‘Operação Obscura’ poderia ser terror, mas não é
Bruno Oliveira
Operação Obscura (Body Cam) é um filme que teve o seu lançamento em 2020 e que está chegando agora para os assinantes da Netflix. Antes de falar qualquer coisa sobre ele, devo mencionar a versão do título em português que acaba sendo uma diversão em segundo plano para mim. O seu nome original é ‘Body Cam’, pois se refere à câmera pessoal que todo policial usa em seu uniforme que os ajudam em investigações posteriores. Ele faz sentido de acordo com a trama, mas a nossa versão tacou um ‘Operação Obscura’, que, dessa vez, devo dizer, foi simplesmente jogado e acaba soando sem sentido com a proposta do longa.
A policial Renne Lomito (Mary J. Blige), retorna ao serviço após perder um filho e após ter perdido o controle contra um civil. Junto com o seu novo parceiro Danny Holledge (Natt Wolff), em sua primeira noite de ronda, se vê presa em um grande mistério. Ao analisar as câmeras de um policial sumido, ela se depara com um ser aparentemente sobrenatural que fará com que segredos escondidos na polícia sejam revelados.
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Deveria, mas não é
Operação Obscura tinha tudo para ser um filme de terror, mas não é. Acaba sendo uma grande investigação policial com um viés sobrenatural. Todos os elementos estão ali. Temos, inclusive, alguns momentos bem gore. Apesar disso tudo, não dá nem um pouco de medo. Não tem clima para isso. Por mais que sua fotografia seja toda escura e que tenha um certo suspense, em nenhum momento você sente aflição. Considero esse detalhe um ponto negativo, afinal, ao flertar com o gênero, a obra não nos entrega nada disso.
Acabo considerando que o filme se aproxima mais do gênero policial. Um crime sem explicação ocorre e, a partir daí, as coisas vão se revelando a ponto de descobrirmos uma grande conspiração envolvendo a polícia. Inclusive, o longa já nos coloca nessa contra a corporação desde o início quando vemos que a cidade está em conflito por agentes terem matado jovens inocentes. Um assunto atual e que acaba sendo de fácil uso aqui.
Embora tenha sido mal explicado, nosso ser sobrenatural acaba virando um tipo de justiceiro noturno. Algo muito semelhante com Candyman. O outro problema é que, apesar de explicarem a origem do que aconteceu, não explica como esse “fantasma” surgiu. Aparentemente, isso nem importa para a resolução de tudo. Tudo recai sobre nossa protagonista que começou com uma missão e acabou com outra completamente diferente.
Conclusão
Operação Obscura é um filme bem mediano. Fica indeciso sobre o gênero que quer seguir e não entrega muito nem de um e nem de outro. Apesar dessa indecisão, a produão nos apresenta uma boa história, com uma revelação nem tão impactante assim. A fotografia muito escura atrapalha a ponto de não entendermos bem o que está acontecendo em alguns momentos. Mas, no geral, vale uma visita descompromissada sobre a obra, mas sem esperar muito dela.
Onde assistir ao filme Operação Obscura?
A saber, o filme Operação Obscura já se encontra disponível para os assinantes da Netflix. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.
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Trailer do filme Operação Obscura, da Netflix
Operação Obscura (Netflix): elenco do filme
Mary J Blige
Natt Wolff
David Zayas
Anika Noni Rose
David Warshofsky
Ficha Técnica (Operação Obscura, Netflix)
Título original: Body Cam
Diretor: Malik Vitthal
Roteiro: Nicholas McCarthy e Richmond Riedel
Duração: 96 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: policial e terror
Classificação: 16 anos