Primeiro personagem sem gênero da TV aparece na série ‘Billions’

Giselle Costa Rosa

A segunda temporada de Billions apresentou o primeiro personagem não-binário da TV. Uma pessoa não-binária é alguém que não se identifica nem como mulher ou como homem, não se encaixando exclusivamente em nenhuma das duas ‘classificações’.

A trama, que é focada na rivalidade entre Bobby Axelrod (Damien Lewis) e Charles Rhoades (Paul Giamatti), apresentou no domingo (19/02) a personagem Taylor, uma estagiária muito inteligente e com futuro promissor na Axe Capital, vivida pela atriz Asia Kate Dillon, que não se identifica com o gênero masculino ou feminino.

Brian Koppelman e David Levien, criadores da série, disseram que estavam pensando em incluir um personagem na segunda temporada que pudesse bater de frente com Axelrod. Logo em seu primeiro encontro com Axelrod, Taylor exige em ser chamada por “eles”, sem que um gênero seja definido.

“Ter esse mundo dos negócios dominados por homens e apresentar um personagem sem gênero tão brilhante e ambicioso quanto os protagonistas era muito interessante para nós. Gênero é um assunto que estamos discutindo muito atualmente e estudando sobre. Colocar isso na série parecia valer muito a pena”, disse Koppelman.

Na hora de escolher o ator ou atriz que interpretaria o personagem, Levien revelou que não era uma ordem que fosse escolhido alguém não-binário. “Você sempre quer escalar o melhor ator para o papel. Pessoas LGBT de todos os lugares vinham para as audições. Alguns estavam em vários estágios de transição e alguns foram perguntados se haveria uma grande mudança na sua aparência nos próximos meses. Mas quando Asia apareceu, eles se identificaram com o personagem e ficaram perfeitos para o papel. Foi só depois que nós descobrimos como eles viviam sua vida”.

A série conta com Damian Watcyn Lewis no elenco, que esteve no papel do Sargento Nicholas Brody na série Homeland, um desempenho que lhe valeu um Emmy e Globo de Ouro.

Billions é exibida no Brasil pela Netflix. Clique aqui para assistir.

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Giselle Costa Rosa

Integrante da comunidade queer e adepta da prática da tolerância e respeito a todos. Adoro ler livros e textos sobre psicologia. Aventuro-me, vez em quando, a codar. Mas meu trampo é ser analista de mídias. Filmes e séries fazem parte do meu cotidiano que fica mais bacana quando toco violão.

NAN