REVIEW | ‘Dead Cells’ concederá felicidade aos mais nostálgicos

Felipe de Andrade

A Motion Twin lançou no dia 7 de agosto um game que está sendo cogitado como o melhor game Indie do ano. Saindo para PS4, Switch, Xbox One e PC, Dead Cells gerou um grande hype na comunidade gamer. E isto se deve ao fato de sua nítida inspiração em games como Castlevania, Metroid, Dark Souls, Salt and Sanctuary e, principalmente, Rogue Legacy. Suas características mais fortes são: mapas interligados e gerados aleatoriamente a cada partida, teletransportes, várias e várias armas, esquiva, upgrades desbloqueáveis que facilitam o acesso a novas áreas, ausência de checkpoints e muitas mortes.

Divulgação / Motion Twin

Este game “Roguevania”, conforme o estúdio desenvolvedor o descreve, só pode ser finalizado se jogado de uma única vez do início ao fim. Depois de muitas tentativas e erros, você conseguirá avançar devagar e sem poder decorar o caminho mais rápido para atravessar o mapa, pois ele sempre muda quando começamos uma nova partida.  Aos poucos são desbloqueadas algumas habilidades permanentes que ajudam a avançar mais a cada nova vida. A dificuldade do jogo é elevada e você irá enfrentar combates brutais, centenas de inimigos e incríveis batalhas contra  os chefões.

Divulgação / Motion Twin

Diante do cenário apresentado, será necessário obter o maior número de armas, itens, mutações e habilidades permanentes, só assim poderá avançar até chegar ao final do game, são muitas horas de jogo e muitas tentativas frustradas também. No início, descobrimos que o personagem já está morto, então toda vez que ele morre as coisas mudam e voltamos para o início. Sendo assim, ele deve renascer, enfrentar os inimigos e atravessar um mapa que se altera a cada morte, até conseguir sair desta ilha amaldiçoada.

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Com um estilo de ação em plataforma com gráficos em 2d e pixel art de primeira, o jogo faz bonito em todos os quesitos técnicos. Com uma jogabilidade ótima, os comandos respondem perfeitamente bem, o que é extremamente necessário no caso de um game de ação frenética como este. Na configuração padrão, utilizamos o X para pular, círculo para esquivar e quadrado para ataques com uma arma principal, como espadas, chicotes ou martelos. O triângulo serve para ativar armas secundárias, como escudos ou arcos. Com L2 e R2 utilizamos itens como granadas ou armadilhas, L1 para utilizar a poção de cura, R1 é o botão de ação e principal meio de interação com o mundo do jogo, por fim, o mapa pode ser visualizado apertando o touch do controle. Esses comandos podem ser alterados a qualquer momento no menu de pausa do jogo para se adaptar ao gosto do jogador. Lembrando que esta análise está sendo feita em um PS4.

Os gráficos possuem uma pixel art de alto nível, com animações super caprichadas de todos os personagens, até mesmo os NPCs são bem feitos. As animações durante os momentos de interação com o cenário ou outros personagens demonstram o esmero do estúdio em entregar um produto de alta qualidade. É possível ver o personagem sangrar quando está muito ferido e as fases também são belíssimas, algumas com folhas caindo e nevoeiros em ambientes externos. Existe uma iluminação dinâmica e diversos efeitos especiais raros nesse tipo de jogo. Com relação ao som, o game faz bonito, com efeitos sonoros muito bem feitos e variados e uma trilha sonora bem ampla, com cada ambiente tendo a sua própria música e sons característicos, o estúdio caprichou para que este quesito também fosse digno de nota.  

VEREDITO

Dead Cells é um ótimo game de ação em plataforma que vai fazer os mais nostálgicos ficarem felizes, ou tristes, pela quantidade de mortes necessárias para terminá-lo.

Felipe de Andrade

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