‘O Violino do Meu Pai’ tenta nos pegar pela emoção. E consegue
Bruno Oliveira
O filme O Violino do Meu Pai (Babamin Kemani) é um novo drama turco que estreou há pouco tempo na Netflix. O longa-metragem atinge o espectador de um jeito tão emocional remete a outro filme conterrâneo que fez um enorme sucesso no início do nosso lockdown em 2020: Milagre na Cela 7. A história, em si, não tem nada a ver, mas a fórmula para pegar o seu coração e apertar é a mesma.
Caso você não se sinta minimamente emocionado com ele, vou pedir para que vá ao hospital conferir se ainda está vivo. Brincadeiras e exageros à parte, posso dizer que é uma boa produção para passar o tempo.
A trama
No início da história conhecemos a pequena Ölzem (Gülizar Nisa Uray), que vive com seu pai músico pelas ruas se apresentando e ganhando gorjetas através da música. Após a morte de seu pai e com a iminência de sua ida para um orfanato, ela conhece seu tio Mehmet (Engin Altan Düzyatan), que desconhecia a existência da sobrinha, e vê nele a única opção para uma vida decente para seu futuro. O problema é que ele guarda mágoas antigas de seu irmão e agora possui uma personalidade fria tornando a presença da criança em sua vida como uma grande fardo.
O violino é praticamente o elo que liga os principais personagens da história. Mehmet é um grande músico renomado que vê sua carreira decolar por ser um mestre no instrumento. A menina não chega a ser no nível do tio, mas também sabe tocar de uma forma incrível e encantadora.
Fiquei curioso para saber se é ela mesma que toca ou se é tudo “dublagem”. O violino consegue ligar os dois estranhos e ambos entenderão juntos que a ligação familiar é mais importante do que tudo, inclusive sua carreira.
Muito clichê, mas certeiro
Eu tive uma grande impressão de já ter visto o filme O Violino do Meu Pai em algum lugar anteriormente. A fórmula é batida ao máximo. Segue os ingredientes: uma criança sem os pais; um familiar adulto que está focado nos negócios e que não tem tempo para mais ninguém; a aproximação dos dois; a criança descobre que o adulto não a queria; o adulto que descobre que a criança é a nova fonte de sua alegria e se arrepende de tudo, buscando o amor incondicional da criança.
Batido demais, mas certeiro. Me peguei emocionado em diversos momentos e fui fisgado por essa emoção. O clichê quando bem usado é sempre muito bem-vindo e esse longa é um exemplo disso. É bem construído para chegarmos a esse ponto. E quando chega, só conseguimos pensar e torcer por um final feliz para todos.
Extremamente musical
Outro ponto que me deixou muito feliz foi por O Violino do Meu Pai ser um filme extremamente musical. Não falo do jeito Broadway de ser, do qual sou muito fã também, mas falo do tipo que a produção é permeada do início ao fim com as músicas.
Afinal, estamos falando de um longa do qual um dos assuntos principais é um violino. Então, a partir daí, teremos várias músicas clássicas conhecidas e outras desconhecidas que são tão boas quanto. Só vou dever para vocês os nomes delas porque realmente não sei.
Enfim, se tiver em busca de algo para se emocionar, O Violino do Meu Pai é o filme perfeito. Pode até não cativar como aconteceu comigo, mas certamente irá dar um calorzinho no coração e vai fazer o seu dia melhor.
Não é perfeito devido à sua grande fórmula clichê, mas dá para tirar um ótimo proveito dele. Acredito que se for ver em conjunto com a família, se tornará ainda mais agradável. Veja com sua filha ou filho do lado e talvez tenha uma experiência até melhor que a minha.
Onde assistir ao filme O Violino do Meu Pai?
A saber, o filme O Violino do Meu Pai está disponível para assinantes da Netflix. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.
Trailer do filme O Violino do Meu Pai, da Netflix
O Violino do Meu Pai (Netflix): elenco do filme
Engin Altan Düzyatan
Belçim Bilgin
Gülizar Nisa Uray
Ficha Técnica
Título original do filme: Babamin Kemani
Direção: Andaç Haznedaroglu
Roteiro: Andaç Haznedaroglu
Duração: 11 mintuos
País: Turquia
Gênero: drama
Classificação: 12 anos
Bruno Oliveira
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