruim e quanto mais penso nele mais fico irritado com as possibilidades que poderiam ter se seguido e que não foram. O demônio se chama Moloque e eu só conseguia chamá-lo de Muleque, tamanho foi o meu desprezo por essa obra.

O que houve com Russell Crowe?

Todo mundo tem que pagar as contas e com isso atores renomados que já não ganham um bom papel acabam entrando nessas arapucas. Esse é o segundo filme que o ator faz sobre exorcismo em um espaço de um ano, o outro foi O Exorcista do Papa (2023) que mesmo não sendo tão bom, ainda é melhor que O Exorcismo. É possível perceber que Crowe se esforça e que possui uma presença grande. Há momentos que ele se impõe e conseguimos ver o grande ator ali, mas o filme não deixa e o leva para baixo. Uma pena, torço para que ele ganhe um papel melhor em breve.

Conclusão

O Exorcismo é ruim e eu realmente não recomendo. Só se você for um amante de Terror ou de Russell Crowe. Talvez para um date romântico com o seu crush, pois você verá o filme e só ficará namorando. Antes de terminar, quero deixar uma curiosidade do diretor Joshua John Miller – que por sinal é bem fraco mesmo sendo a sua primeira direção. Miller é filho do ator Jason Miller, que viveu o Padre Karras em O Exorcista (1973). É isso, uma pena. Sempre esperamos o melhor, mas dessa vez não deu.

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