Os Opostos Sempre Se Atraem filme

‘Os Opostos Sempre se Atraem’ expõe a onda fascista de forma mais cinematográfica

Matheus Soares

Para quem tem o mínimo de senso crítico, vem notando a onda fascista no mundo dos últimos anos. Europa quase toda, EUA e, claro, o genocida brasileiro são alguns dos exemplos. Por muitas vezes, é uma ascensão silenciosa e nada cinematográfica com perseguições e exércitos. Contudo, elas estão ai, aos poucos sendo controlados, mas ‘sempre’ estarão no ar. Com esse plano de fundo é que chegou recentemente na Netflix o filme Os Opostos Sempre se Atraem (Loin du Périph).

O longa narra a história de dois policiais que se encontram depois de dez anos. Eles são reunidos por causa de um assassinato um tanto quanto peculiar. Com isso, a dupla se desloca para uma cidade do interior da França, onde o prefeito tem inclinações fascistas e envolvimento com grupos de extrema direita. Ousmane Diakité (Omar Sy) e François Monge (Laurent Lafitte) são totalmente diferentes e vão ter que suportar um ao outro durante essa missão.

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Elenco interessante

Os atores que protagonizam o filme são até bem conhecidos pelo pessoal que acompanha a Netflix. Omar Sy vive Lupin, uma das séries mais assistidas do streaming. Laurent Lafittepode parecer, a principio, desconhecido, mas já estreou outro filme do catálogo da vermelhinha: A Origem do Mundo. Foi interessante ver esses dois interagindo tão bem juntos, mesmo que no início parecesse algo meio forçado e sem entrosamento. Entretanto, com o passar dos minutos, parecia algo proposital, afinal fazia dez anos que eles não se viam.

Vale a pena?

Os Opostos Sempre se Atraem é um filme ambíguo, que beira entre o marcante e esquecimento. Contudo, apresenta bons temas e discussões muitos pontuais. Principalmente quando mostra de forma clara as pessoas que ficam “neutras” sobre situações de opressão. Os famosos em cima do muro ou  “nem esquerda, nem direita, sou o Brasil”. A gente vê esse tipo de gente com mais frequência desde 2017.

Porém, não é só porque fez uma crítica pontual, que se torna um bom filme. A película francesa, tem outros adereços que o faz interessante. O humor preciso é um desses complementos. Os Opostos Sempre se Atraem não tem exageros, mantendo a seriedade de um filme policial. Mas com aquela visão de dois agentes em situações constrangedoras e engraçadas.

Conclusão

Enfim, o filme apresenta alguns plots que não fazem diferença na história, mas que até surpreendem. O diretor Louis Leterrier (O mesmo de Lupin), fez um ótimo trabalho na química dos dois protagonista e também nas cenas de perseguição de carro. O longa consegue entreter o espectador do início ao fim e faz refletir sobre situações, como racismo e xenofobia, perfeito para os tempos sombrios que passamos.

Onde assistir ao filme Os Opostos Sempre Se Atraem?

A saber, o filme Os Opostos Sempre Se Atraem estreou nesta sexta-feira (6) no catálogo da NetflixAliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando pelo nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.

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Trailer do filme Os Opostos Sempre Se Atraem, da Netflix

Os Opostos Sempre se Atraem (Netflix): elenco do filme

Laurent Lafitte
Omar Sy
Jo Prestia
Flavie Péan
Izïa Higelin

Ficha Técnica (Os Opostos Sempre se Atraem, Netflix)

Título original do filme: Loin du Périph
Direção: Louis Leterrier
Roteiro: Stéphane Kazandjian
Duração: 120 minutos
País: França
Gênero: Comédia e Ação
Classificação: 16

Matheus Soares

Math, para os chegados, historiador e escritor (pelo menos tenta). Quadrinhos, livros e filmes são sua paixão, mas passa longe de ser "cult" ou "cinéfilo". Todos saúdem a Matrix!
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