Resenha de livro | Star Wars – Marcas da Guerra, de Chuck Wendig

Vanesca Soares

Está chegando a hora! No mês que vem, um dos lançamentos cinematográficos mais aguardados dos últimos tempos vai ser exibido nos cinemas (Star Wars – Episódio VII – O Despertar da Força). E para comemorar este acontecimento, a editora Aleph em parceria com a Disney (que detém os direitos da epopeia Star Wars) lança no Brasil Star Wars – Marcas da Guerra, de Chuck Wendig.
Há tempos a editora vem lançando no país livros do Universo expandido de Star Wars. Acontece que este é um livro diferente. Desde que comprou os direitos de Star Wars, a Disney abraçou o que já foi escrito antes da negociação e colocou sob o selo Legends. Assim, na concepção da Disney, essas histórias (também lançadas pela editora Aleph no Brasil) podem ser ou não verdadeiras. Mas com o novo filme à caminho, a Disney quis também investir em novos livros, com novas histórias. Estas sim, fariam parte da “realidade” de Star Wars.
Star wars marcas da Guerra
Desta forma, Star Wars – Marcas da Guerra seria um livro especial. Aliás, livro não! Trilogia. Ele é o primeiro livro da trilogia Aftermath. E ele estaria intimamente ligado aos acontecimentos que veremos no cinema no Episódio VII, a partir de dezembro.
Star Wars – Marcas da Guerra se passa exatamente após o episódio VI (O Retorno de Jedi). É quase uma continuação. Após a derrota do Império na Batalha de Endor, onde o Imperador Palpatine e Darth Vader encontram seu fim e a segunda Estrela da morte é destruída, a aliança rebelde vence a guerra e a Nova República é a nova forma de poder. Falando assim parece que está tudo bem e que o poder foi passado para a República rapidamente, sem mais problemas. Só que não é assim. E é isso que o livro mostra.
Várias histórias são contadas em Star Wars – Marcas da Guerra. E todas elas giram em torno da fase confusa que os planetas vivem com a indefinição dos poderes. De um lado, os ex-rebeldes e atuais governantes da Nova República tentam conquistar a confiança de alguns desacreditados, começam a espalhar pelas galáxias a sua nova forma de governar e ao mesmo tempo ainda lutam em pequenas batalhas contra integrantes do Império. Estes, mesmo sem a liderança de Palpatine ou Vader, ainda tentam se manter no poder e lutam para que o Império não pereça. Enquanto isso, a população de diversos planetas fica confusa, sem saber se o Império realmente perdeu, se a Nova República será boa para eles, o que acontecerá com suas vidas e seus planetas após tudo isso. Muitos aplaudem e se enchem de esperança com a Nova República. Outros são mais céticos, ou preferem manter a confiança na antiga forma de poder vinda do Império.
Star Wars – Marcas da Guerra é como um livro cheio de contos intercruzados sobre diversos personagens vivendo neste período confuso. Confuso até para quem lutou ao lado dos rebeldes ou dos imperiais. Muitos personagens são citados, o que acredito que suas histórias serão retomadas nos outros livros da trilogia Aftermath. Mas a história principal do livro (a que tem começo, meio e fim) é a de Norra Wexley, ex-piloto da Aliança rebelde, que volta ao seu planeta natal para encontrar seu filho Temmin, que se criou sozinho por aí, já que os pais sumiram durante a guerra. Mas ao chegar em seu planeta, Norra encontra uma reunião de autoridades imperiais sendo realizada e ela e seus novos amigos (a caçadora de recompensas Jas e o ex-agente de lealdade imperial Sinjir) tentam acabar com a “festa”.
O autor Chuck Wendig

O autor Chuck Wendig

É um livro bastante interessante, com muita ação e aventura. Faz até a gente pensar nos períodos pós-guerra que já tivemos no mundo. Quando a imprensa anuncia o fim das guerras e para de falar no assunto, parece que tudo ficou bem. Mas só quem vive ou viveu aquela realidade sabe o que é.
Desta vez não vou falar do capricho da editora Aleph com o livro, porque por causa da urgência vinda do lançamento breve do filme nos cinemas, ela enviou com exclusividade a prova não revisada do livro. Para mim foi suficiente para admirar a história e os esforços da editora em divulgar cada vez  mais a ficção científica.
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Vanesca Soares

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