John Legend

Precisamos Falar Sobre John Legend…

Vinícius de Lacerda Mesquita

Normalmente, as pessoas descobrem seus talentos e habilidades bem cedo: umas são mais ligadas às exatas; outros às humanas. Alguns têm sensibilidade com a área da saúde, línguas, esporte ou mesmo música. Mas quando alguém demonstra qualidade e capacidade em diferentes inteligências, a gente costuma dizer que se trata de um fora de série, um gênio por assim dizer. Eis o caso do incrível John Legend.

Nascido em Springfield (Ohio) no final dos anos 1970, começou sua carreira como especialista em literatura afro-americana, o que, desde o início, já apontava sua intuição para o mercado audiovisual. Após um contato com a cantora Lauryn Hill, percebeu que seu conhecimento sobre música também poderia se tornar um caminho possível. Exímio pianista, em 1999 inicia sua carreira como cantor e compositor independente, mas logo chamaria à atenção da crítica especializada.

O início do estrelato

Após alguns ótimos trabalhos no teatro com ator, logo percebeu que o cinema seria uma excelente oportunidade de construir uma carreira de sucesso. Um dos primeiros trabalhos como compositor de trilhas sonoras surge no clássico Hitch – Conselheiro Amoroso, com a canção “Don’t You Worry ‘bout a Thing”. Após uma série de excelentes lançamentos, foi convidado a compor o programa Idols, permanecendo algumas temporadas como técnico e compositor. Trabalhou como ator em algumas produções, mas logo perceberia seu destino em trilhas sonoras.

O auge do sucesso

Após alguns ótimos trabalhos em filmes como “O Som do Coração”, nos programas The X-Factor e The Voice, e até no game GTA IV, o primeiro grande trabalho logo surgiria em seguida: a trilha sonora de Django Livre. Logo em seguida, o reconhecimento finalmente chegou com o aclamado Jesus Cristo Superstar: John Legend trabalhou como produtor e escreveu todas a músicas. Depois disso, não parou mais: participou também da produção musical dos remakes de A Bela e A Fera e Space Jam 2, dos premiados La La Land e Selma, em séries como Bones, This Is Us, Glee e Grey’s Anatomy e até na trilha oficial das Olimpíadas de Tóquio 2020.

Obviamente, toda essa carreira acontecia paralelamente à sua como cantor e compositor solo, a qual também rendeu inúmeros ótimos trabalhos, destacando-se álbuns e DVDs ao vivo ao lado de nomes como Tony Bennett, Alicia Keys, Kanye West e Jammie Foxx. Mais recentemente, trabalhou juntamente com o DJ Alok e fez parte da equipe da animação de A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas.

E claro, muitos prêmios

A crescente na carreira foi lhe rendendo uma porção de indicações para os principais prêmios da indústria fonográfica e cinematográfica, conquistando os maiores prêmios como Emmy, Grammy, Globo de Ouro e chegando ao auge no Oscar. Tudo isso conferiu a John Legend o título simbólico de EGOT: tornou-se o primeiro artista negro a ganhar tudo o que poderia, tudo isso com apenas 39 anos. Foram, ao todo, 33 prêmios e 88 indicações ao longo da carreira.

Não é à toa que Legend faz parte de seu nome. Seria quase impossível escrever sobre cada trabalho em que John colocou suas mãos, voz e coração. Um artista que, ao invés de nascer para a música e para o cinema, foi adotado pelas artes como um de seus porta-vozes. Literalmente, uma lenda na história recente da 7ª arte.

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Vinícius de Lacerda Mesquita

Vinícius de Lacerda é formado em Letras e professor de língua portuguesa. Atualmente, é pós-graduando em Psicologia Junguiana, poeta, compositor, redator e entusiasta da Cultura Pop.
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