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O Meme do Mal crítica do filme do Star Plus 2022

‘O Meme do Mal’ é ruim, mas poderia ser pior

Bruno Oliveira

As primeiras críticas do filme O Meme do Mal (Grimcutty) começaram a sair há algumas semanas e nenhuma delas era favorável. Não as li para não atrapalhar no meu discernimento e fiquei somente nas manchetes, que eram todas negativas. Já fui esperando algo muito ruim.

O título não dá pra se levar a sério, o monstro é um bicho tão feio e caricato que dá vontade de rir e, pelo trailer, já dá para se notar uma qualidade de filme Z. Foi com essa cabeça que comecei a vê-lo e, embora, realmente não seja bom, consegui aproveitá-lo da melhor forma possível. Assim, terminei me divertindo com a obra, mesmo que minimamente.

Sinopse

A notícia de que um link atrelado a um meme está causando terror e medo em uma área do subúrbio dos Estados faz com que os pais que moram na região tirem todos os aparelhos tecnológicos de seus respectivos filhos. Nesse cenário, somos apresentados a Asha (Sara Wolfkind), uma jovem adolescente que não consegue viver sem o celular e que é altamente controlada por seus pais. Sem esperar por isso, ela vira uma figura central da criatura Grimcutty, e agora precisa salvar a todos e a si mesmo desse terror.

Poderia ser pior

Eu não sei nem por onde começar, mas vou ser justo. Até aparecer o monstro, O Meme do Mal até que segue de uma forma bem honesta. Até mesmo quando a criatura aparece pela primeira vez, nos dá um certo medo, pois é um ser realmente bem estranho e medonho. A partir daí, as coisas começam a desandar.

O primeiro grande problema dele é a falta do suspense. As coisas são jogadas a esmo e nenhum momento de tensão é criado. O jump scare ajudaria muito aqui, mas esse artifício só é usado uma vez e nunca mais, perdendo, assim, várias possibilidades boas pelo caminho.

Terror sem morte

Tenho que lembrar que ainda estamos falando de um filme de terror e, pasmem, não há uma morte sequer. Minto: uma pessoa morre, mas não por causa da criatura (acidentes acontecem). Ou seja, é um terror, mas não é tão horripilante assim, né? No momento em que me dei conta dessa realidade, já não estava levando mais nada a sério. Grimcutty poderia entrar na galeria de vilões mais bizarros do cinema, mas ele escorrega e acaba na prateleira dos mais risíveis.

Mas não quero apenas falar mal de O Meme do Mal. Na maioria desses longas de terror adolescente, ficamos nos perguntamos onde estão os pais dessas crianças. Sempre estão viajando, trabalhando ou simplesmente não ligam para seus filhos. Um artifício normal no gênero, mas aqui esse clichê é subvertido. Os pais estão mais presentes do que nunca e esse detalhe faz parte da trama, por mais que eu ache errado mostrar filho esfaqueando os próprios pais.

Conclusão

Posso dizer tranquilo que O Meme do Mal é uma obra bem esquecível. É um filme lado B do lado B. Uma pequena produção que tinha potencial, mas parou na qualidade. Na mão de um bom diretor, teria conseguido muito mais com menos. Indico esse petardo de projeto malfeito apenas para os fãs de algo bem trash e para os que gostam de reunir os amigos para se divertir com um filme juntos. Em grupo, ele se tornará muito mais divertido.