REVIEW | ‘LEGO DC Super-Villains’ mantém a alta qualidade da franquia
Wilson Spiler
Lançado pela Warner Bros. Interactive Entertainment no último dia 16 para as plataformas PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC, LEGO DC Super-Villains é o mais novo jogo da bem-sucedida franquia LEGO. Desenvolvido pela Traveller’s Tales, o game serve como um spin-off para trilogia Lego Batman e a quarta parte da franquia Lego DC. No entanto, este é o primeiro título a focar inteiramente nos vilões do Universo DC.
Assim como em outros lançamentos da franquia LEGO, LEGO DC Super-Villains é extremamente divertido e recheado de bom humor. Mesmo lidando com vilões, o jogo é repleto de piadas, principalmente por conta dos antagonistas mais caricatos, como Coringa, Arlequina, Charada e Pinguim.
História
A trama aborda o comissário Gordon supervisionando a transferência de um indivíduo (apelidado de “The Rookie”) para a Ilha de Stryker, em Metropolis. Contando com a ajuda de Lex Luthor, que estava preso, Gordon revela que o novato ganhou a capacidade de absorver super-poderes, baseado no projeto secreto “Amazo”, e oferece ao criminoso uma redução em sua sentença de prisão em troca de monitorar os poderes desse antagonista. Antes de Luthor concordar, sua guarda-costas pessoal Mercy Graveschega – ao lado de outros vilões – o ajuda a fugir da cadeia, juntamente com o novato.
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Enquanto se preparam para escapar, a Liga da Justiça chega para interceptá-los. Ao mesmo tempo, Coringa e Arlequina invadem a Wayne Tech e roubam vários itens, incluindo uma caixa misteriosa, mas são forçados a fugir do Batman. Reunidos com o bando de vilões de Luthor, o grupo se encontra derrotado por outro time de super-heróis chamado de “Sindicato da Justiça”, oriundo de uma Terra paralela, intitulada de Terra 3. Após a sua rápida vitória, esse grupo, imediatamente, derrota a Liga da Justiça original. O fato é testemunhado por Arlequina antes da fuga.
Pouco depois, o Sindicato se proclama como os substitutos da Liga da Justiça, substituindo os membros originais enquanto eles são considerados fora do mundo em uma missão secreta. Nesse meio tempo, Luthor leva o Rookie sob sua asa para recrutar vilões sob a Legião do Mal, enquanto Coringa lidera os criminosos de Gotham em uma incursão no QG do Delegacia de Polícia de Gotham, entrando em confronto com Asa Noturna e Batgirl. Durante a sua fuga após o ataque, Arlequina se perde acidentalmente, enquanto o grupo descobre que o colega de Batman, Homem-Coruja (chamado aqui apenas de Coruja), age de forma diferente para um super-herói. Luthor e os vilões se reúnem no Corredor do Mal e começam a suspeitar que o Sindicato não é o que eles dizem ser, o que levou Mulher-Gato e um pequeno grupo da Legião a ir em busca de Arlequina, a única que testemunhou quem eles realmente eram. Enquanto isso, outro grupo da Legião procura a Esteira Cósmica do Flash para visitar o mundo do Sindicato, eventualmente descobrindo que eles são realmente o Sindicato do Crime – uma equipe de vilões equivalentes da Liga da Justiça.
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Diversão garantida
Com a aventura a todo vapor, LEGO DC Super-Villains tem um ritmo ágil, onde, a todo momento, o gamer pode – e deve – utilizar vilões diferentes em cada fase e para cada obstáculo. Com tantas participações no jogo, o usuário não enjoa do personagem e se diverte com os diferentes poderes de cada um. Além disso, o título traz uma grande novidade: a possibilidade de criar um avatar totalmente seu. Com isso, você pode criar um super vilão, ou melhor, um “bucha de canhão”, que é chamado pelos seus amigos (?!) de “recruta” ou “novato”.
Testado num PlayStation 4 Slim, em termos de gráficos, o jogo não fica nada a dever para os anteriores da franquia, pelo contrário, é ainda mais bonito, mantendo a inabalável qualidade visual. Com muitas cores (nada de sombrio demais, diferente do cinema…) e os já conhecidos traços cartunescos, a beleza do título salta aos olhos. A novidade aqui é ele possui também um estilo de movimentação e câmera mais dinâmicos e imersivos. Além disso, não foram registrados bugs nem queda nos framerates, ou seja, nenhum sinal de travamento.
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A jogabilidade também se mantém intacta. Embora não seja perfeita, tendo algumas falhas ao acionarmos algumas ações, não atrapalha em nada a diversão do jogador (e não é culpa também de mortes sucessivas suas. Isso é porque você ruim mesmo. Culpado). Assim como nos jogos anteriores da franquia LEGO, você completar campanha, refazer as fases para completar todos os minikits e colecionáveis, ir para o mundo aberto, completar puzzles, coletar peças douradas, completar corridas etc. De novidade, o game apresenta um sistema de “capangas”, necessários para concluir determinados pontos das fases.
A parte sonora também é caprichada. Com uma trilha sonora repleta do bom rock’n roll, as músicas refletem a agilidade do game. Além disso, muitas vezes somos surpreendidos com canções diretamente ligadas à antiga trilha do Batman de Tim Burton, composta pelo fantástico Danny Elfman. É impossível não remetê-las a essas referências. Um belo trabalho da dupla Rob Westwood e Ian Livingstone. O jogo lançado por aqui é totalmente dublado em português, incluindo legendas. O título tem vozes conhecidas dos brasileiros, como Guilherme Briggs e o youtuber Marco Túlio, do canal Authentic Games, que fazem um excelente trabalho.
O VEREDITO
Diante de tantas qualidades, LEGO DC Super-Villains é um dos melhores lançamentos recentes. Quem já está acostumado com a franquia, sabe o quão divertida ela é. Esse título não foge à regra. Trata-se de um game com pouquíssimos – e irrelevantes – defeitos, que faz você jogar por horas sem sentir o tempo passar.