O Teatro Mágico Luzente crítica do álbum 2022

Foto: Divulgação

O Teatro Mágico e a doce luz de ‘Luzente’

Cadu Costa

O Teatro Mágico (OTM) é um grupo musical brasileiro formado em 2003 na cidade de Osasco, São Paulo, criado pelo vocalista Fernando Anitelli. Chamou a atenção de cara por seus elementos circenses, teatrais, poéticos e musicais. Veio com aquela carinha de ‘cult’ mas com o tempo foi se transformando numa grande banda de música brasileira com muitas influências de indie rock e cancioneiro popular.

Enfim, o OTM se transformou naquela típica banda que faz um sucesso danado mas pouca gente realmente conhece. Talvez seja melhor assim porque se estiver conhecendo O Teatro Mágico neste sexto álbum (onde você estava?) chamado de Luzente, podem ter começado a ficar verdadeiros fãs da trupe.

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De Thirty Seconds to Mars a Legião Urbana

Quando as “Boas Vindas” são dadas e somos apresentados à “Almaflor”, é impossível não se apaixonar de cara. Com influência nítida de “Kings and Queens”, canção do Thirty Seconds to Mars, do astro Jared Leto, a música abre o disco de um modo tão sublime que a curiosidade para escutar o resto se esvai e somos convidados a embarcar na aventura sem medo. Em “Cinza” temos uma pegada mais rock brazuca, estilo Legião Urbana talvez, e com uma poesia pop: “A cidade que pulsa em mim também me expulsa”.

Mas a melhor música do disco ainda estava por vir com “Tantas São”. O groove dançante é tão legal, assim como o rap de Renan Inquérito tão verdadeiro. A canção tem uma pegada moderna e retrô tão significativas que é difícil encontrar outra palavra melhor que excelente. Além disso, possui um dos refrões mais incrivelmente verdadeiros sobre qualquer um de nós, ainda mais agravado depois de sairmos de uma quarentena pesada: “Às vezes gosto da solidão, às vezes não. Às vezes sou chuva de verão, às vezes sol.” Desafio qualquer um ouvir essa música e não sair cantarolando.

Modernidade

Isso é interessante no OTM. Depois de um hiato de cinco anos onde a banda tinha um som mais calcado na música popular brasileira, Fernando Anitelli e cia ressurgem modernos com sonoridade pop, soul, rock.

O disco segue com outros destaques incluindo “Laço”, música do pernambucano Igor de Carvalho e “Anti-herói“, da banda carioca Motel 11-11. E seu final com “Abrigo” traz uma sensação tão doce que poderia achar que o mundo é realmente bom.

É tão poético ouvir Luzente que chegamos a querer entender melhor o que faz esse ‘Teatro’ tão ‘Mágico’. E será interessante conferir isso já que estaremos acompanhando o lançamento do álbum no Rio de Janeiro nos próximos dias 13, 14 e 15 de maio no Circo Crescer e Viver. Não percam por nada!

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Ouça Luzente, novo álbum da banda O Teatro Mágico

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
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