A Grande Voz terceira edição 2022

Batemos um papo com Tiago Boca e Emmie Reek - Foto: Divulgação

Quarta edição da Grande Voz terminou em grande estilo e coroou Tiago Boca como campeão 

Colaboração

O Ultraverso acompanhou a terceira edição da Grande Voz em 2021/2022, que trouxe a cantora carioca Lola Borges ao lugar mais alto do pódio. Na ocasião, Lola recebeu a mentoria do técnico Breno Lima, ex-participante da 1º edição do The Voice Brasil, além de receber inúmeras avaliações de jurados convidados. Mal sabia Lola que em 2023 ela integraria o reality musical da Globo e que também se tornaria uma ex-The Voice. Além disso, Lola estrelou dois musicais de sucesso: A Cor Púrpura e Princesas da Disney. Tais acontecimentos comprovam o peso que tem a passagem e o título da Grande Voz, reality musical online que a cada temporada ganha maior repercussão e credibilidade.

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Como dizem, o destino não dá ponto sem nó. No final de 2023, Lohan Lage, idealizador e organizador da Grande Voz, decidiu criar uma edição especial, somente com ex-participantes das três primeiras edições – exceto os campeões Kelvin Bruno, Poly Pimpão e Lola Borges. A edição foi chamada de All Stars e de fato reuniu estrelas incríveis. Contou com oito técnicos (Breno Lima, Emmie Reek, Priscila Borges, Lívia Itaborahy, Kelvin Bruno, Kevin Ndjana, Rodrigo Jabah e Joatan).

Formato

Em cada time, inicialmente, havia 4 vozes selecionadas nas audições. A Madame X, técnica misteriosa (que ao fim descobrimos que era a cantora Tai Chiaro) repescou oito pessoas e distribuiu essas vozes aos oito times, deixando-os, assim, com cinco vozes cada. De cada time, duas vozes se classificavam diretamente para a finalíssima. Porém, antes, precisavam passar por dois desafios: a 1ª etapa, que era TEMA LIVRE, e a 2ª etapa, em que os cantores tiveram de interpretar uma canção a CAPELA de no máximo 1 minuto e meio e uma canção lançada em uma DÉCADA específica (as décadas foram sorteadas previamente a cada time).

Técnicos, assistentes e jurados convidados avaliaram todas essas apresentações. Somadas as pontuações dessas duas etapas, os dois cantores de cada time que mais pontuaram avançaram diretamente para a final. Além dos 16, mais dois nomes se juntaram a eles: 1 pessoa repescada pela Madame X e 1 pessoa extra do time Kevin Ndjana. Kevin foi o técnico vencedor do DESAFIO DOS TÉCNICOS, competição à parte que envolveu apenas os oito técnicos. Por ter saído vitorioso, Kevin ganhou o direito de levar à final mais uma voz do seu time.

Kevin Ndjana

Abaixo, o vídeo de Kevin Ndjana que o consagrou vencedor no Desafio dos Técnicos.

Os 18 finalistas disputaram a final em duas partes: na primeira, tiveram de interpretar canções do Roupa Nova, devido à homenagem póstuma que foi feita ao cantor Paulinho, vocalista da banda. Na segunda parte, tiveram de gravar dois vídeos: uma canção internacional e uma canção inédita, autoral ou não. Na ocasião do tributo ao Paulinho, o músico Kiko, do Roupa Nova, fez um lindo depoimento aos finalistas. Segue o vídeo abaixo:

Somadas as duas partes, chegamos ao tão esperado resultado final, que ficou assim:

1º lugar: Tiago Boca, de Brasilia (time Emmie Reek)

2º lugar: Jeff, de Brasilia (time Priscila Borges)

3º lugar: Kabraw, de São Paulo (time Lívia Itaborahy)

4º lugar: Sabino, de São Paulo (time Kelvin Bruno)

5º lugar: Camillo, de São Paulo (time Joatan)

6º lugar: Nina Guimarães, de Minas Gerais (time Breno Lima)

7º lugar: Matt Gomes, do Paraná (time Rodrigo Jabah)

8º lugar: Alanis Ferreira, de São Paulo (time Emmie Reek)

9º lugar: Naiá Guri, de Brasília (time Emmie Reek)

10º lugar: Nayana Duarte, do Rio de Janeiro (time Kevin Ndjana)

11º lugar: Carolina Corrêa, de São Paulo (time Lívia Itaborahy)

12º lugar: Iago Cozzali, de Sergipe (time Kevin Ndjana)

13º lugar: Bárbara Sales, de Porto – Portugal (time Kevin Ndjana)

14º lugar: Trintim, do Rio de Janeiro (time Joatan)

15º lugar: Cida Garcia, do Rio de Janeiro (time Kelvin Bruno)

16º lugar: Louise Hug, de Porto – Portugal (time Rodrigo Jabah)

17º lugar: Cíntia Santos, do Paraná (time Priscila Borges)

18º lugar: Rayara Correia, de Brasília (time Breno Lima)

As vozes abaixo não chegaram à final, mas serão consideradas suas posições na fase de grupos para ranqueá-las:

19º lugar: Katlen Ester, do Rio de Janeiro (time Joatan)

20º lugar: Natalia Fay, de São Paulo (time Breno Lima)

21º lugar: Marlon Fonseca, de São Paulo (time Priscila Borges)

22º lugar: Thaylon Hugo, de Buenos Aires ARG (time Lívia Itaborahy)

23º lugar: Lena Menezes, do Rio de Janeiro (time Kelvin Bruno)

24º lugar: Vini Soar, do Maranhão (time Kevin Ndjana)

25º lugar: Bella Deoli, do Rio de Janeiro (time Breno Lima)

26º lugar: Malu Andrade, do Rio de Janeiro (time Emmie Reek)

27º lugar: Sahra Stamm, de Santa Catarina (time Joatan)

28º lugar: Diaz, de São Paulo (time Lívia Itaborahy)

29º lugar: Babi Almeida, de Goiás (time Kelvin Bruno)

30º lugar: Lucas Belgrado, de Santa Catarina (time Priscila Borges)

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Na final, considerando todos os RANKINGS, vejamos quem conquistou maior número de PRIMEIRAS COLOCAÇÕES nos rankings individuais:

TIAGO BOCA – 9 vezes

JEFF – 6 vezes

KABRAW – 6 vezes

SABINO – 6 vezes

NINA GUIMARÃES – 4 vezes

CAMILLO – 3 vezes

BÁRABRA SALES– 3 vezes

MATT GOMES – 2 vezes

NAIÁ GURI – 2 vezes

IAGO COZZALI – 2 vezes

CAROLINA CORRÊA – 1 vez

NAYANA DUARTE– 1 vez

ALANIS FERREIRA – 1 vez

TRINTIM – 1 vez

CIDA GARCIA – 1 vez

Nessa edição especial, todos ganharam uma nova chance de buscar o topo do pódio, inclusive os vice-campeões em suas respectivas temporadas, que tentaram a sorte mais uma vez: Naiá Guri, Kabraw e Tiago Boca. Desses, Boca conseguiu dar um passo a mais.

Centro-Oeste na “crista da onda”

Tiago Boca ocupou o segundo lugar na 3ª edição, atrás apenas da já citada Lola Borges, e assim como ela, Boca também pertencia ao time Breno. Natural de Brasília, Boca não imaginava que ainda teria a chance de manter a região Centro-Oeste na “crista da onda” da competição, afinal, o primeiro campeão, Kelvin, é de Brasília; Poly Pimpão, a segunda campeã, de Goiás. E na culminância do All Stars, Brasília não poderia ter ficado melhor representada: Tiago Boca campeão e Jeff, também da Capital Federal, vice-campeão. Com performances aclamadas do início ao fim, Boca teve seu auge ao interpretar “O Poderoso Sonho”, do Roupa Nova. Nesta etapa, Twigg e Pepê Santos, filhos de Paulinho, foram jurados e também participaram da live dos resultados. Ambos concederam pontos bônus e, vejam só, o contemplado deles foi… Tiago Boca!

E não só Tiago Boca desfrutou da alegria de ter conquistado o caneco da Grande Voz. Sua técnica, Emmie Reek, drag queen brasileira que hoje vive em Barcelona, também comemorou muito o fato de ter vencido a Grande Voz pela primeira vez. Emmie foi a técnica que, até então, mais vozes havia conduzido até a final da competição; contudo, nunca havia sentido o gostinho real da vitória. Dessa vez, em parceria com seu assistente Rodrigo Dutra – que, diga-se de passagem, fez um excelente trabalho – levaram não só Boca para a final, como também Naiá Guri e Alanis Ferreira.

Já a técnica Priscila Borges conquista a vice-liderança pela segunda vez (ela já havia ocupado esse posto com o Kabraw, na segunda temporada).

Segue, abaixo, alguns momentos de Tiago Boca na Grande Voz, compilados em um vídeo especial:

Mesa Redonda

Essa edição também contou com a MESA REDONDA, programa especial ao vivo cujo intuito dos participantes é debater sobre as performances e decisões de técnicos e jurados, além, claro, de dar dicas aos candidatos. Conduzidos por Lohan, os integrantes da Mesa Carlos Savalla, Gisele Afeche, Edir Gomes e Gui Lisboa geraram polêmicas e também momentos muito gratificantes, que mais pareciam aulas.

E as parcerias dessa edição não podiam ser melhores:

  • SAVALLA RECORDS, gravadora de um dos maiores produtores brasileiros, Carlos Savalla.
  • UNIACEV – Faculdade de Canto, capitaneada pelo professor Ariel Coelho.
  • MINDVOX – Aparelho vocal revolucionário.
  • K-NOBE ACADEMY – Curso de produção musical capitaneado por Paulo Fitazzo.
  • VEGBIER – Cervejaria artesanal de Nova Friburgo (RJ)
  • RIOT KARAOKE – Empresa de Rox Pinheiro, que foi parceira e designer gráfica desta edição.

A Grande Voz recebeu grandes nomes da música brasileira e internacional na bancada de jurados. Para citar alguns deles, os maestros teatrais Thiago Rodrigues e Paulo Nogueira, os cantores Michele Mara, Delia Fischer, Dorina, Bruno Galvão, Bruno Faglioni, Jane Gomes, Graça Cunha, Phoebe Jane e Kauê Pena; os músicos Beto Saroldi, Fernando Vidal e Zé Carlos Bigorna; os atores Henrique Moretzsohn, Tati Christine e Alan Rocha; e os produtores Paul Bond, Andrea Burgos e Mayrton Bahia.

Vamos agora conhecer um pouco mais sobre Tiago Boca e Emmie Reek, candidato e técnico campeões do All Stars?

Entrevista com Emmie Reek

Emmy Reek - A Grande Voz

Ultraverso: Emmie Reek, parabéns pela vitória como técnica! Demorou, mas chegou, não é mesmo? Conte para nós: o que houve de diferente nessa edição em relação às três edições anteriores? Houve alguma tática diferenciada, alguma postura adotada por você que pode ter feito a diferença nessa trajetória no All Stars?

Emmie: Obrigada! Bom, eu sempre me diverti bastante e sempre dei bastante de mim pros meus candidatos. Dessa vez não foi diferente, mas eu procurei também não me preocupar muito com a vitória. Foquei em planejar com meus candidatos caminhos para além da competição. E acabou dando certo. Mas acho que as estrelas estavam alinhadas para ser dessa forma. Às vezes não é pra ser e às vezes é.

Ultraverso: Você bateu na trave com o Marlon Fonseca, depois com o Lucas Degásperi e a Isadora Fernanda, depois com Mari Junges, Sahra Stamm e Chelle… muitos finalistas e o título nada de cair no seu colo. Com Tiago Boca, nessa edição, você chegou a pressentir que isso aconteceria? Ou o receio e a desesperança, baseado no que aconteceu nas outras edições, foram superiores e você seguiu o fluxo com descrença?

Emmie: Foram 9 finalistas em 4 edições. Muitas chances de ganhar. Sempre acabava sendo de outro time, porque às vezes a gente fica tão focado no nosso que esquece que a competição ao redor também está super forte. Dessa vez eu tinha quase certeza de que iria ganhar com o Boca. Não sei, eu senti. Quando ouvi a audição dele, eu disse pro Rodrigo Dutra: “vamos ganhar essa edição com o Boca”. Não era questão de eu querer. Era questão de SABER que iria ser assim. Segui meu trabalho como sempre fiz nas outras edições, claro. Não fiquei preocupada. Aliás, meu time todo estava muito forte.

Ultraverso: Além de Boca, você ainda tinha em seu time Naiá Guri, outra vice-campeã (da 1º edição); Alanis Ferreira, ex-finalista (da 3º edição), Malu Andrade e Elly Nascimento. Conte para nós um panorama do time que você formou juntamente ao seu assistente, Rodrigo Dutra. Houve estratégias na fase das audições para que chegassem a esses nomes? Houve algum nome que ficou de fora e que vocês queriam muito que estivesse aí também? Foi o seu melhor time nas 4 temporadas da Grande Voz? Quais foram suas expectativas para esse time?

Emmie: Minha estratégia era garantir o Boca. Mas eu também queria bastante o Kabraw e a Naiá. Não apenas por serem vice-campeões, mas por representarem estilos bem distintos também, assim traria uma diversidade maior ao time. A estratégia das audições foi lágrimas, desespero, uma pitada de descontrole emocional e muita oração. Terminamos com um time super forte – em minha opinião, o mais forte de todos os 8 times nas fases das audições. Meus cinco todos eram perfeitamente capazes de ganhar a competição toda.

Ultraverso: Você declarou, em um depoimento, que Tiago Boca é uma das maiores vozes que já passou pela Grande Voz. Na sua visão, o que o coloca, realmente, nesse patamar? Além, obviamente, da qualidade vocal dele.

Emmie: O Boca, além de extremamente afinado e de ter controle da técnica, tem um estilo vocal muito comercial, sabe colocar sua personalidade em tudo o que canta, traz uma assinatura muito própria, é extremamente carismático – o cara sabe gravar vídeos como pouquíssimas pessoas na história da Grande Voz, ele paquera a gente enquanto canta. E nem tô falando do fato de ele ser um homem super lindo por fora, mas do jeito que ele desnuda a própria alma enquanto interpreta canções de uma maneira lindíssima – e nos convida pra fazer o mesmo enquanto assistimos. Ele sabe o que funciona pra própria voz e até quando arrisca, tem os riscos calculados e sabe até onde pode ir. Se chama maturidade. Ele sabe quem é enquanto artista e por isso é um dos maiores que já tivemos. Eu ficaria muito chateada de ter que competir com ele.

Ultraverso: Agora olhando todo o panorama dessa final… sem citar alguém do seu time, qual voz você diria que poderia facilmente ter ocupado esse primeiro lugar no pódio também? E por quê? Ademais, acredita que possa ter havido alguma injustiça com algum candidato (a)?

Emmie: Eram muitos finalistas capazes de ganhar a competição. Por esse motivo, já acho injusto os que ficaram super abaixo na tabela. Parece surreal pensar em candidatos como Cida Garcia não estarem no Top 5, por exemplo. Mas é o nível do All Stars. Foi realmente uma edição cheia de estrelas. Eu acho que várias pessoas poderiam ter ganhado, quase todos na final. Sem citar meu time, cito em especial o Kabraw, a Bárbara Sales, o Jeff, a Nina (!!)… muita gente excelente. Faz parte, apenas uma pessoa sai campeã, mas todos saem ganhando.

Ultraverso: Emmie, você já teve 3 assistentes diferentes ao longo de sua trajetória na Grande Voz: Alan, Bárbara, Lugh e agora o Rodrigo Dutra. Pode-se dizer, até mesmo pela chancela do título, que Rodrigo foi o seu melhor braço direito? Como era a relação entre vocês e que você poderia destacar dele?

Emmie: Que sorte eu sempre dei com assistentes! O Rodrigo é excelente. Fez um trabalho impecável, me ajudou bastante com seu trabalho de pesquisa, e a gente se divertiu bastante sempre. Ele foi essencial em diversos momentos, indicou algumas músicas que foram chave pros nossos candidatos – o mérito da música do Roupa Nova pro Boca foi todo dele. Sempre muito solícito, muito inteligente e cheio de referências e amo que ele embarcou comigo nos momentos de surto, pois também é um desequilibrado como eu. Pra ser time Emmie tem que ter a dose certa de desequilíbrio e a gente deu muito certo trabalhando juntos.

Ultraverso: Agora conte um pouco mais sobre você! Sobre sua carreira artística, suas ambições. Pretende lançar algum trabalho, seguir cada vez mais firme e forte com essa persona maravilhosa que é a Emmie Reek?

Emmie: Emmie é meu trabalho integral, não consigo passar um dia de folga sem falar ou pensar em Emmie – graças a Deus! Sigo trabalhando bastante, fazendo shows, apresentando eventos e esse ano planejo lançar meu primeiro trabalho autoral como Emmie. Já lancei bastante coisa mas a drag ainda é virgem nas plataformas musicais. Esperem trabalhos autorais fresquinhos esse ano e em diferentes idiomas, é tudo o que tenho a dizer. Continuem acompanhando a gatinha pelas redes porque tem bastante coisa bacana chegando em 2024.

Ultraverso: Nesta edição, você e os demais técnicos encararam uma novidade pra lá de desafiadora, que foi o DESAFIO DOS TÉCNICOS. Tiveram de cantar canções sugeridas pelos próprios técnicos e ainda se submeterem a avaliações de jurados. Ou seja, vocês estiveram “do outro lado” por um determinado tempo. Qual foi a sensação de competir, dessa maneira, com seus colegas técnicos? Como foi a produção do seu vídeo? E quanto ao resultado final, o que tem a dizer?

Emmie: Eu amo cantar, amo performar e amo produzir vídeos. Cantando é onde você me vê mais à vontade, então eu não senti nenhum tipo de pressão ou peso de competir. Meu vídeo foi produzido como tantos outros que sempre fiz pra mostrar meu trabalho, eu amo fazer isso, é muito divertido! Claro que tem toda a seriedade de representar meu time e entregar o trabalho pra avaliação, mas eu já estava bastante feliz com o resultado independentemente de ganhar ou não. Estava um pouco doente quando gravei, mas faz parte – a gente nem sempre está 100% quando vai fazer show, e ainda assim temos que dar conta. Acho que o Kevin mereceu demais ganhar, ele fez um trabalho incrível, e tô feliz de ter ficado logo abaixo dele. Deu pra ajudar meu time com os pontos que ganhei!

Ultraverso: Para finalizar, Emmie, queremos agradecer pelo seu carinho e atenção. Deixe uma mensagem sobretudo àqueles que almejam seu lugar ao sol no meio musical. O que você recomenda? Com base em toda sua experiência como músico, como candidato em realities musicais, como técnica da Grande Voz… o que pode repassar a esse público?

Emmie: Gostaria de dizer primeiramente que toda arte é válida. Que bom que vivemos em um mundo plural, com gostos diversos, com tantos estilos fazendo sucesso – então partindo dessa premissa, podemos dizer que sim, há espaço para todos. A música não é uma competição. Concursos são importantes para que a gente olhe pra dentro e aprenda a dar o nosso melhor sempre, para que desenvolvamos nossa arte a partir de um olhar mais sério. Porém a arte é e deve continuar sendo livre. Busque sempre se aprimorar, tecnicamente e artisticamente. Sempre revisite sua proposta artística de tempos em tempos, a gente precisa estar sempre conectado com nosso público e o mundo muda a todo tempo.

Para viver da música e da arte, às vezes é preciso fazer algumas concessões porque vivemos num mundo capitalista. Sempre se pergunte o quanto você está disposta a ceder da sua proposta artística para ganhar grana. Se valer a pena, siga em frente! A música é também um trabalho como outro qualquer: às vezes não vamos estar 100% contentes ou fazendo exatamente aquilo que planejávamos, mas faz parte do crescimento profissional e saber comercializar seu trabalho artístico é o que nos faz crescer e alçar novos voos.

Ganhar dinheiro fazendo algo que as pessoas não consomem é quase impossível. Tenha visão. Aprenda também a dizer não. E aprenda a dizer sim. Aprenda o seu valor artístico, e falo financeiramente. Não deixe que te enganem. Siga fazendo o seu melhor e as pessoas vão chegar junto. Trabalhe duro, não existe resultado sem trabalho. E continue sonhando porque o mundo é feito de pessoas que sonharam um dia e trabalharam duro para realizar seus sonhos!

Entrevista com Tiago Boca

Tiago Boca - A Grande Voz

Ultraverso: Boca, primeiramente, parabéns pela conquista! Imaginamos que tenha sido uma longa jornada para você, considerando que sua trajetória na Grande Voz começa lá atrás, em 2021. Conte para nós, Boca, quais foram os maiores aprendizados que você julga ter adquirido nesse trajeto e como você pode diferenciar a mentoria de Breno Lima e Emmie Reek, técnicos que levaram você ao pódio, em momentos e posições diferentes.

Boca: Gratidão demais, Everton! 2021, né? Nem parece que já tem tanto tempo assim! De fato, uma longa jornada, rs! Com direito a muita ansiedade, alguns momentos de insegurança e emoção ao extremo, rs! De toda essa caminhada trilhada na Grande Voz, eu consigo identificar facilmente duas lições que transformaram a minha vida! Na minha primeira temporada, eu aprendi que, ao admirar o cantar do outro, eu não preciso e não tenho que questionar o meu cantar. Isso me tirou do lugar de comparação que, por muitas vezes, eu me colocava – que é horrível e não traz crescimento algum – e me ensinou a enaltecer o trabalho do outro sem que isso me afete negativamente. E vou te falar: isso é libertador! Eu sou muito autocrítico…perfeccionista.

Na maioria das vezes, me torno meu próprio inimigo e não consigo enxergar as minhas qualidades vocais numa situação em que não estou 100% bem vocalmente. Aí, acabo me apegando sempre aos defeitos, rs. Na edição All Stars, eu me vi sendo desafiado a acreditar em mim mesmo, no que eu faço, em como executo, ainda que eu não esteja no meu melhor momento/rendimento vocal…eu percebi que os meus anos de estudo e dedicação se tornaram base sólidas para a minha caminhada vocal e podem ser surpreendentemente suficientes nesses momentos de “fragilidade”. Pode soar egocêntrico (porém, não é!), mas percebi que eu sou bom, mesmo não estando no meu melhor momento (eu não acreditava nisso!).

Foi um prazer fazer parte desses dois times: Team Breno e Team Emmie! Técnicos totalmente merecedores de suas vitórias! Ambos contribuíram durante minha trajetória na GV. Deram dicas vocais, sugestões musicais e sempre me deixaram muito à vontade e seguro com minhas escolhas…eles acreditavam em mim! Isso foi muito importante! Valeu, Breno e Emmie! Beijo procês!

A diferença que eu consigo apontar entre eles, e acredito que seja pelo fato de ter sido em uma temporada em que todos os candidatos já eram conhecidos: a Emmie me cobrou mais quanto à estética visual dos vídeos (mudar cenário, enquadramento da câmera) e escolha de repertório. E aaah…sei que você não perguntou, rs, mas não posso deixar de falar dos assistentes: Marlon e Rodrigo. Foram muito parceiros e totalmente disponíveis, sempre perguntando sobre os processos de gravação, sugerindo músicas. Rodrigo foi o grande culpado de eu ter ido bem na primeira fase da final (ele que sugeriu a música do “menino sonhador”, rs). Marlon e Rodrigo, beijo procês também!

Ultraverso: Boca, você foi o último candidato a se inscrever na edição All Stars da Grande Voz. Curiosamente, isso já havia ocorrido a outro campeão e conterrâneo seu, o Kelvin Bruno, também último a se inscrever na primeira edição. Isso indicaria uma hesitação de sua parte? O que mais motivou você a retornar à Grande Voz e disputar o All Stars? Você se sentia plenamente preparado quando se inscreveu ou havia algo, física ou psicologicamente, que o impedia?

Boca: Hesitei demais! Não nego! Kkkkkkkk Aprender uma música, decorar a letra, pensar em cenário, luz, montar equipamento de gravação, cantar a mesma música milhares de vezes ao ponto de ficar rouco e não gostar de uma gravação sequer…tudo isso com a pressão do curto prazo de entrega do vídeo…é um DESAFIO! Confesso que fiquei me perguntando se queria mesmo viver novamente essa aventura, rs! Ainda mais pelo fato

de que, na época, eu estava escrevendo meu TCC, dando aula, com estágios na faculdade…era muita coisa acontecendo! Mas acabei cedendo, né? Hehe Quem mais me motivou a retornar à GV foi o Lohan, acredita?! Se não fosse por ele, eu não saberia o que é ser campeão, rs! Ele também comentou que as premiações eram legais. Fui ver quais eram, gostei e me senti mais motivado!

Ultraverso: Tiago, você viveu momentos icônicos nesta edição. Poderia citar qual é o seu vídeo preferido, dos que você gravou, claro, e o porquê dessa escolha? E, noutro extremo, qual foi o vídeo mais difícil de ser gravado e executado e o motivo dessa dificuldade.

Boca: Podem ser dois vídeos favoritos, rs? A experiência de gravar minha autoral foi incrível: compor a letra, criar melodia e harmonia, tocar o teclado (apesar de não ser o meu forte, rs), dirigir o vídeo e ainda gravá-la doente…eu curti muito o resultado. E claro, sem dúvida alguma, o vídeo da primeira fase da final (homenagem ao Roupa Nova). Me diverti muito gravando “O poderoso sonho”. Acho que fiz boas escolhas visuais e vocais nela. Arrisco dizer que foi ela que me fez campeão. E o curioso é que eu cheguei a trocá-la por outra música, mas na “última hora” voltei atrás. Ainda bem, né? Hehe Totalmente diferente disso, “Bring him home” foi a minha maior crise na GV.

Lembro de me sentir envergonhado com o vídeo que havia enviado. Eu adoeci no ano novo e isso afetou minha voz: eu fiquei rouco, sem flexibilidade vocal, sem meus agudos, rs. O prazo de entrega dos vídeos da segunda fase da final era um domingo. Eu comecei a tentar gravar “Bring him home” numa quarta-feira. Não deu bom, a voz não respondeu e ainda deu uma piorada. Na sexta eu já tinha marcado de gravar a minha autoral, então eu precisava de repouso vocal. Terminei a gravação da autoral às 5h da manhã do sábado e tinha que estar em um ensaio às 9h. Não dormi! Tentei gravar “Bring him home” na madrugada de sábado para domingo e nada da voz responder. Eu não conseguia chegar na metade da música sem que a voz falhasse. Não dormi (de novo) porque eu tinha que cantar no domingo pela manhã na igreja.

Daí eu só tinha domingo à tarde para tentar gravá-la. Era minha última chance, mas eu estava sem dormir, com a voz cansada, já tinha baixado a tonalidade da música (o que intensificou a crise, porque me senti limitado). Até cheguei a pensar em desistir da final porque a voz não estava respondendo. Mas no final da tarde, consegui gravar um take em que a voz não tinha falhado, porém, fiquei totalmente decepcionado com o resultado. Foi difícil superar a crise, rs.

Ultraverso: A Grande Voz recebeu nesse All Stars jurados de renome e que deram seus feedbacks muito generosamente aos candidatos, registrando tudo lá nos comentários do YouTube. Qual foi o jurado ou a jurada que mais te cativou em suas visões? E por quê? E qual foi o feedback que mais te impressionou positivamente? Se puder, cite-o, ou um trecho dele, por favor.

Boca: Pow, Everton! É difícil demais escolher só um jurado e um feedback, rs! Mas fiquei felizão com o comentário e avaliação da Twigg, Pepê Santos, Kiko Neto e Beto Saroldi no vídeo em homenagem ao Roupa Nova. Me senti abraçado! No vídeo da autoral, o André Sigaud fez questão de comentar outra vez porque o primeiro comentário dele não tinha aparecido. Achei isso massa demais! Sempre achei o Reynaldo Bessa muito sincero em suas avaliações, curti muito saber que ele gostou de “eu vou sangrar”!

A Priscila Borges (técnica) pediu para fazer uma releitura rocker da minha música! Isso foi incrível! Até falei para ela não brincar com os meus sentimentos, rs! E aaaaah…teve o “paporra garoto” da Rox Pinheiro que me deixou com um sorrisão na cara, rs! E contrariando as minhas duras impressões acerca de mim mesmo, os comentários da Andrea Romero, Paul Bond, Karma Delacy, Michele Mara e Iara Negrete em “Bring him home” trouxeram conforto ao meu coração e me ajudaram a olhar para mim de outra forma. Viu como é difícil escolher, rs!

Twigg

Tiago, o que dizer? Tem um timbre, carisma e interpretação que prendem. Afinação em dia, e a linda habilidade de passear nas vozes de peito e cabeça sem quebra. O vídeo é simples e inteligente, atual, prende nossa atenção. Adorei tudo, parabéns!

Pepê Santos

Esse vídeo é uma experiência. Parabéns pela criatividade. Fora o vídeo em si, você canta demais e, especialmente no início, gostei muito da sua interpretação. Parabéns pela apresentação!

Kiko Neto

Perfeito! Canta demais! Timbre lindo, mostrou tudo, na voz, no falsete em todas as notas passou emoção, interpretou a letra, artista completo. Parabéns.

Beto Saroldi

Woowwww, que isso, cara? Sensacional, Tiago!!! Você canta demais, cara! E estou ouvindo e vendo um artista incrível. Tem o controle total da voz e falsete! Interpretação 10, cara! Arranjo muito bom, muito groove! Gostei muito! Parabéns ao (Time Emmie Reek) e a você, Tiago!

André Sigaud

Tiago, parece que meu comentário anterior deu algum erro, então faço questão de voltar aqui para dizer de novo: apresentação IMPECÁVEL!! Timbre, afinação, colocação, dinâmica, tudo espetacular!! Indiscutivelmente, uma GRANDE voz!!! Parabéns!!!!!

Priscila Borges

Aliás, na moral… posso fazer uma leitura rocker?

Reynaldo Bessa

Conheço O Tiago Boca de outras edições e seria incoerente da minha parte, agora, apontar vulnerabilidades em seus recursos vocais, na interpretação, estilo etc. já que nessas edições gostei muito do que ele fez. Claro que cada canção é um novo desafio para o cantor, mas mesmo nessa o artista se sai muito bem. Quem estagna fica para trás. Arte é a busca constante dos desafios, das descobertas. Tiago tem um timbre lindíssimo, conhece a extensão da sua voz e a trabalha com muita desenvoltura. Lida muito bem com os tons mais agudos – e que agudos! – utilizando falsetes na medida certa. Interpreta com emoção, envolve. Além disso, o vídeo está muito bonito e a canção é boa. Sucesso!

Rox Pinheiro

Paporra garoto! Que musicão! Wow

Andrea Romero

This is absolutely mind blowing! What an absolute control of your voice you have. Your performance is so emotional, clean and crystal clear. Congratulations!

Paul Bond

What a beautiful voice you have!…So much feeling and emotion. Your pitch, control and vibrato are flawless. I feel sure that you could have a great career in musical theater. GREAT work… wishing you all the best of luck… Regards

Karma Delacy

A wonderfully executed song, showcasing your considerable vocal ability.

You are a very talented performer and would be well suited to a career in musical theater. You staged appropriately and performed beautifully, you’re a little young for the character, but that did not distract from what was a fantastic interpretation outside of original context. I really enjoyed your performance.

Michele Mara

Que maravilhoso te ouvir. Um autêntico cantor de musical, a voz dramática no ponto certo, vibrato gostoso, em cada dinâmica exigida pelo arranjo. Não consigo perceber se é um cantor que atua ou ator que canta de tão maravilhoso.

Iara Negrete

Me arrepiei toda logo de início. Amei tudo sobre você neste vídeo. Stunning é o que posso dizer! Good lucky Amazing singing and acting.

Ultraverso: É sabido o tanto que você se dedica, que você estuda cada canção antes de executá-la, Boca. E essa disciplina certamente foi uma mola importante a te lançar onde você chegou. Conte um pouco de sua rotina como cantor e como estudioso da música, Boca. Sua área de atuação profissional e as razões que levaram e levam você a seguir nesse caminho.

Boca: Eu sou professor de canto e cantor profissional. Sempre estive envolvido com a música. Desde pequeno, cantando nas cantatas infantis de natal da igreja. Cantar é o que sei fazer bem e sinto prazer em fazê-lo! Isso é fruto do desejo de uma mãe em ter um filho que cantasse na igreja. Como um eterno aluno de canto, professor e futuro fonoaudiólogo, eu tenho consciência sobre a importância do contínuo estudo e cuidado com a voz. Minha rotina de cuidados se resume em treinamento diário para condicionamento vocal (com acompanhamento fonoaudiológico), boa alimentação, hidratação e tempo adequado de sono. A prática fica por conta das aulas como professor de canto e apresentações na igreja, casamentos e eventos.

Ultraverso: A Mesa Redonda é um quadro da Grande Voz que, vez ou outra, divide muitas opiniões. Nessa edição All Stars tivemos a presença de Carlos Savalla, um dos grandes produtores musicais brasileiros, e que irá produzir com você um single seu, na gravadora dele. Gostaria de saber suas expectativas quanto a essa gravação e também como você reagia quando era citado pela Mesa, seja em tom de crítica positiva ou “puxando sua orelha”. Como você lida com esse tipo de crítica?

BOCA: Ter um single produzido pela Savalla Records é um privilégio! Estou empolgado! Quanto aos comentários da mesa redonda, eu sempre tentava “reter o que era bom”, apesar de achar que não fui muito citado pela mesa redonda durante a temporada All Stars, rs! Quando era citado, tinha a impressão de que eles me colocavam num lugar do tipo: “Ah, o Boca é muito bom! Próximo!” e acabavam exigindo de mim um nível alto de rendimento! Por vezes me peguei pensando: “cara, para exigirem assim, eu devo ser bom mesmo, né?” e acabava lembrando de um comentário do Savalla na primeira live da temporada: “O Boca tem a manha…se depender dele, ele fatura esse festival rindo…” Rindo…eu já não sei! Clamando e sangrando, talvez? rs.

Ultraverso: Uma curiosidade: Boca é seu nome artístico? Se sim, de onde surgiu? E por falar em “boca”, a sua já foi bem elogiada, sobretudo nas discussões da Mesa Redonda. Inclusive, citaram suas “caras e bocas” nas gravações. Você se considera um cara vaidoso, Boca? Como é pensada a sua construção imagética para os vídeos? E por que você acredita que, em determinado momento, a estética do seu vídeo e de sua postura no vídeo possa ter incomodado alguns espectadores?

Boca: “Boca” foi um apelido que ganhei na igreja, quando eu era adolescente. A galera não sabia meu nome e ficavam falando: “aquele menino da boca rasgada” (por conta do sorriso grande). Aí ficou “Boca”… e como gosto de ser chamado assim, adotei como nome artístico, rs. Não me considero muito vaidoso, mas tenho minhas preocupações e tento me cuidar, rs, até porque eu sei que a imagem é importante no meio artístico.

Quanto à elaboração dos meus vídeos, eu sempre idealizei um “ambiente emocional” me baseando nas possibilidades que a letra da música dispõe e em algumas técnicas de criação que influenciam desde a escolha do figurino até a cor da luz de fundo, o que acaba reverberando no físico também. Isso é incrível! Sobre incomodar alguns espectadores, não cheguei a identificar isso, até porque não me lembro de ter recebido comentários negativos relacionados ao aspecto visual dos meus vídeos.

Ultraverso: Além de faturar o título do All Stars, você também teve um vídeo eleito como a Melhor Interpretação da competição, no Prêmio Claiton Czizewski. “Bring Him Home”, do musical “Les Misérables”, foi sua escolha e você soube extrair dela toda visceralidade. Conte-nos um pouco a respeito dessa escolha e também de sua trajetória como ator de musicais. Essa experiência foi relevante em sua performance naquele momento? Você pretende ainda desbravar esse universo dos musicais, caso haja oportunidade?

Boca: “Bring him home” é a “música desafio” na minha caminhada de estudo vocal, porque para mim, ela tem um nível de execução muito difícil. Gosto de cantá-la (acho linda sua melodia) porque quando eu a executo bem, sinto que estou em dias com minha técnica vocal. É a melhor sensação, rs! Eu a escolhi por ser de um gênero musical que eu ainda não tinha executado durante a competição e também pela oportunidade de mostrar meu trabalho para uma das juradas internacionais que é produtora musical.

Estudei teatro musical por quatros anos aqui em Brasília e foi nesse cenário que minha carreira profissional se desenvolveu. Quase fui à SP tentar a vida como cantor de musical! A experiência com teatro musical influenciou diretamente minha performance em “Bring him home”, até porque eu estava totalmente inseguro com a minha condição vocal, então tive que fazer uso de outras habilidades para compensar. Cantar e atuar para mim é libertador! Estar no palco é bom demais! Se aparecer uma oportunidade assim, eu agarro fácil!

Ultraverso: “Um menino sonhador que mora em mim”, eis o verso do sucesso do Roupa Nova e Ed Motta que você tão bem interpretou na final da Grande Voz. Você se considera sonhador, Boca? Ou seria, digamos, um cara mais pé no chão? Tomando como verdade o verso dessa música, que sonhos você ainda almeja conquistar?

Boca: Dizem que quem não sonha, não sabe onde quer chegar! Sonhar faz parte da vida! É energia necessária para que a gente se mova! Porém, é preciso equilíbrio, né? Apesar de ser mais racional, mais pé no chão, eu estou em busca desse equilíbrio! Hoje, eu não vejo a hora de me formar em Fonoaudiologia e continuar os estudos na área de voz e música para me aperfeiçoar ainda mais como cantor/professor/artista e ser referência nessa área.

Ultraverso: Boca, pra finalizar, agradecemos pela sua atenção e carinho. Que mensagem você deixaria ao público em geral e também àqueles que vislumbram um lugar ao sol no mundo da música? Pegando como base suas experiências na Grande Voz, qual é a maior lição que você tira e pode transmitir a todos?

Boca: Eu que agradeço, Everton! Foi um prazer! Fiquei empolgadão aqui, rs. Acho que minha mensagem é bem simples, mas é de coração: Há tempo para todas as coisas! Isso é um princípio bíblico! Tempo de plantar e tempo de colher! Então, invista em você mesmo! Estude! Conhecimento é algo que nunca vão poder tirar de você! Não se compare! Entenda que admirar e enaltecer o trabalho do outro, não diminui o seu trabalho! Há espaço para todos! Então…acredite em si mesmo! Sempre!

A quinta temporada da Grande Voz ainda não tem previsão para ocorrer. E aí, cantores, ansiosos? Até a próxima!

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Colaboração

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NAN