power rangers agora e sempre filme netflix

Foto: Geoffrey H. Short / Netflix / Divulgação

‘Power Rangers: Agora e Sempre’ tem como trunfo a nostalgia, mas somente isso não agrada

Bruno Oliveira

Meu coração chega a levar uma pontada ao perceber que o primeiro grupo de Power Rangers estreou em 1993. Eu já era vivo, lúcido e já sabia do que gostava. Apesar de nunca ter sido um fã ferrenho dos heróis, via todos os dias no programa matinal da época. Só não lembro se era o Programa da Xuxa ou TV Colosso. Sempre me pareceu amador e meio mambembe, mas divertia. Eles eram a versão americana do tokusatsus japoneses dos quais eu já gostava bastante. ‘Power Rangers: Agora e Sempre’ chega para comemorar os 30 anos do grupo original e para consolidar o legado desse grupo que marcou uma época.

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Quando uma vilã do passado ressurge, os Rangers originais se reúnem para detê-la. Em um combate de vida ou morte, um dos nossos heróis é morto em ação, deixando os membros remanescentes se sentindo culpados e tendo que contar o que houve para a filha do ranger caído. Um ano se passa e a ameaça está de volta. Agora, só resta a eles se reerguerem do trauma passado para trabalharem juntos novamente e manter a paz no planeta Terra.

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Foto: Geoffrey H. Short / Netflix / Divulgação

Só o fator nostalgia salva

Vou começar destilando aquela minha sinceridade ímpar que provavelmente não deixa as pessoas muito felizes: Power Rangers nunca foi realmente bom. Acompanhei seus primeiros anos sempre com isso em mente. Talvez tenha se tornado um guilty pleasure? Provavelmente, mas sempre tive essa noção. O baixo orçamento sempre foi perceptível, até mesmo para o meu eu criança. Histórias bobas, diálogos rasos e soluções simplistas ao extremo. Clássico de uma produção infantil que subestima o seu público.

Por um momento, achei que esse novo especial fosse mudar um pouco essa minha percepção da série, mas não foi o que ocorreu. Por ser um especial da Netflix, achei que um esmero maior fosse ser dado a ele e não foi. O longa conta com todos os percalços que citei no parágrafo anterior. Ele continua ruim e por mais que me doa dizer isso, ele é ruim demasiadamente. Se somando a isso, ainda temos aquelas atuações terríveis. Ninguém nesse elenco se salva. Ninguém.

Para não dizer que ele é todo horrível, ver alguns membros originais junto com alguns que vieram um pouco depois foi satisfatório. Ainda mais se eu falar da presença de Walter Jones, o ranger preto original, que era o meu personagem preferido. O longa te pega na nostalgia e esse detalhe é o grande ponto alto dele. Além disso, ainda temos uma homenagem a dois atores que morreram na vida real nesse período de 30 anos. Por mais que eu tenha a reclamar, essa homenagem me pegou de jeito e me fez ficar emocionado.

Conclusão

O grande trunfo do filme reside no fator nostalgia. Provavelmente, ele só vai agradar aquela pessoa que viveu essa época e nada mais. Acho que essa foi uma oportunidade perdida para ter feito algo com mais pompa e refinamento. Minha resenha se torna negativa, mas o carinho pela franquia continua. Por mais que tenham falado mal, prefiro indicar o filme lançado para o cinema em 2017. Me divertiu muito mais.

Nota: Por mais que eu tenha detestado esse especial, quando a música “Go Go Power Rangers” tocou, abri um sorriso de orelha a orelha sem nem perceber.

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Trailer – ‘Power Rangers: Agora e Sempre’

Ficha Técnica

Título original: Mighty Morphin Power Rangers – Once & Always
Diretor: Charlie Haskell
Roteiro: Becca Barnes, Alwyn Dale e Haim Saban
Elenco: Walter Jones, Steve Cardenas, Catherine Sutherland, Charlie Kersh, Karan Ashley, Johhny Yong Bosch e David Yost
Duração: 55 minutos
Onde assistir: Netflix
Data de estreia: 19 de abril de 2023
País: Estados Unidos
Gênero: Aventura, Família
Ano: 2023
Classificação: 10 anos

Bruno Oliveira

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