God Eater 3

REVIEW | ‘God Eater 3’

Felipe de Andrade

Desenvolvido pela Marvelous Studio e publicado pela Bandai Namco, God Eater 3 nos apresenta uma nova saga desta franquia. Ela teve início em 2010 para o querido PSP, o finado Playstation Portable. Mesmo com uma história que pode não agradar a todos, o jogo tira vantagem dos combates frenéticos contra ondas de inimigos e do gerenciamento de itens, armas e colegas de equipe.

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Abertura

God Eater 3 possui uma abertura que é uma das melhores coisas do jogo. Uma animação da melhor qualidade. Ela mistura desenhos estilo anime com partes feitas em computação gráfica enquanto rola uma trilha cantada em japonês ao fundo. Toda a sequência tenta passar um clima épico que as batalhas podem tomar, principalmente em batalhas contra chefões gigantes que aparecem em certas missões.

Sobre o jogo

Logo no início do gameplay, uma introdução mostra nosso personagem como um novato do programa caça-deuses sendo preparado para receber implantes de células-oráculo adaptáveis, uma dose de praga das cinzas e sendo ligado à sua arma mata-deuses. Após esse processo, ele consegue resistir à praga e seu organismo neutraliza sua ação nociva. Depois disso, é possível manusear as armas com perfeição sem que haja algum efeito colateral enquanto realiza missões secretas a fim de acabar com os monstros Aragami que aparecem em vários locais, durante a Tempestade de Cinzas. O evento transforma os monstros em criaturas ainda mais aterrorizantes.

Em seguida, somos levados para uma tela de criação de personagem. Nela, definimos nome, codinome, gênero, visual, assim como voz e alguns poucos acessórios para o rosto. Mais algumas opções de personalização ficam disponíveis ao acessar o terminal, que permite gerenciar o equipamento, administrar itens, ver a base de dados e iniciar o modo cooperativo multiplayer.

Nas primeiras missões, temos como aliado Hugo. Ele também serve como mentor durante os tutoriais, explicando o funcionamento de tudo o que podemos realizar com nossas armas e habilidades durante a exploração e os combates. Logo, outros companheiros de aventura se juntam ao time conforme a história avança.

Visual e jogabilidade

Como esse jogo foi criado para os consoles da atual geração, é notável uma melhoria em todos as aspectos. Principalmente com relação ao visual e a jogabilidade. Agora existem mais armas, mais inimigos na tela e mais habilidades para usar durante os combates.

Apesar das melhorias, após algumas horas jogando, fica claro como é repetitivo o gameplay aqui. Sempre é necessário aceitar uma missão que se resume em matar os monstros Aragami que aparecem pelo cenário, coletar itens para melhorar e criar novos equipamentos, bem como voltar para a base e começar tudo novamente. A sensação de repetição só piora porque várias missões e batalhas acontecem na mesma fase, diversas vezes seguidas. Ter sempre que voltar para a base ao terminar as missões para falar com um ou dois NPCs e editar algum equipamento para, em seguida, selecionar outra missão quebra completamente a imersão e o ritmo do jogo. Afinal, são alternados momentos de combate frenético com o marasmo da navegação de menus e a leitura de diálogos desnecessários.

God Eater 3 é muito bonito e possui cenários bem detalhados, com ótimos efeitos de iluminação. Os personagens são tão bem feitos que parecem que saíram da tela de uma animação em CG, mostrando o capricho da produtora com a parte visual do jogo e sua estranha mania de colocar fita isolante no corpo dos personagens principais. Os inimigos também são bem construídos, mas perdem destaque pela repetição exagerada. Um ponto forte da direção de arte aqui é o design das armas. Elas são incríveis, principalmente as transformações que sofrem para combate corpo a corpo e longa distância. E ainda virão escudos para defesa a qualquer momento, bastando apenas apertar um botão.

Som

A trilha sonora épica dá um tom de grandiosidade ao terceiro jogo da franquia. Seja durante batalhas contra ondas de inimigos ou chefes, explorando alguma área, ou ainda durante os diálogos. A música que toca ao fundo sempre vai agradar quem estiver jogando o título.

O game conta apenas com vozes em inglês ou japonês. Em compensação, a localização é bem feita e consegue suprir a nossa vontade de entender tudo o que se passa no mundo do jogo. Durante os diálogos dublados, é possível perceber que a boca do personagens se move em 4 ou 5 posições diferentes apenas. O que pode parecer estranho para jogadores mais exigentes, mas que não atrapalha em nada o gameplay e nem prejudica a dublagem nos dois idiomas. Todos as principais falas são dubladas. Mas a grande maioria das conversas se dá por meio de legendas apenas, inclusive as do personagem que criamos.

O multiplayer que existe em God Eater 3 é bem pouco explorado e não faria falta caso não estivesse presente. Isso porque só está presente na versão on-line. Caso tivéssemos a opção de jogar off-line com um amigo na mesma tela, certamente isso poderia fazer a diferença com relação ao sucesso do título.

VEREDITO

Por ser o primeiro título da série desenvolvido apenas para a atual geração de consoles, esperava-se mais da desenvolvedora, ao invés de refinar aspectos que já estavam presentes nos jogos anteriores da série. God Eater 3 reveza momentos de combates frenéticos e calmaria obrigatória entre as missões, com uma história não tão bem desenvolvida de pano de fundo.

Felipe de Andrade

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