Paul McCartney: São Paulo presencia show fabuloso de uma lenda viva
Demétrius Carvalho
A primeira de três apresentações de Paul McCartney, aconteceu no Allianz Parque. Um dia extremamente quente e com possibilidades de chuva, mas os deuses parecem gostar de música, pois a temperatura melhorou e não houve uma gota sequer durante o show.
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Sir Paul adentra o palco munido de seu tradicional Hofner para empunhar os graves, mas não se resume a ele apenas. Passou por guitarra, piano, violão, ukulele, bandolim (se não esqueci algum).
Algumas das coisas que já sabemos e que se confirmaram: Show longo com pouco mais de 2h30 e ele não bebeu água.
Beatles
O repertório, embora siga uma linha bem conhecida dos últimos anos, parece entregar mais música dos Beatles hoje em dia e um pouco menos de seu repertório solo, embora ele contemple fãs de tal fase também.
Uma banda enxuta, mas coesa e extremamente entrosada conta com duas guitarras, bateria e teclado na maioria do tempo visto que quando Paul muda de instrumento, quase sempre força um de seus guitarristas a empunhar o baixo, mas logo em uma das primeiras músicas, um naipe de metal aparece tocando no meio da plateia que gera uma experiência única entre aqueles que estavam próximos. Cerca de duas músicas depois, eles estavam no palco com o eterno Beatle formando o octeto. Isso ao menos do ponto de vista de uma banda convencional porque há espaços no espetáculo para munidos de tecnologia, homenagear e até mesmo interagir de alguma forma com os outros garotos de Liverpool.
Um salve aos paulistas
Embora com 81 anos e disposição para entregar o show, é óbvio que isso parece pesar mais hoje em dia, mas ele se arriscou a falar algumas frases em português e posso dizer que vivi para ver ele falar “Boa noite, mano”, em clara alusão à São Paulo.
O show em si, começa com Can’t Buy Me Love dos Beatles para incendiar a galera mas demora um pouquinho para deslanchar por escolhas de músicas menos conhecidas se sua carreira solo mas aos poucos, temos
Love Me Do, Blackbird e Lady Madonna e o jogo começa a ficar fácil.
Releituras de Something ou clássicos como Hey Jude ou Let It be direcionando para as mais energéticas como Helter Skelter ou Live and let die já com os clássicos canhões de fogo e tolo de alguém que possa reclamar de uma voz já não mais potente como outrora ou sua barba grisalha por você.
Até breve…
Um show fabuloso de uma lenda viva que se despediu com um até breve.
Quem viveu, viu e se emocionou com um show onde não houve uma única microfonia. As luzes e telas dão um show extra e se eu fosse você, tentaria aparecer nos próximos.
P.s.: Chuva? Só quando acabou o show para que pudéssemos lavar a alma…
Setlist do show de Paul McCartney, em São Paulo
Can’t Buy Me Love (Beatles)
Junior’s Farm (Wings)
Letting Go (Wings)
She’s a Woman (Beatles)
Got to Get You Into My Life (Beatles)
Come On to Me
Let Me Roll It (Wings)
Getting Better (Beatles)
Let ‘Em In (Wings)
My Valentine
Nineteen Hundred and Eighty-Five (Wings)
Maybe I’m Amazed
I’ve Just Seen a Face (Beatles)
In Spite of All the Danger (Beatles)
Love Me Do (Beatles)
Dance Tonight
Blackbird (Beatles)
Here Today
New
Lady Madonna (Beatles)
Jet (Wings)
Being for the Benefit of Mr. Kite! (Beatles)
Something (Beatles)
Ob-La-Di, Ob-La-Da (Beatles)
Band on the Run (Wings)
Get Back (Beatles)
Let It Be (Beatles)
Live and Let Die (Wings)
Hey Jude (Beatles)
Bis
I’ve Got a Feeling (Beatles)
Birthday (Beatles)
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise) (Beatles)
Helter Skelter (Beatles)
Golden Slumbers (Beatles)
Carry That Weight (Beatles)
The End (Beatles)
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