Recknoning Fest leva metal para o subúrbio carioca no Imperator
Marcelo Fernandes
Entre os dias 9 e 10 de dezembro aconteceu, no Imperator, localizado no bairro do Méier, o Reckoning Fest. Idealizado pela banda de metalcore Reckoning Hour, que dá nome ao festival, a proposta de reunir nove bandas alternativas no palco da tradicional casa de shows no subúrbio carioca atraiu um público apenas razoável, embora alguns nomes sejam bem conhecidos do nicho da cena do rock pesado brasileiro.
A tentativa de mexer com os eventos na cidade é válida, com a maior parte dos fãs do rock pesado preferindo ir a shows de cover de bandas famosas do que buscar novidades autorais, o que já é um ponto a favor da ousadia e coragem de realizar o festival.
O primeiro dia teve como foco apenas bandas com vocalistas femininas, e foi o de menor audiência, talvez por dividir atenções com a fatídica eliminação do Brasil na Copa do Mundo – embora a maior parte do público-alvo aqui não seja exatamente conhecido por acompanhar futebol.
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Primeira noite do Reckoning Fest
Voltando ao festival, na estreia com as já citadas vocalistas femininas bandas Hatefulmurder, Lyria, Innocence Lost e Unnature. As duas últimas abriram os trabalhos para uma platéia ainda pequena, realizando apresentações honestas com músicas que misturavam
O fim da primeira noite (ou entardecer, já que os shows começavam pontualmente às 18h e terminavam às 22h) foi com a Hatefulmurder, que realizou o melhor show. A mistura de thrash e death metal com os guturais da vocal Angélica Burns teve diversas rodinhas, e levantou um público que na maior parte do tempo assistia apático algumas das apresentações anteriores.
Segundo dia do Reckoning Fest
Já o último dia começou com uma ausência: a Impavid Colossus teve problemas pessoais e não pôde comparecer. Mas as outras quatro bandas do line-up, Circus, Axty, Odeon e a já citada Reckoning Hour, seguraram bem as pontas para um público ligeiramente maior que o dia anterior.
Criativamente, a Odeon se destacou, com uma música de abertura que chamava a atenção por lembrar muito o Miami Bass, estilo que deu origem ao funk carioca e teve como ícone Stevie B. O vocalista já chamava a atenção ao subir no palco convidando para o “Bailão do Odeon”.
Encerramento
O encerramento aconteceu com a banda que dá nome ao festival. A Reckoning Hour já é bem conhecida no circuito, e por ser a organizadora principal, tinha a maior expectativa. E as rodinhas começaram desde os primeiros acordes ao subirem no palco, Com um show redondo e muito peso, a atração principal entregou o prometido, satisfazendo os fãs presentes.
Com alguns clichês metaleiros, muito gutural e propostas interessantes em diversos momentos, o Reckoning Fest merecia um público maior por estes e outros diversos motivos. Mas, embora muitas das bandas que se apresentaram sejam oriundas do Rio de Janeiro, talvez em uma cidade com um público que se identifique mais com as propostas comparecesse em maior número.
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Fotos dos shows do Reckoning Fest 2022
Fotos: Tatiane Silvana / ULTRAVERSO