O Garoto que tinha asas

RESENHA | ‘O Garoto que tinha Asas’

Ayra Diandra

Sabe quando você escolhe o livro pela capa? Então, nesse caso foi bem assim. A capa de O Garoto que Tinha Asas me encantou. Nem li nada sobre ele e já embarquei na história loucamente. Ao contrário dos ditos populares, valeu a pena o julgamento inicial, visto que o livro é maravilhoso.

É clichê? Sim. Talvez seja ate suspeita para avaliá-lo, mas apesar de ser um livro clichê  (que normalmente não sou fã), ele faz uma linda releitura de A Bela e a Fera. Aliás, sou mega apaixonada. Recomendo que leiam “O Garoto de Olhos Azuis” antes. Eu fiz a leitura ao contrário, mas faz mais sentido lê-lo em ordem cronológica mesmo (mas como eu disse, eu estava apaixonada pela capa).

A HISTÓRIA

Augusto é um cardiologista, muito duro e nem um pouco romântico, chamado pela sua família de “Monstro”. Ele tem toda a sua vida modificada ao presenciar uma perseguição de carro onde uma jovem ao tentar fugir de um outro carro acaba se envolvendo em um acidente. Acidente este que Augusto, sabe-se lá por qual motivo, não consegue ignorar.

Nos últimos minutos de consciência, a jovem sem nome envolvida no acidente pede que Augusto cuide de “sua vida” sem que leve-a à polícia. A “vida” da jovem, na verdade, é um menino que está sentado no banco de trás do carro. E, sem motivo aparente, o “monstro” decide cumprir a promessa e leva o garoto para casa enquanto a jovem segue para o hospital

Augusto se vê obrigado a cuidar de um garoto que não fala. No entanto, para sua sorte, sua família e amigos o ajudam nessa  empreitada. O que o “monstro” não contava era que aquele menino seria capaz de sensibilizar o duro coração dele. E muito menos que aquela jovem despertaria nele a vontade de protegê-la.

NARRATIVA EM PRIMEIRA PESSOA

A jovem era uma mulher forte, cheia de medos e traumas, e que tenta a todo custo proteger “sua vida”. Já Augusto era um homem extremamente frio e egocêntrico, características essas que no começo os fazem ser pessoas em polos opostos.

O livro trás uma narrativa na primeira pessoa, que é bem intercalada entre os protagonistas. Isso trás ao leitor a capacidade de “sentir e entender” ambos os lados e seus respectivos sentimentos. Afinal, podemos perceber  ao longo da história como cada um foi se moldando e melhoraram diversas características com a ajuda do outro.

::: FICHA TÉCNICA

Livro: O garoto que tinha asas
Autora:
 Raiza Varella
Série: Garotos encantados, Livro 2
Ano: 2016
Editora: Pandorga
Nº de páginas: 400
Nota Skoob: 4.5
Minha nota: 5 – favorito

Ayra Diandra

Chata, noiva, potiguar, 21 anos, bacharel em ciências biológicas: biotecnologia e mestranda em Microbiologia
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