Quinterra

Quinterra mistura card game, estratégia e batalha de turnos

Alex Rodrigues

Quinterra é um roguelike diferente. Esse tipo de jogo ficou famoso com games como Rogue Legacy e Hades, mas aqui o tipo de combate é outro. Ele é um card game, mas que mistura estratégia e ações por turno. Ele não tem história, apenas algumas informações da raça que você decide jogar. Não há grande complexidade na jogabilidade, mas isso não impede o título de ser interessante. O tutorial é bem raso e o jogador vai aprender tudo na marra. No entanto, bastam alguns minutos para se familiarizar com as mecânicas.

Quinterra misturou bem os diferentes estilos de jogo. Ou seja, não basta apenas focar nos pontos de invocação, lacaios ou estruturas. Sua posição em combate pode fazer toda a diferença.

Turnos

São três tipos de cartas: lacaios, elites e estruturas. Cada tipo tem seus pontos de vida, ataque, defesa e magia. Você também tem os pontos de comando, que servem para invocar lacaios e estruturas. Assim como a mana, que é utilizada para trazer para mesa os elites. O padrão é começar o turno com um ponto de comando e três manas.

Quinterra
Apesar do tutorial pobre, a jogabilidade não é difícil de aprender

Contudo, diferente de um card game padrão que você enfrenta uma a uma com as cartas do oponente, aqui o jogador tem que posicionar as invocações no grid do campo de batalha. Estratégias diferentes podem ser montadas dependendo de como posicionar os lacaios no mapa.

Tudo muda a cada nova run. Como a maioria dos roguelikes, Quinterra traz mapas gerados proceduralmente. Novos mapas trazem novas possibilidades, bem como novos meios de derrotar os inimigos. É possível, por exemplo, invocar elites que atacam a distância e invocar na frente dessas cartas, lacaios para formar uma espécie de escudo vivo.

O jogador também pode flanquear inimigos, subjugando-os antes que tenham chance. Tudo vai depender da criatividade e de um bom exército. 

Gráficos e artes

Um bom card game traz cartas bem trabalhadas com artes marcantes e com personalidade. Isso não acontece em Quinterra. As cartas são simples, com uma qualidade um pouco baixa e levemente genéricas. Já o cenário 3D é bem construído, e tem até alguma diversidade, mas também não é muito impressionante. No entanto, devemos levar em consideração que o game foi construído por um estúdio pequeno.

A trilha sonora tem um destaque positivo. Ambienta bem a jogatina e embala os combates.

Quinterra
O jogo é um card game dinâmico com elemtnos de roguelike.

Vale a pena jogar?

Enfim, existe um potencial em Quinterra. Ele traz novas mecânicas e isso é sempre bem-vindo. Pelo jogo ser apenas combate, sem história, pode se tornar meio repetitivo ficar fazendo novas runs para ganhar upgrades. O jogo está disponível na Steam, e se o estúdio cuidar bem dele, trazendo novidades e melhorias, ele pode sim ser um ponto fora da curva.

Notas:

Jogabilidade: 7
Diversão e imersão: 6
Gráficos: 7
Trilha Sonora e dublagem: 8

Prós

Nova mecânica
Diversas formas de estratégias

Contras

Cartas sem personalidade
Enjoativo depois de algumas horas

Alex Rodrigues

Vamos bater um papo sobre games e coisas do bem! Contato: sr.alexrodrigues@gmail.com / @alexsandrers / alexr_rodrigues
NAN

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