Planeta dos Macacos: O Reinado inova e mantém a essência da franquia
Bruno Oliveira
Eu considero a última trilogia de O Planeta dos Macacos impecável: A Origem (2012), O Confronto (2014) e A Guerra (2017). Teve um início, um meio e um fim perfeito. A história do macaco Cesar foi contada brilhantemente e toda a origem do declínio da humanidade e a ascensão dos macacos foi desenhada de forma muito competente. Agora, temos o início de uma nova saga que se passa aproximadamente 300 anos após a morte de Cesar. Sem medo, digo que essa primeira obra, de uma possível nova trilogia, é sensacional. Até pode conter defeitos, mas se teve, passou despercebido por mim. É com orgulho que digo que Planeta dos Macacos: O Reinado já é um dos candidatos a melhor filme do ano. Pelo menos no quesito blockbuster.
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Sinopse do filme Planeta dos Macacos: O Reinado
Algumas gerações já se passaram após os eventos da última trilogia e agora conhecemos a era em que os macacos herdaram a Terra. Muitas tribos vivem separadas e muitas delas nunca nem ouviram falar de Cesar. Nesse novo cenário, um novo líder macaco, Proximus Cesar (Kevin Durand), se autoproclama o novo Cesar e escraviza grupos de macacos para procurar tecnologias humanas deixadas no passado. Enquanto isso, Noa (Owen Teague), um jovem macaco que viu seu clã ser dizimado e escravizado pelo novo déspota, embarca em uma viagem para salvar seus entes queridos ao mesmo tempo em que começa a aprender sobre o passado do mundo em que vive.
A era dos macacos
Essa nova história serve tanto como uma continuação da trilogia anterior como um prequel do filme original de 1968. Ele se encaixa perfeitinho e continua a explorar esse mundo. Os macacos estão mais evoluídos. Embora ainda usem gestos para se comunicar, eles já sabem falar normalmente e seu sistema civilizatório já é mais rico. Existem os que vivem com o que a natureza lhes fornece de forma simples e pacífica e também existem aqueles que querem conquistar, se assemelhando bastante com alguns propósitos que os humanos possuíam quando ainda governavam a Terra.
Os humanos ainda estão por aí
Os humanos não foram extintos, eles vivem soltos na natureza como qualquer outro tipo de animal selvagem. O vírus disseminado na trilogia anterior evoluiu os macacos e regrediu os humanos, e vemos o reflexo disso tudo aqui. As coisas mudam quando Noa conhece Mae (Freya Allan), uma humana claramente mais inteligente do que os outros e isso desperta a curiosidade de nosso ingênuo protagonista. O suficiente para considerá-la uma nova amiga. Mas será que os humanos são confiáveis nesse mundo? Em qualquer ficção eu sou completamente contra os humanos. O mundo é dos macacos agora e uma nova guerra pode ser prevista para o futuro.
Embate ideológico
Mesmo o mundo sendo dominado pelos símios, vemos uma ordem natural das coisas acontecendo. Deter o poder também é deter o conhecimento para subjugar os mais fracos. Distorcer símbolos e ideias para o seu bem é uma atitude completamente humana. Isso nos faz pensar em algo: os humanos são assim ou o ser pensante sempre chegará a essa conclusão predatória que sempre irá beirar o limite de uma nova extinção? Não existe mal ou bom, existe a posse do poder, e o que a índole de cada personagem dirá para nós sobre deter a chama do conhecimento e do poder.
Nível técnico altíssimo
A direção desse filme ficou na responsabilidade de Wes Ball, responsável pela franquia Maze Runner. É inegável que ele fez um belo trabalho aqui. Conseguiu realizar cenas incríveis dignas de um blockbuster de aventura como esse. A competência não fica só para ele. É preciso elogiar todo o departamento de efeitos visuais com um CGI incrível, a direção de arte que nos coloca 300 anos após um apocalipse com paisagens belíssimas e com um visual muito crível, e também a cinematografia dele que é absurdamente linda. Alguns takes são dignos de serem emoldurados. Além disso tudo, ainda temos um roteiro redondo do qual qualquer detalhe se torna importante em algum momento. Como disse lá em cima, se houve falhas, não notei e estou muito feliz com isso.
Conclusão
Planeta dos Macacos: O Reinado chegou sem precisar deixar a peteca cair. Ele inova em relação aos anteriores ao mesmo tempo que mantém toda a essência do que o primeiro Cesar deixou como legado. Para mim, alcançou a perfeição em 3 atos muito bem delineados. Cenas de ação incríveis e um clímax digno de deixar o amante da 7º arte emocionado. Um filme pipoca daqueles que vai te deixar colado na cadeira. Por falar nisso, faço um apelo para assistirem ele no cinema e na melhor sala possível. Vale muito. Que venham mais continuações, pois sinto que isso é só o início de uma história que ainda tem muito para onde crescer.
Onde assistir o filme Planeta dos Macacos: O Reinado
O filme Plano Planeta dos Macacos: O Reinado está em cartaz nos cinemas brasileiros.
Trailer do filme Planeta dos Macacos: O Reinado
Elenco do filme Planeta dos Macacos: O Reinado
Owen Teague
Freya Allan
Kevin Durand
William H. Macy
Dichen Lachman
Lydua Peckham
Peter Macon
Sara Wiseman
Karin Konoval
Eka Darville
Travis Jeffery
Ficha Técnica do filme Planeta dos Macacos: O Reinado
Título original: Kingdom Of The Planet Of The Apes
Direção: Wes Ball
Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Amanda Silver
Onde assistir: Cinemas
Data de estreia: 09 de maio de 2024
Duração: 145 minutos
País: Estados Unidos da América
Gênero: Aventura, Ficção-científica
Ano: 2024
Classificação: 14 anos